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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 19/01/10




Primeira Mão - 19/01/10  - Gente de Opinião

TEMOS QUE SABER PORQUE TANTOS
ADOLESCENTES ESTÃO SENDO MORTOS


Há algo de podre no reino dos bairros periféricos de Porto Velho. Nos últimos meses, bem mais que duas dezenas de jovens – com idades que variam dos 14 aos 23 anos – foram brutalmente assassinados. Há casos esclarecidos que envolvem rixas, outros por causa de mulheres, ou seja, os crimes passionais e um ou outro com explicações diferentes. Mas, na grande maioria dos crimes, a polícia sempre aponta disputa de gangues e envolvimento com drogas como o motivo principal das mortes. Pode ser. O que há necessidade é que se explique melhor este morticídio de jovens porto-velhenses. Não é possível que não se esclareça todos os casos, para se saber se não há grupos de extermínio agindo nas áreas mais pobres da cidade. A frieza com que os crimes são cometidos, os tiros muitas vezes na cabeça e à queima roupa, a falta de motivo claro para a maioria das mortes e a falta de informações sobre como andam as investigações e sobre eventuais prisões, deixam a todos com uma pulga atrás da orelha. Não existe coincidência nesse mundo da violência. A polícia rondoniense, composta por gente experiente e que trabalha duro, tem obrigação de vir a público para dizer o que está acontecendo. E desmentir, com dados seguros, a boataria cada vez mais corrente de que grupos de extermínio andam agindo na capital rondoniense.

O que não se pode é continuar tratando tantos assassinatos de adolescentes, em alguns caso de apenas crianças chegando à adolescência, como se fossem coisas comuns. Em 2009, tivemos mais de 110 assassinatos em Porto Velho, a maioria das vítimas de jovens. Vamos continuar vivendo neste clima sem sequer saber a verdade sobre o extermínio nas áreas mais pobres da maior cidade de Rondônia?

NOVO COMANDO

O Partido dos Trabalhadores empossou seu novo diretório no final de semana. À frente, o ex-presidente regional Tácito Pereira. Que, aliás, é pré-candidato à Câmara Federal. Ele entra na nominata do PT substituindo Eduardo Valverde, que vai ao governo. 


OTIMISMO


Na festa de sábado, o nome petista ao governo era só sorrisos. Valverde disse que anda muito satisfeito com a aceitação de seu nome em todos os municípios do Estado. Teve o aval do petista de primeira hora Odair Cordeiro, que disse que Valverde trabalha duro como poucos, em campanhas políticas. 


UM PÉ E MEIO


No lado governista, Cassol respira ainda mais aliviado, cada vez que aparece uma pesquisa. Nas últimas feitas antes do início do ano, quando elas passaram a ter registro obrigatório no TR E, os números colocavam o pré-candidato Cassol com um pé e meio no Senado. 

DOIS NA DUREZA

De outro lado, tanto Valdir Raupp, do PMDB quanto Fátima Cleide, do PT, querem a segunda vaga. Os dois se preparam para uma campanha dura, que até agora apontam, muito tempo antes do pleito, pequena vantagem para Raupp. Vai ser dureza. 


FIM DE JOGO


Secretário de Segurança no governo Jerônimo Santana, ex-deputado federal, ex-diretor da Ceron e um dos nomes que já teve grande destaque na política estadual, Eurípedes Miranda pendurou as chuteiras. Disse que não disputa mais eleição e que só vai trabalhar para ajudar seus companheiros do PT. 

VAI MUDAR

Nos próximos dias, começam a ser definidas mudanças importantes em dois dos três poderes do Estado. Tanto no Executivo como no Legislativo, conversações de bastidores estão apontando rumos que, pelo menos publicamente, até agora não tinham sido aventados. Tudo será anunciado dentro em breve. 


RIOS CHEIOS

As chuvas insistentes dos últimos dias já assustam várias cidades de Rondônia. Em Porto Velho, as populações de áreas de risco já estão sendo retiradas pela Defesa Civil, por causa da subida do rio Madeira. Em Ji-Paraná, o rio Machado não pára se subir. O problema vai aumentar daqui para a frente e é bom que as autoridades se preparem para enfrentá-lo. 

130 A UM

O número de casos de dengue não pára de crescer. Postos de saúde, hospitais públicos e particulares não estão dando conta de atender tanta gente. Num posto da Capital, um só médico chegou a atender mais de 130 pessoas num só dia, todas com suspeita da doença. A epidemia, infelizmente, não está regredindo. Pelo contrário. 


TEM EXPLICAÇÃO?

São essas coisas que a gente não compreende mesmo. Nesta semana, um homem foi preso pela terceira por pedofilia, em Ji-Paraná. Onde, afinal, está o Judiciário que permite que um doente desses continue transitando normalmente entre as crianças? Em nome de que direito um sujeito desses vai preso e pouco depois é solto de novo? 


MUITA GRANA


Os políticos odeiam falar publicamente sobre o assunto. Mas ele não pode ser ignorado. Gente que acompanhar campanhas no Estado há muitos anos e que tem conhecimento do assunto já avisam: a de 2010 será uma das campanhas políticas mais caras da história. Quem não tiver grana, está ferrado. 

Fonte: Sergio Pires - [email protected]  
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