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CHAGUINHA: O músico mais antigo da Banda


CHAGUINHA: O músico mais antigo da Banda  - Gente de Opinião


O trombonista Francisco das Chagas Silva conhecido no meio musical como Chaguinha, é o músico que ha mais tempo anima os foliões da Banda do Vai Quem Quer. Chaguinha começou a tocar na banda da Banda no ano de 1990, quando aqui chegou vindo do Rio Grande do Norte, após ter sido aprovado em concurso para atuar como professor no governo do estado de Rondônia. “Quando cheguei, logo me informaram da existência desse bloco que levava uma multidão de foliões pelas ruas da cidade no sábado de carnaval e então, fui até o Chaveiro falei com o Manelão e ele me indicou ao maestro da época”. Muitas das marchinhas da Banda compostas por compositores locais, contam com arranjos feitos pelo Chaguinha. “A produção musical de marchinhas em Porto Velho é muito boa”. Chaguinha conta que quando começou a tocar na Vai Quem Quer os músicos não iam em cima de trio elétrico ou de qualquer carro. “A gente fazia todo o percurso a pé e tinha mais, naquele tempo, a Banda começava e terminava na praça das Caixas D’água. Isso quer dizer que a gente subia a ladeira da Rogério Weber tocando”. Professor de geografia no colégio João Bento da Costa Chaguinha também atua na Escola de Música Jorge Andrade onde ensina Trombone de Vara e Teoria Musical. Vamos acompanhar a entrevista do Chaguinha o mais antigo música da Banda do Vai Quem Quer.

E N T R E V I S T A


Zk – O senhor veio de onde para Porto Velho?

Chaguinha
– Vim do Rio Grande do Norte através de um concurso público que fiz para professor do estado de Rondônia. Chegando aqui, dei de cara com essa grande entidade carnavalesca que é a Banda do Vai Quem Quer

Zk – Era o ano?

Chaguinha
– Era o ano de 1990. Estudei música no interior do Rio Grande do Norte onde me formei regente de orquestra.

Zk – Nesses 20 anos como músico da Banda do Vai Quem Quer, o que o senhor tem a dizer a respeito desse bloco que é considerado o maior da região Norte?

Chaguinha
– A banda do Vai Quem Quer é a inspiração de todo carnavalesco do estado de Rondônia. Ela transmite muita alegria para o folião. Um dos fatores que acho que faz da banda o bloco mais querido de Porto Velho é a valorização que sua diretoria dispensa aos compositores e autores musicais do local. Basta lembrar as músicas do Silvio Santos, Bainha, Ernesto Melo entre tantos compositores da Banda cujas marchinhas são cantadas pelos milhares de foliões que desfilam pela Banda. São música de primeira qualidade.

Zk - Como o senhor se sente quando está tocando na Banda?

Chaguinha
– Faço esse carnaval com o maior carinho, porque a Banda do Vai Quem Quer é respeitada pelo público. Quando estou em cima do Trio Elétrico tocando marchinhas de carnaval, aquilo me da o máximo prazer porque estou dando satisfação a milhares de foliões do estado.

Zk – E no Rio Grande do Norte o carnaval é tão bom como o carnaval pernambucano e baiano?

Chaguinha
– O carnaval de lá é muito bom. Existem vários blocos. Comecei a tocar carnaval com 15 anos de idade puxando bloco carnavalesco em Natal. Tem uma variedade de blocos muito grande. O ritmo que predomina no carnaval do Rio Grande do Norte e em praticamente todo o Nordeste é a marchinha tradicional, frevo e samba, esse estilo de música carnavalesca, só não é praticado em se tratando de Nordeste, na Bahia pela influencia do Axé.

Zk – Além da Banda da Banda do Vai Quem Quer o senhor já tocou em bandas de outros blocos?

Chaguinha
– Puxei o Galo da Meia Noite por vários anos e hoje toco na banda que puxa o bloco Calisto e Cia.

Zk – Fora bandas carnavalescas, em quais outras bandas o senhor já tocou?

Chaguinha
– Passei cinco anos tocando na Banda Os Cobras do Forró que é uma das melhores bandas de forró do Brasil, digo isso com conhecimento de causa. Toquei também na Banda Status do Vovô além de várias outras bandas, graças a Deus, sou um músico bastante solicitado. pela minha sabedoria intelectual de músico. Sou músico profissional, prático e teórico e faço parte do quadro de professores da Escola de Música Jorge Andrade.

Zk – O senhor ensina o que na Jorge Andrade?

Chaguinha
– Ensino Trombone de Vara e Teoria Musical.

Zk – Quando o senhor começou a tocar na Banda do Vai Quem Quer já foi em cima de Trio Elétrico?

