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Silvio Santos

Bloco Jamaica - Sete anos de carnaval


HISTORIAS DO NOSSO CARNAVAL
Bloco Jamaica - Sete anos de carnaval

Silvio M. Santos
 
O bloco Jamaica foi criado em 1.999 e desfilou pela primeira vez no carnaval de rua de Porto Velho em 2000. O bloco surgiu com o objetivo de reunir os amantes do reggae, principalmente os migrantes do estado do Maranhão. Seu idealizador Edson, mais conhecido como Jack Roots, também foi o primeiro presidente do bloco, que desde sua fundação tem sede na Zona Leste de Porto Velho, precisamente no Conjunto Jamari.

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Hoje a direção do Bloco Jamaica está a cargo do Gean Farias o popular Johnnys Jamaica, "Estamos em nosso segundo mandato", o primeiro mandato de Johnnys iniciou em 2001 e terminou em 2003 quando o Jack Roots assumiu de novo a presidência do bloco até o ano passado.
O bloco reúne em seu desfile aproximadamente mil integrantes que brincam carnaval ao som do reggae.
Graças ao Bloco Jamaica o movimento reggae em Porto Velho vem crescendo, principalmente junto a comunidade da Zona Leste. "Hoje temos o clube do regueiro, que é dirigido pelo Chiba Roots e onde também funciona provisoriamente a sede do bloco Jamaica. além disso, temos as radiolas "Nega do Som", "Missão Jamaica" e "Jamaica Black Som" e futuramente a "Musical Jack Roots".
O Clube do Regueiro abre todas as sextas, sábados e domingo sempre a partir das 20 horas com som mecânico.
Pra desfilar no bloco Jamaica, basta chegar e acompanhar o trio elétrico que segue tocando reggae durante todo o percurso, que é feito apenas na passarela do samba que este ano, vai ser armada na avenida Costa e Silva. "A gente vende o abadá do bloco ao preço de 20 reais, mas, a pessoas pode desfilar com a roupa que estiver usando. Só tem um detalhe, o regueiro na avenida vai ser regado com a cerveja Nova Skin", afirma o presidente do bloco.
O bloco não ensaia, mas promoveu na noite de ontem (10), seu primeiro grito de carnaval. "Nesse grito de carnaval nossos foliões podem fazer o preparo físico para o desfile que dura mais de uma hora no domingo e na terça feira de carnaval.
Domingo e terça feira de carnaval, a concentração será próxima ao local do desfile, ou seja, nas proximidades da avenida Rio Madeira a partir das 18 horas.
O bloco é a terceira agremiação carnavalesca a desfilar na passarela do samba domingo de carnaval e na terça feira, encerra o carnaval de rua de Porto Velho com chave de ouro ao som de muito reggae.

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A influencia maranhense na cultura de Rondônia

Os maranhenses são responsáveis por vários seguimentos culturais, existentes não só em Rondônia, mas, na Amazônia como um todo. Rondônia e principalmente a capital Porto Velho, recebeu os primeiros maranhenses no inicio do século passado quando a construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Lembramos que em 1920 o jornal Alto Madeira publicou uma matéria dizendo que um grupo de rapazes, apresentariam no município de Santo Antônio do Madeira, o Boi-Bumbá "Sete Estrelas" e já em 1921 a brincadeira era apresenta pelas ruas de Porto Velho, ainda um município pertencente ao estado do Amazonas o Boi-Bumbá "Prata Fina"; Quem trouxe a brincadeira para Porto Velho e Santo Antônio foram os maranhenses que para cá vieram após passar por Manaus. Em Manaus a brincadeira chegou com o nome de Bumba-Meu-Boi do Maranhão, e logo passou a ser conhecida como Boi Bumbá, e com essa denominação chegou a região que hoje pertence ao estado de Rondônia. Consolidada a brincadeira de Boi Bumbá em Porto Velho, os maranhenses se acomodaram e ficaram por algumas décadas praticamente afastados dos movimentos culturais de Porto Velho.
A partir da metade da década de noventa, o maranhense Edson - Jack Roots, começa um movimento voltado para a divulgação do ritmo do reggae, através de um programa na Rádio Caiari. Jack Roots popularizou o termo "Pedra" (disco em vinil, os famosos LPs) que continham gravações de músicas no rtimo do reggae. Já em 1999 cria o bloco Jamaica que passou a desfilar na passarela do samba ao som do reggae, fato que acontece até os dias de hoje.
 

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O Trabalho sociais do Bloco Jamaica

Apesar do bloco desfilar a oito anos, jamais contou com ajuda financeira de qualquer órgão público, seja estadual ou municipal. "No ano passado tivemos a liberação do carro de som Criativada por parte da prefeitura e esse ano esperamos contar com ele novamente", declara Johnnys Jamaica. Pois justamente por isso, é que a entidade está desenvolvendo um trabalho social junto a comunidade da Zona Leste que deve ser colocada em prática tão logo termine o carnaval. "Vamos disponibilizar um curso de cabeleireiro na especialidade "Tererê" que nada mais é, que o estilo Rastafari de usar o cabelo. Também vamos incrementar uma confecção de boinas e mochilas jamaicanas e outros adereços. Precisamos nos estruturar para que o bloco se apresente cada vez mais, com um melhor visual".
Graças ao Bloco Jamaica os jovens tem procurado se aperfeiçoar em várias atividades culturais, como a prática da dança do reggae. "O reggae é uma ritmo que faz com que quem o dance, se concentre bastante. é um verdadeiro momento de reflexão. Gostaria de chamar a tenção para o seguinte: O reggae é um movimento que transmite a paz. Quem nos visita, passa a gostar do ambiente de primeira, na maioria das vezes, a pessoa que vai pela primeira vez em nosso clube, se torna adepto do reggae", declara o regueiro Johnnys Jamaica.
É comum se encontrar aos finais de semana no Clube do Reggae pessoas do centro da cidade. "Apesar de propalarem que a Zona Leste é violenta, jamais registramos qualquer confusão em nossos encontros, o povo do reggae é um povo de paz".
A programação do bloco para os dias que antecedem o carnaval, é a seguinte: sábado dia 17 "2º Grito de carnaval do Bloco Jamaica". "Na realidade, é o ensaio geral que antecede nossa apresentação na avenida que acontece no domingo dia 18".
Este ano contamos com o apoio da cerveja Nova Skin; Atrevida Flashion; Refrigeração Kennedy; Ferrari Souds e Mulheres Raízes, Fesec. Telefone para contato 8403-6482

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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