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Sergio Pires

Primeira Mão - 31/03/10



Primeira Mão - 31/03/10 - Gente de Opinião
PODE-SE ATÉ NÃO GOSTAR DE LULA E SEU
GOVERNO, MAS NÃO IGNORAR SUAS OBRAS
 
O PAC 2 foi lançado nesta semana pelo presidente Lula e por sua candidata à Presidência, Dilma Roussef, num grande evento governista-político-palanqueiro em Brasília. Serão investidos mais de 1 trilhão de reais em obras nos próximos cinco anos. Enquanto a programação do PAC 1 recém passou da metade, o PAC 2 vem com muito mais projetos, principalmente para as áreas de habitação e saneamento, duas das maiores deficiências do Brasil. E em pleno século 21. É claro que Rondônia e a região norte estão aquinhoados com dezenas de projetos e investimentos nunca antes visto na história desse país, como gosta de dizer o próprio Lula. Os governistas festejam. E com razão. Mesmo que não atinjam todos os seus objetivos, mesmo que não cheguem a 100% do projetado, os dois programas do PAC já terão dado uma nova cara ao Brasil. Veja-se, apenas como um exemplo, as obras de universalização da água e esgoto em Porto Velho, uma capital que, não fossem tais investimentos, levaria mais umas cinco décadas para ter tais benfeitorias para toda a sua população.

A oposição bate duro, dizendo que o governo Lula faz muita propaganda, usa dinheiro público para campanha política, utiliza a máquina para beneficiar Dilma Roussef. Tem até razão em muitas de suas queixas. Mas é sempre bom lembrar que a maioria dos partidos de oposição já foi governo. E não se tem notícia de programas nem perto do calcanhar do gigantismo do PAC 1 e do PAC 2 para melhorar o Brasil. Pode-se até não gostar de Lula, do PT e de seu jeito de governar. Mas não reconhecer que ele deu uma grande mexida nesse país, aí já é demais.

 
PASSADO E PRESENTE

Entregue o Hospital de Cacoal, agora a corrida do governo é para equipá-lo com os mais de 12 milhões liberados pela União e, ao mesmo tempo, contratar o pessoal que vai atender naquela que é uma das obras mais esperadas em Rondônia na área de saúde. A história do hospital de Cacoal é cheia de falcatruas, desvio de verbas e outras bandalheiras. No atual governo, finalmente, a obra se tornou realidade.

SEMPRE OBSTINADO

Mais uma vez o governador que deixa o poder amanhã, para disputar a eleição de outubro, foi obstinado na batalha de Cacoal. Cassol avisou que iria resolver o problema, que as bandalheiras do passado deveriam ser investigadas e os responsáveis punidos mas que, de forma alguma, a população poderia ficar sem o hospital. Prometeu e cumpriu. O antigo elefante branco é hoje uma obra de grande importância para toda a região central do Estado.

DECLARAÇÃO DE GUERRA

Não chamem para a mesma mesa representantes da Funai nacional e as lideranças indígenas de Rondônia. Os caciques estão em ponto de declarar guerra à instituição que deveria protegê-los. O fechamento de vários postos da Funai – inclusive em Porto velho – é apenas um dos motivos para a fúria dos índios. Mas tem muito mais coisa que estão deixando as tribos furiosas.

CUMPRINDO A LEI

Uma ação rápida, bem preparada e feita com competência pela Polícia Federal impediu a concretização de um plano de invasão de terras indígenas dos Uru-Eu-Wau-Wau na região de Nova Brasilândia e Seringueiras. Houve prisões e pelo menos oito mil pessoas estavam mobilizadas por uma associação rural do Vale do Guaporé para entrar na área, nesta próxima quinta-feira. Antes da invasão, a PF agiu.

DESCUMPRINDO A LEI

Pena que o mesmo não ocorra com invasões de fazendas e áreas produtivas por grupos que se dizem sem terra. Quando eles agem, muitas vezes orientados pelo próprio Incra, que é um órgão federal, não há qualquer tipo de repressão de nenhum órgão. O proprietário, teoricamente protegido pelo direito de propriedade (que aí se transformou em letra morta na Constituição), que se vire se quiser lutar pelo que é seu.

À LUZ DO DIA

Até a última segunda-feira, já havia sido registrados, apenas nos primeiros três meses do ano, 43 assassinatos em Porto Velho. Quase 15 mortes por mês ou um assassinato a cada 48 horas. Depois de longo tempo, grupos de extermínio são suspeitos de voltar a agir na Capital, eliminando pessoas até em plena luz do dia. A carnificina não pára.

MORTO TEM DIREITOS?

Onde andam os movimentos que defendem os direitos humanos? Será que não vão se mobilizar contra tantos assassinatos? Será que não vão pedir pela vida de tantos inocentes? Ou vão esperar os criminosos serem presos para apenas então correrem à polícia para pedir pelos direitos de quem mata? Quem morre e as famílias que perdem seus entes queridos não valem nada para essa gente?

OLHO NA URNA
Em tempo de pré-eleição, continuam os confrontos entre sindicatos e governo. No caso da educação, mesmo com a decisão judicial de parar o movimento por um mês, até novas negociações com o governo, o sindicato continua tentando impor sua vontade. No caso da saúde, as negociações avançam mas não resolvem. O olho nas urnas é maior do que os interesses da população. Infelizmente. 

Fonte: Sergio Pires/Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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