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Sergio Pires

Primeira Mão - 20/01/09


Primeira Mão - 20/01/09 - Gente de Opinião

HÁ CINCO ANOS, 29 ASSASSINATOS
SE MANTÊM NA TOTAL IMPUNIDADE 

Eles sabem muito bem usar o computador, não andam sem celular, conhecem o valor das coisas – tanto que negociam com contrabandistas de diamantes – mas, para a Justiça, ainda são inimputáveis. Os 23 índios cinta-larga que trucidaram 29 garimpeiros na Reserva Roosevelt, em abril de 2004, continuam livres, leves e soltos. O Ministério Público devolveu o inquérito para a Polícia Federal porque exige um laudo de um antropólogo que diga se os índios podem ou não responder pelos violentos assassinatos. Uma coisa que parece brincadeira, uma brincadeira de mau gosto, mas infelizmente não é. As famílias que perderam seus pais, filhos, maridos, irmãos, assassinados a golpes de facão e borduna, que foram mortos como animais, até hoje esperam que a lenta e complexa Justiça brasileira exerça seu papel, ou seja, faça Justiça. Mas como no Brasil até esse tipo de crime horrível é tratado com firulas da lei, não se sabe se um dia os índios criminosos receberão a punição que merecem. 

 

ESPERANÇA

Surge no horizonte uma pequena esperança. Em agosto, acontecerá a primeira conferência nacional de segurança pública, reunindo secretários de todos os estados e autoridades federais do setor. Pode ser que a partir dela algumas coisas comecem a mudar.

 

VAI ACORDAR?

Uma delas: a impunidade dos menores. Os secretários estaduais vão exigir que o tema seja um dos principais do encontro, porque o clamor da população contra o enorme aumento de crimes praticados por menores está se tornando insuportável. Pode ser que o Congresso, finalmente, acorde para o problema.

 

FANTASIA

Por falar em Congresso, mais uma de arrepiar. O Senado vai gastar  quase 2 milhões e meio de reais para comprar 1.724 cadeiras e 62 sofás. Enquanto todo o mundo aperta os cintos, nossos congressistas continuam fazendo essas besteiras, vivendo na sua ilha da fantasia.

 

DIAS CONTADOS

Ouve-se nos bastidores que a disputa pelo comando do PSDB tem mais um nome: Mariana Carvalho, a jovem recém eleita vereadora. Por enquanto, contudo, as principais fichas continuam com Euclides Maciel. A atual direção tucana parece estar com os dias contados.

 

RAPIDEZ

O governador Ivo Cassol está retornando do seu rápido descanso em Santa Catarina e já vem a mil. Quer que as obras do novo Centro Político e Administrativo sejam aceleradas. Esse será um dos primeiros assuntos que ele tratará essa semana, com o diretor geral do Deosp, Alceu Ferreira.

 

NA CABEÇA

Enquanto isso, o PMDB começa a mostrar suas asas. Quer convencer o comando do PT estadual – a começar pelo prefeito da Capital, Roberto Sobrinho – que 2010 é hora dos peemedebistas encabeçarem chapa na disputa ao governo. Com Marinha Raupp ou Confúcio Moura, nessa ordem.

 

LEVANTE A MÃO

Com Ivo Cassol e Waldir Raupp concorrendo às duas vagas ao Senado, em 2010, poucos são os políticos que se arriscam a entrar na briga. Nem a senadora Fátima Cleide está pensando na reeleição. A dupla é osso duro de roer. Quem poderá derrotar um ou outro ou os dois? Até agora ninguém levantou a mão...

 

OITO DÉCADAS

Junto com o jornalista, radialista e historiador Esron de Menezes, falecido no final de semana, vai-se uma parte importante da história de Rondônia e Porto Velho. Morador da Capital há 80 anos, Esron participou pessoalmente de todos os grandes eventos que marcaram todo esse período da vida do Estado e da Capital.

 

SÃO QUATRO

Ouve-se pelos bastidores da Assembléia que pelo menos quatro parlamentares estariam pensando seriamente em disputar a Câmara Federal. Nomes há mas, ao menos por enquanto, ninguém fala oficialmente sobre o assunto.

 

BOMBA

E aquela bomba que iria estourar no final de 2008? Continua armada, com a espoleta colocada e só esperando ser ativada. O assunto é quentíssimo e pode explodir agora, no primeiro semestre de 2009. Vamos aguardar.

 

PERIGO TOTAL

Tragédia anunciada: dezenas de meninos transformaram o terreno de uma obra inacabada na avenida Jorge Teixeira com Herbert de Azevedo num piscinão.  O local é também antro de marginais e serve até para encontros amorosos da turma da rodoviária.

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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