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Sergio Pires

Primeira Mão - 09/07/10


 Primeira Mão - 09/07/10 - Gente de Opinião

UMA BATALHA ENTRE CENTRAIS SINDICAIS
QUE SÓ TRAZ PREJUÍZOS PARA RONDÔNIA

Por trás de toda a confusão, brigas, badernas e tentativas de causar prejuízos não só ao empreendimento mas ao Estado, está a luta sindical. Dirigentes de duas centrais – uma, a CUT, atualmente no poder sobre  o sindicato dos trabalhadores das usinas; a outra, a Força Sindical, derrotada numa eleição da entidade – estão em guerra. E quem paga o pato? Ora, os trabalhadores das usinas, o consórcio que as constrói, a população de Rondônia. E não é briga por beleza. Por trás de tudo, ignorando os interesses que não sejam os seus próprios, os sindicalistas querem poder político e dinheiro, muito dinheiro, que é o que jorra para os cofres de seus sindicatos, vindos das verbas oficiais e de parte dos salários conseguidos com muito suor e batalha pelos trabalhadores. O sindicalismo brasileiro, que sempre teve como base essencial o peleguismo,  com sua turma protegida, com os acordos para manter dirigentes pode décadas no poder, está cada vez pior, ressalvadas sempre as exceções. Raríssimas, nesse caso. Nos tempos da ditadura, a maioria dos sindicalistas deitava-se ao chão para que os poderosos pudessem limpar seus sapatos, desde que suas benesses não fossem retiradas. Depois, veio o sindicalismo ideológico e veio a CUT, que até o Partido dos  Trabalhadores chegar ao poder, era uma entidade combativa, crítica, exigia tudo e criticava tudo, desde que não fossem “companheiros”. Porque a Central e o partido sempre foram um só. No fundo, tudo igual em relação ao poder no passado e no presente.

Agora, a CUT é amiguinha do governo federal. A Central Sindical também, até porque ambas sobrevivem muito de verbas oficiais e descontos obrigatórios dos operários. E seus dirigentes nem pensam em abrir mão de tantas vantagens para eles mesmo e suas turmas. Mas, em Rondônia, as duas centrais são inimigas, porque querem comandar os trabalhadores das usinas, usufruir do poder de negociação e do poder político que isso representa. O que importa é cuidar dos próprios interesses. O resto é detalhe, que as centrais, se der tempo, vão tratar. Afinal, seus associados são apenas um detalhe no emaranhado político-partidário-ideológico-granístico em elas se transformaram.

É A FICHA LIMPA?

Será a Lei da Ficha Limpa a principal responsável por um número pouco mais da metade do previsto de candidatos inscritos para a eleição em Rondônia, nesse ano? A expectativa mais alta chegava a apontar para perto de 600 candidaturas. Por enquanto, só 345 estão confirmados. E ainda vai haver depuração, via Justiça Eleitoral.

 FAZENDO CONTAS

Com mais de 1 milhão de eleitores, Rondônia prepara-se para escolher seus novos governantes e representantes no Congresso e na Assembléia. Com a tendência de 75% dos votos válidos, um deputado estadual será eleito a cada 30 mil votos da sua coligação. É ainda um cálculo inicial, mas próximo à realidade. As coligações continuam fazendo suas contas.

 SÃO POUCOS

Os partidos maiores têm alguns dos campeões de votos entre seus candidatos. Na última eleição, foram muito poucos os que conseguiram passar dos 10 mil. Entre eles, dois que ainda não se tem certeza se estarão na disputa deste ano: Carlão de Oliveira e Marcos Donadon.

SEM INFORMAÇÃO

Mais uma vez rondonienses e acreanos tiveram um apagão, na noite da última terça-feira. Pedir explicações ou alguma informação à Ceron (que mudou de nome mas o serviço ruim continua o mesmo), é apenas perda de tempo e motivo de irritação. Consumidor só serve mesmo para pagar a conta. Saber o que está lhe prejudicando, nem pensar.

RAIVA DUPLA

Foi a quinta vez apenas nesse ano que ocorreu um grande apagão nos dois estados. Alguma coisa está acontecendo mas a estatal não está nem aí para informar, com todas as palavras, onde realmente está o problema. No último apagão, quem tentou o 0800 da empresa, que fica sediado no Rio, ficou com raiva duas vezes: pela escuridão e por ser ignorado.

QUATRO A MENOS

Entre os 23 deputados estaduais – uma das cadeiras, que era de Wilber Coimbra, continua vazia – já confirmaram que não concorrem à reeleição Tiziu Jidalias (é vice na chapa de Cahulla); Daniela Amorim (disputa vaga na Câmara Federal): Maurinho Silva (não conseguiu reunir os mesmos apoios da eleição passada) e Wilber Coimbra, agora conselheiro do TCE.

 FALTA CONFIRMAR

Também pode ficar de fora o deputado Lebrão, que assumiu a vaga que era do atual prefeito de Ouro Preto, Alex Testoni. Lebrão ainda está indeciso, porque não estaria contando com suporte financeiro para a campanha. Mas a posição final ainda não foi confirmada por ele.

 NADA VEZES NADA

E a tal transposição, hein? Nada decidido, nada avançou, nada se concretizou. Depois de todos os discursos, as comemorações, gente gastando por conta, tema de campanha para vários candidatos, o que se viu é exatamente isso: nada, absolutamente nada de concreto até agora. Haverá algum avanço depois das eleições? Ninguém sabe.

NÃO É PARA FREIRAS

Nos bastidores, pesquisas sobre a vida pregressa de candidatos estão sendo feitas. Os dados levantados, os problemas descobertos. Tudo pode ou não ser usado na campanha, dependendo dos desdobramentos dela. A disputa não será entre freiras. Vai ser jogo duro. Que ninguém se engane.  

 Fonte: Sergio Pires. 
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