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Sergio Pires

Primeira Mão - 06/10/09


Primeira Mão - 06/10/09 - Gente de Opinião

UM RETRATO CLARO NA QUESTÃO INDÍGENA
MOSTRA O QUE É DISCURSO E O QUE É REALIDADE


A situação dos índios na Reserva Roosevelt é de desespero. O Ministério Público Federal tem exigido medidas do governo federal mas até agora só tem ouvido desculpas e nenhuma ação contundente para proteção dos Cinta-Larga que habitam a região, rica em diamantes e alvo da cobiça de garimpeiros ilegais e os fora da lei de sempre. Na semana passada, o procurador Reginaldo Trindade Pereira fez um dramático relato da situação dos índios durante encontro no Acre. O que ele contou é de arrepiar os cabelos. Os índios, sentados em cima de uma das mais ricas minas de diamantes do mundo, vivem na miséria. Explorados por comerciantes e garimpeiros ilegais, compram “fiado” e depois, para pagar a conta, são obrigados a permitir a retirada de diamantes para pagar suas dívidas. É uma daquelas coisas impressionantes, que só acontecem no Brasil. Donos da terra, nem os índios podem explorar suas riquezas. A União não permite. Mas também não resolve o problema. Mas também não impede que contrabandistas internacionais comprem ilegalmente, e por preço muito baixo, nosso diamante, considerado entre os de melhor qualidade do mundo, para revendê-lo a preços altíssimos no mercado internacional. Nossos índios podem morrer de fome, porque o que interessa principalmente é ter o discurso em defesa deles. Porque na vida real, o próprio Ministério Público Federal é testemunha da forma como nossos indígenas são tratados.

O OUTRO LADO

Ainda sobre o mesmo tema. O tempo passa e a Justiça não se pronuncia sobre o massacre de 29 garimpeiros, ocorrido em 2005. As mortes vão acabar sendo esquecidas e tudo ficará como está. Os índios que vivem na área têm que ser protegidos e retirados da miséria. Mas os que mataram não podem ficar impunes, jamais. 


CONFIRMADO


Como a coluna adiantou há cerca de um mês, o ex-prefeito da Capital, Carlinhos Camurça, saiu do PMDB, onde estava e ingressou no PP. Ele chegou a conversar com a nova turma do PSDB mas definiu-se pelo PP de Cassol, depois de analisar o quadro político. Camurça é candidato a deputado estadual em 2010. 


O HINO NÃO SALVA


Perde-se tempo com pequenezas, enquanto os graves problemas são tratados como se não existissem. Leis obrigam a cantar o Hino Nacional nas escolas, como se isso fosse resolver tudo. Mas a violência dentro do pátio escolar e nas salas de aula, o desrespeito aos professores, o tráfico de drogas que campeia no mundo do ensino são questões ignoradas pelas autoridades. Uma vergonha.

CHANCE DA LIMPEZA

O governo brasileiro poderia aproveitar a grande chance de limpar o Rio de Janeiro de verdade, para receber os milhares de atletas e visitantes que estarão no país em 2016. Se quiser, se tiver coragem, se decidir governar mesmo em defesa da grande maioria de cidadãos de bem, certamente tem como acabar com a guerra civil no Rio e torná-la uma cidade livre do crime. 


E A CORAGEM?


É claro que as autoridades sabem como fazer isso. Basta uma mudança radical na legislação, tratando bandido como bandido, impondo penas pesadíssimas sem direito a todas as vantagens que os criminosos têm hoje e separando a grande maioria dos bons dos poucos maus que mandam na Cidade Maravilhosa. Simples. Mas para fazê-lo, tem que ter coragem. 


MULHERADA

As trabalhadoras rondonienses estão em alta. Uma reportagem nacional na revista Cláudia, que está circulando, dedica longo espaço às operárias que estão trabalhando nas obras da usina de Santo Antonio. “A usina das 700 mulheres” é o título da reportagem recheada de belas fotos. 


AGORA OU NUNCA


Se não for hoje, será amanhã. A segunda e última votação da PEC da Transposição tem que sair essa semana, senão a coisa complica. A bancada federal, deputados estaduais, representantes do governo estadual e sindicalistas estão em Brasília, esperando um final feliz. E todos os servidores do ex-Território Federal estão na torcida. 


OBSTÁCULOS TRANSPOSTOS


A situação complicou um pouco na semana passado pela falta de quorum e obstrução da pauta. Ambas as dificuldades já estariam sanadas, segundo dirigentes de sindicatos que estão na batalha de convencimento dos parlamentares federais para apoiarem o pleito de Rondônia. Agora, é torcer para que tudo dê certo. Em breve saberemos. Quem sabe hoje ainda. 

COLISÕES POLÍTICAS

O fim de semana repetiu e ampliou cenas que têm sido vistas constantes em todo o Estado. Políticos com mandato e os que ainda não têm mas o querem, andam se encontrando para lá e para cá, já em campanha. A disputa em 2010 será ferrenha... 

Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br  
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