Sexta-feira, 19 de setembro de 2008 - 13h42
No mundo encantado do circo dois seres ocupam o centro emotivo do picadeiro: o menino e o palhaço. O vendedor de ilusões e o comprador de sonhos. O pintor de arco-íris e a alma beija-flor pronta para viajar a terras mais distantes.
O palhaço na verdade é um mágico. Sabe Deus a quantas para seu espírito pouco conhecido do público ele faz das tripas coração para conseguir arrancar um sorriso da platéia, e em especial do menino, seu alter ego extraviado ao longo do percurso cigano no qual exercita seu ofício mambembe.
Tirando leite de pedra, faz a graça emergir de dentro do outro como se a piada estivesse sempre morando dentro da gente e nós, tomados de uma overdose de seriedade, tivéssemos perdido a capacidade de rir por conta própria. O palhaço vira o mundo de cabeça pra baixo, e todo mundo aplaude. O menino vibra. O palhaço é o oxigênio que leva vida aos escaninhos da nossa alma através do pulmão do riso.
O menino, por outro lado, é a alegria que se fez gente, uma goiabada de marmelo, um vulcão fazendo jorrar da imaginação os mais belos fogos de artifícios do mundo.
Alguns adultos já perderam suas crianças - e quedam carrancudos, bicudos, taciturnos e reclamões. Outros, todavia, reencontram seus meninos com a ajuda do palhaço. O meu menino, por exemplo, renasceu outro dia, quando o meu curumim riu à toa das leserices que viu e ouvi e, para comemorar, posou ao lado do palhaço, homenageando o mais humilde dos magos, cuja missão na terra é fazer rir ao homem e à sua amada platônica - a felicidade.
Enquanto o palhaço encantar o menino e o menino gargalhar à beça com as patuscadas do palhaço, a esperança por dias melhores também rirá, bem-humorada, da descrença e do derrotismo. Salve os saltimbancos: o menino e o palhaço!!
Amaral Neto com o Palhaço do Marcos Frota Circo Show
Fonte: Antônio Serpa do Amaral Filho
Os homens do poder sempre passarão; o bom humor, passarim!
Apesar do vazio cultural, da perda irreparável para o humanismo e para a criatividade brasileira e do profundo incômodo emocional provocado pela par
A origem do nome das Três Marias – as estrelas cintilantes da nossa identidade cultural
Em Porto Velho, todo mundo sabe que as caixas d’água instaladas numa praça do bairro Caiari são popularmente chamadas de Três Marias! Porém, ninguém
Brasil e o Guaporé, tudo a ver!
A obra do jornalista Zola Xavier, Uma Frente Popular no Oeste do Brasil, que será lançada em breve na Casa da Cultura de Porto Velho, desponta hoje
Os Trapezistas do Circo da Fuleragem Assaltaram o Mercado Cultural
O bafo sonoro do berimbau de lata repercutiu azedo e cativante ao mesmo tempo, enquanto Dom Lauro verbalizava um canto tribal, tomando para si o cocar