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Silvio Persivo

Mais da mesma porcaria


Quando falo do despreparo do governo Lula da Silva no que tange as questões econômicas não se trata de uma visão unilateral ou que, como o próprio insiste em dizer, das “pessoas que torcem a favor do pior” ou por ser contra simplesmente. Sou contra as posições do governo, na verdade, por considerar que são um atraso. A explicação é simples: há um evidente viés estatista no governo e falta de conhecimento econômico. Todos sabem que não há muita diferença entre a política econômica do PSDB ou do PT. Na pratica, graças a Deus, se manteve a política anterior e até se exagerou para atender as exigências externas. Até aí é um mérito, pois tivesse feito às bobagens propaladas de sustação dos pagamentos de juros e moratória da dívida externa, certamente, estaríamos em pleno o caos econômico.

A questão real é a de que, para avançarmos, precisamos criar o capitalismo no Brasil. O governo é invasivo e incompetente. È preciso retirar o governo da iniciativa privada, desburocratizar, desonerar e flexibilizar. Não há outra formula. Isto o governo não fez e, quando faz, é como se tivesse vergonha de fazer o que deve ser feito. Infelizmente, sob o ponto de vista da tributação, o governo não avança. Agora mesmo adota a política de, custe o que custar, arrecadar mais 38 bilhões de reais da CPMF, em 2008, um imposto que deveria ser extinto, contra o esgotamento da sociedade civil criando tensões e apreensões.

Lula tenta vender que a elevação da arrecadação decorre do crescimento da economia quando os que pagam, os assalariados e a classe média, sentem na pele a pilhagem dizendo que a CPMF não dói. Nele não. O pior é que se sabe que se trata apenas de sanha arrecadatória sem esforço para melhorar os péssimos gastos públicos atestados pelas inúmeras auditorias do TCU onde a tônica dos superfaturamentos e desperdícios foi sumamente comprovada.

O governo diz que não pode abrir mão do dinheiro que toma dos nacionais, no entanto, por desconhecimento ou incompetência, editou, em 2006, a Medida Provisória nº 281, de 15 de fevereiro que reduziu a zero da alíquota do imposto de renda incidente sobre os rendimentos produzidos por títulos públicos federais, quando pagos, creditados ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior. Em termos simples, o brasileiro que adquire os títulos, emitidos pela União, paga imposto enquanto o estrangeiro não. E esta subserviência colonial também se mostra no fato de que, na comparação (que Lula tanto gosta de fazer) com o governo FHC, a remessa de lucros aumentou 3 vezes no seu governo. Antes de cada US$ 10, 00 apenas US$ 2,00 voltavam, mas, no atual governo, a relação passou para US$ 6,00 de cada US$ 10,00. Isto sem falar que o governo que fala tanto em combate à corrupção não conseguiu, dos R$ 800 bilhões de reais que se acredita existir em paraísos fiscais, a repatriação de meros R$ 3,6 milhões. Sem contar ações que busquem reaver a fortuna interna que se esvaiu em mensalões, sanguessugas & outras maracutaias que deveriam ser recuperadas. È, mas, para o governo isto não existe. È mais fácil taxar os assalariados. Se a CPMF passar a oposição acabou e a promiscuidade será geral e absoluta.

Fonte: silvio.persivo@gmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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