Chaguinha
– Não! Quando toquei pela primeira vez na Banda do Vai Quem Quer era um carro pequeno e os músicos iam a pé.

Zk – Qual a diferença entre tocar andando e tocar em cima de um trio elétrico?

Chaguinha
- Tocar andando, requer duas forças físicas, a do músico que sofre muito e o cansaço das pernas. O carro de som facilitou e deu melhor condição para o músico fazer sua apresentação.

Zk – E como era tocar com o povão ali ao lado. Como vocês conseguiam a atenção para a música que estava sendo executada. O folião se metia no meio de vocês?

Chaguinha
– Geralmente a gente ia isolado por uma corda e mesmo assim ainda tinha aquele folião mais exaltado, principalmente quando o desfile chegava a Sete de Setembro e a turma já estava bastante exaltada pela “batida’ que o Manelão mandava distribuir, então não era fácil tocar na Banda do Vai Quem Quer naquele tempo. Chegava o ponto de até a gente cortar a labiação.

Zk – Durante o desfile nesses seus 20 anos de Banda já aconteceu de algum músico esquecer a harmonia e complicar o andamento do desfile?

Chaguinha
– Não! Nunca aconteceu nada diferente. Acontece que os músicos convocados ou contratados para compor a banda da Banda ensaiam por mais de um mês e quando chega o dia do desfile a harmonia está no bocal do trombone, na palheta do sax e no gogó do cantor. Os erros cometidos são muito bestas, só quem sabe são os músicos que fazem parte da banda o povão não fica sabendo de nada.

Zk – Sendo o senhor atualmente, o músico mais antigo da Banda, qual o seu relacionamento com o General Manelão?

Chaguinha
– Posso classificar como nota dez o nosso relacionamento com o General Manelão. Toda vez que chego no chaveiro seja ou não carnaval, sou bem recebido. Particularmente tenho grande respeito por ele.

Zk - Na Vai Quem Quer com quantos maestros o senhor já trabalhou?

Chaguinha
– Quando cheguei aqui o maestro era o Carlos Sifonte, depois teve o Zezinho dos Cobras do Forró o Papai que é o Genézio e há três anos, quem comanda a banda da Banda é o maestro Alkbal Sodré.

Zk – Os blocos do Rio Grande do Norte levam tanta gente como a Banda do Vai Quem Quer?

Chaguinha
– Olha, tirando os blocos Galo da Madrugada e Bacalhau do Batata, ambos de Pernambuco, não existe no Nordeste nenhum bloco que leve mais gente que a Banda do Manelão em Porto Velho.

Zk – O senhor chegou a tocar em carnaval de clube em Porto Velho?

Chaguinha
– Claro! Quando cheguei aqui só tinha a Banda do Vai Quem Quer, depois foi que surgiu o Galo da Meia Noite e o carnaval de clube era muito bom. Toquei muitos carnavais no Botafogo nos Cobras do Forró. Ferroviário, Moto Clube ainda toquei carnaval na Keóp’s.

Zk – Para o músico, o que é mais importante, tocar carnaval de clube ou carnaval de rua?

Chaguinha
– Com certeza absoluta, para o músico, tocar carnaval de rua é muito mais empolgante pela multidão que ele está puxando.

Zk – Para encerrar. O senhor disse que veio para Porto Velho por ter passado em concurso público para professor. O senhor leciona aonde e qual a matéria?

Chaguinha
– Hoje leciono geografia no Colégio João Bento da Costa um dos melhores colégios do estado de Rondônia.

Zk – O Senhor é casado com quem?

Chaguinha
– Sou casado com dona Maria Dalva do Nascimento Silva. 




Manelão seleciona modelos
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Na última sexta feira o General da Banda do Vai Quem Quer carnavalesco Manelão, reuniu a imprensa no Mercado Municipal para apresentar as modelos que foram selecionadas para apresentar, no próximo dia 5, durante coquetel que será oferecido a imprensa, as camisetas da Banda do Vai Quem Quer. 

Oito jovens foram selecionadas pelo coreografo Gilberto contratado especialmente para ensaiar as “meninas”, que terão o privilégio de vestir antes que qualquer folião a camiseta em homenagem aos 30 anos da Banda. Segundo a diretora Sicilia as camisetas começam a ser entregues aos foliões no sábado dia 6 de fevereiro. Os interessados em brincar carnaval dentro da corda de isolamento da Vai Quem Quer com toda segurança, devem adquiri a camiseta no Chaveiro Gold que fica a rua Presidente Dutra em frente ao Mercado Cultural. “Lembramos que restam pouquíssimas unidades”. 

A Banda vai desfilar no sábado de carnaval dia 13 de fevereiro com saída prevista para as 17h. 

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Fonte: Sílvio Santos - [email protected]   
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