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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 24/09/11


 
Primeira Mão - 24/09/11 - Gente de Opinião
 
UM CRIME QUE, HÁ 21 ANOS, CALOU
 
A VOZDO POVO RONDONIENSE
 
 
 Neste próximo 16 de outubro, completará maioridade um crime até hoje insolúvel e que deixou marcas na comunidade rondoniense durante todo esse tempo. No anoitecer daquele dia, em 1990, o então senador Olavo Pires, que já vencera a disputa para a eleição ao Governo do Estado em primeiro turno e tinha tudo para levar também no segundo, foi metralhado defronte a empresa que dirigia, na esquina das avenidas hoje Jorge Teixeira com Amazonas. O crime brutal, realizado a mando de alguém (ou “alguéns”) até hoje não descoberto, permanece como uma ferida aberta na história do nosso Estado. A morte por encomenda do senador fez o Estado de Rondônia ser citado na CPI da Pistolagem, realizada na Câmara dos Deputados em 1994. Mas nem a CPI chegou a lugar nenhum. João Ferreira Lima, o João de Goiânia, (na foto) está preso e confessou publicamente que participou do assassinato de Pires. Foi ele, segundo contou à polícia e à imprensa, quem puxou o gatilho da arma, que acertou 13 tiros no senador rondoniense. Mas jamais abriu a boca para contar quem lhe contratou e porque executou o crime brutal.
 
Os crimes políticos no Brasil, por incrível que pareça, ainda existem. E hoje o risco é até maior, em função da enorme impunidade que campeia em todos os sentidos. Rondônia teve momentos da sua história de grandeza, de orgulho, de conquistas, como poucas regiões deste país. Mas a morte violenta praticada contra um dos seus mais importantes homens públicos da época, sem ser esclarecida até hoje, é uma marca do que de pior teremos a contar aos nossos descendentes. Não há como esquecer o crime, porque ele foi praticado contra um representante eleito pelo povo. Matar Olavo Pires foi a forma encontrada por seus executores e mandantes de não permitir que a população decidisse seu destino. Não importa qual teria sido o futuro, mas a morte dos anseios populares é sempre um crime que nunca prescreve.
 
 
 
CAERD E A CPI
 
O caso Caerd esquenta. O deputado Jesualdo Pires, de Ji-Paraná, já começou a buscar assinaturas para criar uma CPI para saber tudo o que está acontecendo na estatal. O assunto é complicado, os interesses em jogo pesadíssimo e a Caerd, que durante vários anos não teve qualquer problema, na atual administração virou alvo. Uma CPI sempre é um risco. E como o governo está fragilizado na Assembleia, a investigação deve acontecer.
 
 
 
RAUPP, DE NOVO!
 
Já virou rotina o senador Valdir Raupp ser indicado como um dos 100 políticos mais influentes do país. Representando um estado considerado periférico na política nacional, Raupp foi galgando degraus e hoje é o presidente nacional do PMDB, depois que Michel Temer se tornou vice-presidente da República. Está com a bola cheia, o representante rondoniense.
 
 
 
ACIR TAMBÉM
 
O mesmo Diap, que manteve Raupp na turma de cima, considera que outro rondoniense, o empresário e hoje senador Acir Gurgacz também está em ascensão no Congresso. Acir pegou o mandato já começado, ganhando a vaga de Expedito Júnior na Justiça Eleitoral e vem fazendo um bom trabalho em Brasília. Por isso, o destaque que recebeu.
 
 
 
GARÇON VEM AÍ!
 
Por falar em Prefeitura, não há mais qualquer dúvida de que o deputado federal Lindomar Garçon vai para a disputa em 2012. Principal nome do PV na região e um dos políticos com maior popularidade em sua área, Garçon vem com tudo para sua segunda tentativa de comandar a maior cidade do Estado. Ele já foi prefeito de Candeias do Jamary por dois mandatos.
 
 
 
MATAR OU MORRER
 
Só no último sábado, mais de 50 pessoas chegaram feridas, por acidentes de trânsito, no Hospital João Paulo II. Em todo o último final de semana, foram cerca de 90 os que se ferraram nas ruas e estradas. É uma violência sem fim, que não diminui nem com orientação, educação, multas e fiscalização. Parece que há gente que sai de carro ou moto disposta a matar ou morrer. Hoje, recomeça o inferno, outra vez.
 
 
 
EXPLODIU
 
Números para se pensar. No final de 2007, havia em Porto Velho algo em torno de 60 mil veículos circulando nas ruas. Hoje, menos de quatro anos depois, são bem mais que 180 mil, entrando já na faixa dos 190 mil. Multiplicou-se em mais de 300% o número de motos. É claro que esse boom em tão pouco tempo iria trazer consequências sérias. Trouxe.
 
 
 
NÃO RESOLVE
 
Professores e alunos pedem a saída do reitor José Januário do comando da Unir. Adiantaria? Não mesmo. O problema da Unir não é o seu reitor, embora deva se reconhecer que ele poderia fazer muito mais do que está fazendo. A questão é mais ampla, vem do descaso do Ministério da Educação, da enorme burocracia que envolve tudo neste país e da má vontade clara em resolver pequenos e grandes nós das instituições públicas de ensino. Educação vai bem no Brasil só nos comerciais do governo. No resto...
 
 
 
PERGUNTINHA
 
Como aumentar os ombros da presidente Dilma Rousseff para caber tantos papagaios de pirata junto a ela, quando chegar em Cacoal no próximo dia 8?
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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