Primeira Mão - 18/08/09

IMPUNIDADE FAZ MOTORISTAS 
IGNORAREM A NOSSA LEI SECA

Qual o país do mundo em que as leis pioram os índices de ilegalidades praticadas? Claro, só podia ser um. O nosso. Pois é o que está acontecendo com dois casos, especialmente. Um deles são os crimes contra mulheres, que desde a criação de delegacias especializadas para protegê-las e da Lei Maria da Penha, aumentaram significativamente. O outro refere-se ao trânsito. Desde que a chamada “Lei Seca” foi aprovada, o número de motoristas pegos com a cara cheia de pinga e dirigindo no trânsito quase triplicou. Será porque agora a fiscalização e o combate aos delitos é bem maior do que antes? Ou será que o brasileiro já concluiu que a grande lei que impera nesse país é a da impunidade geral? Não se entende como, mesmo sabendo de todas as ameaças de penas duras – principalmente na questão relacionada com a ingestão de bebida alcoólica para quem dirige – os motoristas continuam desafiando a lei, o bom senso, a sua vida e a vida alheia, parecendo fazer escárnio tanto da legislação quanto das autoridades. Infelizmente, o que se concluiu é que a absurda impunidade que campeia no Brasil é a verdadeira responsável por tudo o que está ocorrendo. Ninguém vai preso e, se vai, no outro dia está na rua. Quem vai respeitar a lei com essa liberalidade – para não dizer libertinagem – das leis brasileiras em relação ao crime?

OUTRO EXEMPLO

Outro caso que dói: o assassino do secretário adjunto de polícia, grande policial e homem público dos mais respeitados, Cézar Pizzano, não ficou na cadeia. Libertado por decisão judicial para responder o crime em liberdade, ele já anda participando de assaltos e na semana passada conseguiu escapar a um cerco policial.

DOIS MIL

Números que apavoram: em um ano, quase dois mil motoristas rondonienses foram pegos dirigindo embriagados. Não se sabe ainda o que aconteceu ou acontecerá a eles. Mas todos estão por aí, de novo, prontos para beber, dirigir e acabar com a vida de várias pessoas.

PIOROU

Cresce a briga entre o deputado Ribamar Araújo e alguns membros do PT, partido dele. Ribamar tem baixado a lenha em relação a atitudes de companheiros da sua sigla e avisa: não vai calar-se. O caso complicou e muito dificilmente ele permanecerá no partido. Há petistas que querem até tirá-lo da relação de candidatos à Assembléia em 2008, como represália.

 

DIA DIFÍCIL

Esta terça poderá ser decisiva para a ministra Dilma Roussef. A ex-toda poderosa da Receita Federal, Lina Vieira, vai ao Senado para repetir que Dilma determinou que Eloá encerrasse investigações sobre empresas da família Sarney. Dilma nega tal pedido e até o encontro, mas Lina está disposta a enfrentar a fera. Vai ser dia duro para a ministra pré-candidata à Presidência.

INFERNO ASTRAL

Também pode ser decidida essa semana a questão da candidatura de Marina Silva à Presidência. Ela sairia do PT e iria para o PV para disputar o comando da Nação. Contra Dilma, em 2010. Dilma reza para que esse momento de inferno astral passe logo.

90 MIL

Há notícias que não se pode deixar de comemorar. Uma delas é o andamento das obras de tratamento de esgoto em Porto Velho, o que representará uma verdadeira revolução na frágil infraestrutura básica da cidade. Pelo menos 90 mil residências serão atendidas pela grandiosa obra do PAC, com recursos federais e contrapartida do Estado.

ÁGUA PURA

Na mesma linha, destaca-se o andamento das obras de implantação do serviço de água tratada para todas as regiões da Capital. Água de boa qualidade e esgoto tratado são a base para uma grande melhoria na qualidade de vida da população e certamente diminuirá em muito os altos índices de doenças que temos. Estamos melhorando!

DE OLHO

PMDB e PDT realizaram encontros esta semana. Os pedetistas da Capital se reuniram para definir rumos do diretório municipal, agora sob o comando do ex-vereador Mário Jorge. O PMDB, para tratar a reorganização depois da saída de Fernando Prado, que foi para o PP. Os dois estão de olho no governo, em 2010.

JÁ COMEÇOU!

As batalhas políticas se acirram a partir deste segundo semestre. Os “times” que estarão na disputa da eleição que chega daqui a pouco mais de um ano, marcam posição e, sempre que possível, atacam seus adversários. A guerra política se acirra e começa a mostrar que o nível da campanha será, novamente, de sofrível para baixo. 

Fonte: Sergio Pires - [email protected]  
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