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Sergio Pires

Primeira Mão - 07/08/09


Primeira Mão - 07/08/09 - Gente de Opinião

UMA AÇÃO NACIONAL EM DEFESA
DO TRÁFICO E DOS TRAFICANTES

Passaram-se 218 dias deste ano. A cada três dias e meio, na média, uma pessoa foi assassinada em Porto Velho. Foram 62 homicídios, vitimando velhos, mulheres, crianças e, na maioria dos casos, jovens. Também está relacionado a um numero significativo de mortes o odioso tráfico de drogas, envolvendo pessoas que, pelo dinheiro ou para manter o vício, ou as duas coisas, perderam a noção do valor da vida e matam, geralmente de forma covarde, quem se atravesse em seu caminho. Não há estrutura de segurança pública no mundo que consiga acabar com essa violência toda. Não importa quantos milhões se gaste nem quantas viaturas, equipamentos ou servidores se contrate. Não há como prevenir tais ações, a menos que se acabe, na raiz, com o tráfico. Por isso, causa espanto a campanha nacional lançada por setores do Judiciário, do Ministério Público, de ONGs e entidades dos chamados direitos humanos – com apoio total da maior rede de TV do País, a Globo – para que os pequenos traficantes tenham suas penas reduzidas. É surpreendente que, quando raramente a lei funciona e aplica penas duras, se queira regredir e brindar os que participam como “mulas” do tráfico como se nada tivessem feito. Números, estatísticas, depoimentos de autoridades, tudo está sendo engendrado para diminuir a pena dos pequenos traficantes. Se isso ocorrer, o tráfico, que já é imenso, se tornará incontrolável por gerações. Ou talvez para sempre. É punindo duramente todos os envolvidos, não importa em que estágio do tráfico, que se poderá combater a causa de todos os males.

VIROU BADERNA

O que aconteceu em Extrema, embora as reivindicações sejam das mais justas, é inconcebível. O fechamento de uma rodovia federal por quase três dias, sob o olhar complacente das autoridades, comprova o quanto se está pouco ligando para as leis nesse país. Permite-se o isolamento de um estado brasileiro (no caso o Acre) por tanto tempo, sem que ninguém fizesse nada. CLIQUE E VEJA VÍDEO NO OPINIAOTV.



QUE DEMOCRACIA?

A democracia tem quer ser baseada nas leis. Não importa se elas são justas ou injustas. Se estão erradas, têm que ser refeitas. Mas enquanto não o forem, tem que ser cumpridas. É contra a lei obstruir uma rodovia federal, não importa sob que argumento.


MANDAR CUMPRIR

Daí, quando se fecha uma BR por qualquer motivo – ou por bobagens ou coisas sérias, que é o caso da Ponta do Abunã – as autoridades têm que se posicionar e mandar cumprir a lei. E ainda mais quando os manifestantes usam de violência contra a polícia. É um acinte.

 

ALGUNS SIM, ALGUNS NÃO

Não é possível o que está se permitindo fazer contra a democracia. Hoje as leis valem para alguns mas não valem para outros. Interrompe-se uma rodovia federal para festa de carnaval, para protestar contra a não emancipação mas também por qualquer besteira. Que bagunça é essa?


PERGUNTAR NÃO OFENDE

Lança-se a lei a favor do crime e dos criminosos e coloca-se a população de bem de joelhos porque ninguém tem coragem de enfrentar a tragédia real que o Brasil vive em termos de violência. O que isso tem a ver com o fechamento da BR? Tem tudo, porque dependendo de quem a fecha, dependendo de quem comete qualquer crime, dependendo a interpretação até ideológica da autoridade, a lei pode ser usada ou não. Isso é democracia?


PROMESSA FEITA

O presidente da Câmara, Michel Temer, jurou que a PEC da Transposição dos servidores do ex-Território Federal seria prioridade no segundo semestre. O assunto já deveria ter entrado na pauta da Câmara Federal. Temer fez essa promessa pública à bancada federal rondoniense. Até agora, nada.



NA GAVETA

Expedito Júnior protestou de novo contra a demora, Valdir Raupp disse que a PEC vai ser votada logo e Mauro Nazif anuncia que percorre o país para conversar com deputados de outros estados, pedindo apoio para o pleito de Rondônia. Tudo isso é verdade. Mas é verdade também que a PEC não saiu da gaveta. E agosto está andando...



VÍTIMA CENTENÁRIA

Padre Alejandro Ernandez tinha 95 anos, 60 de Brasil, 40 anos de Rondônia. Tinha grande vitalidade, rezava missa, acompanhava o ritmo dos fiéis. Foi atropelado em frente à sua paróquia e morreu nesta semana. Levou com ele parte da nossa história. Foi mais uma vítima do trânsito maluco de uma cidade que não se preparou para crescer tanto em tão pouco tempo.



HORA DE AGIR

Viadutos, pistas laterais da BR, anel viário, passarelas sobre a BR e também sobre algumas das mais perigosas avenidas de Porto Velho: se isso não for feita já, logo, de imediato, todos os dias as famílias porto-velhenses e a comunidade como um todo terão mortes a chorar. Não há mais tempo a perder com burocracia e conversa fiada. A ação tem que ser já!

Fonte: Sergio Pires / [email protected] 
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