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Sergio Pires

Primeira Mão - 09/07/09


 Primeira Mão - 09/07/09 - Gente de Opinião
UMA ESTRUTURA FEITA PARA NÃO
FUNCIONAR ATRASA OBRAS DO PAC

Os cofres estão abarrotados. Os projetos estão prontos. A mobilização dos governantes é óbvia. Então porque as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, estão tão atrasadas, em sua grande maioria? A própria ministra Chefe da Casa Civil, presidenciável e “Mãe” do PAC, Dilma Roussef, está sentindo na pele e sofrendo porque sabe a resposta. A culpa maior desse absurdo é da burocracia, da podridão que tomou conta do serviço público, da disputa a socos entre burocratas para saber quem colocar o casaco na cadeira; da preocupação exclusiva com salários, avanços, qüinqüênios, férias, benefícios. Os governos, com o passar dos anos, foram se enredando na própria teia, criando uma estrutura fadada ao fracasso. Além de uma supermáquina feita para não funcionar, há ainda outras questões. Como a contratação de serviços terceirizados, muitas vezes por empresas picaretas que pouco estão se preocupando em fazer um serviço de qualidade porque poderão até perder trabalhando. O lucro, em muitos casos, já foi para a corrupção, para a compra de funcionários canalhas que enchem os bolsos para facilitar a vida dessa ou daquela empresa. Ao final, é claro, os projetos se arrastam, as obras ficam só no discurso, os grandes projetos que poderiam mudar para muito melhor a vida da grande maioria da população levam décadas para se tornarem realidade, quando deveriam levar meses. O PAC está empacado. E vai continuar assim, porque a máquina pública que o sustenta é feita exatamente para não funcionar. Porque, se funcionar, os burocratas perderiam poder, espaço e dinheiro. E isso eles não vão deixar.

 

ILHA

Ao menos em Rondônia e em Porto Velho, especialmente, as obras de água e esgoto do PAC estão andando. É uma ilha de eficiência num mar de atrasos e problemas burocráticos e legais que atrasam pos serviços em todo o país. Tomara que por aqui o quadro não mude. 

 

ASSÉDIO

O presidente do PMDB municipal, Fernando Prado, anda sendo assediado por pelo menos três partidos para trocar de lado. Empresário de sucesso e uma liderança nova na Capital, Fernando anda balançando com as propostas, embora não confirme nada oficialmente. Ele deve disputar uma cadeira da Assembléia em 2010. Quem sabe, por novo partido.

 

SÃO TRÊS

Pelo que se sabe, Fernando já foi procurado pelo governador Cassol, que quer leva-lo para o PP; pelo DEM de José Bianco e pelo PSB de Mauro Nazif.  Ele não confirma nada mas a informação é quente. O empresário e político ainda não decidiu sobre o que fará.

 

LIVRES E SOLTOS

Eles estão tomando conta das poucas áreas onde se pode estacionar no centro da Capital. Os flanelinhas estão nas ruas, exigindo dinheiro para “cuidar” dos carros. Agem livremente, sem controle e sem fiscalização, deixando os motoristas à sua mercê.

 

EXEMPLO

 O Distrito Federal encontrou uma solução ao menos parcial para o problema. Oficializou a profissão de flanelinha mas exige: curso especial, antecedentes, proibição de álcool e drogas e ainda que eles não possam cobrar mas apenas receber se o o motorista quiser pagar. A polícia vai fiscalizar. Não será um caminho.

 

HIPERATIVO

O deputado Tiziu Jidalias se movimenta muito mesmo durante o recesso da Assembléia. Anda sonhando alto. O número de releases que sua assessoria envia à imprensa, todos os dias, comprova que o parlamentar de Ariquemes não está para brincadeira.

 

NAMORO

Tiziu, aliás, deve definir nos próximos dias seu novo partido. Liberado pela Justiça Eleitoral para deixar o PMDB sem correr risco de perder o mandato, ele está de namoro firme com o PP de Ivo Cassol. Mas ainda não colocou a aliança no dedo.

 

QUENTES

Por falar nos Cassol, a irmã do governador, Jaqueline Cassol, é candidata a uma das vagas da Assembléia em 2010. É nome quente que vai incomodar muitos dos atuais parlamentares que tentarão a reeleição. Ela e Joarez Jardim, que a substituiu no Detran, são considerados candidatos dos mais quentes.

 

RECONHECENDO

Críticas só têm valor quando há o equilíbrio do elogio feito com justiça. É o caso da polícia rondoniense, muitas vezes criticada mas que merece o reconhecimento pelo trabalho de esclarecimento de vários crimes.

 

DE DENTRO

Por exemplo, em poucas semanas esclareceu os casos dos incêndios nos ônibus e do atentado ao prédio do Ministério Público. Os executores foram presos e os mandantes já estavam. São todos presidiários do Urso Branco, que queriam demonstrar força para não serem transferidos para a cadeia de segurança máxima.

Fonte: Sergio Pires / www.gentedeopiniao.com.br  / www.opiniaotv.com.br 
ibanezpvh@yahoo.com.br 

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