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Gente de Opinião

Silvio Santos

Anjos da Madrugada - Bazar Amazônico - Novo Cd dos Anjos!


 

O mais tradicional, o mais romântico, o mais requisitado grupo seresteiro da região norte – Anjos da Madrugada – anuncia para o próximo dia 26 de setembro (22h) no Clube Kabana´s, o lançamento do seu terceiro Cd intitulado Bazar Amazônico – patrocínio do Banco da Amazônia. Para falar sobre esse trabalho, estivemos batendo um papo com Altair Santos (Tatá), percussionista do grupo e um de seus fundadores. Há mais de vinte anos, os Anjos - como são conhecidos pelo público – vem mantendo semanalmente – às sextas-feiras – um excelente programa músico-dançante (Projeto Estação Bolero), em forma de noites de seresta, para alegrar e entreter os amantes do gênero.  Da conversa, extraímos alguns pontos para compor a entrevista a seguir:Anjos da Madrugada - Bazar Amazônico - Novo Cd dos Anjos! - Gente de Opinião


 
E N T  R E V I S T A

 
ZK – Tatá, mais um trabalho (cd) dos Anjos, o que levou o grupo a investir nessa produção?
Tatá – Meu amigo Sílvio, o nosso grupo vem de uma trajetória de vinte e um anos. Sempre fomos movidos pelo alto interesse em inserir – cada vez mais - o grupo e o seu trabalho, no contexto histórico cultural da cidade. O Cd Bazar Amazônico, que começamos a produzir no ano passado, é um importante registro desse marco, o que em muito nos felicita.
 
ZK – O patrocínio do Banco da Amazônia, como se deu?
Tatá – O Banco da Amazônia tem um vistoso programa regional de apoio à cultura. Nos últimos anos, visivelmente, a instituição tem direcionado o seu foco de investimento para o campo da valorização das artes e da cultura, em especial ao artista amazônico. Posto que a diversidade cultural, aqui existente, demanda maiores incentivos e investimentos, bem que outros segmentos - as iniciativas públicas e privadas – deveriam imprimir mais vigor a esse processo, espelhando-se na atitude louvável e compromissada do Banco da Amazônia.  
 
ZK – Do cd constam músicas de compositores locais. Porque priorizar esta fonte de criação?
Tatá – Priorizamos a criação dos compositores locais porque, acima de tudo, a reconhecemos como rica em essência poética, em plano melódico. É compromisso nosso somar para o processo de difusão desses bens culturais que, com o passar dos anos, beiram a margem do esquecimento. Muitas dessas composições são exemplares imateriais ligados ao curso histórico da cidade e das pessoas que aqui nasceram ou escolheram esta terra para viver, dentre as quais nós próprios, que somos filhos daqui. Por essas, está em nossa essência , a valorização da boa obra musical dos nossos compositores. Apaixonados que somos por nossa terra, dizemos que, Porto Velho é uma segunda pele.
 
ZK – Qual a melhor reposta que o grupo espera obter com o Cd e essas composições locais?
Tatá – Em primeiro plano, que fique bem claro: o propósito maior não é vender, cinco mil, dez mil cd´s... Isso é uma conseqüência do trabalho apresentado. Vender Cd como forma de ganhar dinheiro é trabalho para produtoras e artistas ligados ao famigerado mercado fonográfico. Quem quiser trilhar por esse caminho é só primar pelos modismos vigentes, rezar pra ter sorte e pegar uma carona do "tal sucesso". Por tratar-se de uma produção cuidadosamente elaborada, onde se faz especial deferência à cidade, aos seus poetas, ao patrimônio histórico, aos boêmios, enfim, é evidente que buscamos vê-la conhecida e bem aceita pelo público. Entretanto, a melhor resposta que obteríamos com esse trabalho, seria testemunhá-lo habitando a prateleira do sentimento e do querer das pessoas que gostam e se interessam pela cidade e sua história. Cantar as nossas coisas é bom demais, tê-las fonograficamente registradas, melhor ainda. Agora é claro, fazemos "aquele" apelozinho básico: conheçam, experimentem "sem moderação", o Cd Bazar Amazônico.
 
ZK – Qual a reação dos compositores quando procurados para que cedessem suas obras para o Cd?
Tatá – Temos uma relação muito boa com a classe musical da cidade. Fizemos uma pesquisa do que gostaríamos de gravar e fomos atrás. Todos se mostraram muito receptivos, interessados em colaborar e sem quaisquer restrições. Resultado: ainda temos muita coisa guardada de compositores como Carlinhos Maracanã, Sílvio Santos, Laio, Waldison Pinheiro, Fernando Chapéu e Mávilo Melo, dentre outros. Essas criações constam para os nossos planos futuros.
 
ZK – Quem está no disco (compositores)?
Tatá – Adaídes Batista (Dadá), Bainha, Orlando do Estácio, Binho, Augusto Silveira, Laio (nosso eterno parceiro), Cordeiro Jr, João Viola e Ernesto Melo, são compositores que nos agraciaram com suas criações. Pela nominata dá pra ver que o Cd está repleto de coisa boa.
 
ZK – Qual a sensação de gravar e cantar a nossa música?
Tatá – Veja bem, pessoalmente, muito nos apraz. Vejo isso como uma coisa de compromisso por parte de quem ama e testemunha a nossa Porto Velho crescendo, se desenvolvendo. É justo e merecido que, nessa nau, a nossa arte, a nossa cultura e os seus produtores sejam também, passageiros ilustres. Há anos não cabíamos de vontade em gravar e registrar para os anais da nossa história, músicas como Moleque do Areal (Dadá), Tempo Bom (Bainha). Essas músicas não poderiam ficar assim perdidas no tempo, restritas somente às rodas de samba. Tínhamos que exibi-las de outra forma e o Cd Bazar Amazônico é uma excelente oportunidade para que as pessoas conheçam essas belas obras e o potencial criativo dos nossos compositores, músicos e intérpretes.
 
ZK – Após o lançamento do Cd, quais os planos do grupo?
Tatá – Em primeiro plano continuar divulgando o cd e fazer uma releitura do Projeto Estação Bolero. Este, por sinal, o nosso mais importante veículo de relacionamento e comunicação com o público, uma verdadeira fonte onde nos alegramos e rejuvenescemos. Tocar e cantar boleros - às sextas-feiras - é como tomar uma boa cerveja, ou seja: é um estado de espírito. Adoramos isso! Outra coisa: temos um carinho muito grande para com esse projeto e, igualmente, com as pessoas que assiduamente, dele participam. Certamente, não fossem esses abnegados pés-de-valsa da cidade, talvez já não mais estivéssemos com o grupo no ar.
 
ZK - Quem quiser tomar parte na festa de lançamento do Cd, como deve fazer?
Tatá – Temos uma produção cuidando do lançamento. 9224-1247 é o telefone para informações e reservas e temos também o e-mail do grupo [email protected] Nesse importante momento de nossa trajetória musical, onde, sobretudo, muito emocionadamente, cantaremos aquilo que chamamos de parte do hinário de Porto Velho, gostaríamos de brindar com o grande público que sempre nos acompanha.
 
ZK – Obrigado pela entrevista, sucesso com Cd e nos vemos lá, no lançamento.
Tatá – agradeço à você Sílvio, digo, Zekatraca, ao Banco da Amazônia pelo patrocínio do Cd e por acreditar em nosso trabalho, aos músicos, compositores, intérpretes e produtores, bem como, a todas as pessoas que fizeram possível, essa nossa grande vontade de cantar a cidade e sua história.

Fonte: Sílvio Santos/Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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