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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 03/10/10



UM DOMINGO DE ELEIÇÃO DIFERENTE,
ONDE A JUSTIÇA É QUEM VAI ESCOLHER

Milhões de brasileiros vão às urnas hoje. Vamos eleger o novo presidente da República; governadores de todos os estados e do Distrito Federal: senadores; deputados federais e deputados estaduais. Serão seis votos para cada eleitor. O maior problema que se prevê não acontecerá nesse domingo. Ele virá daqui a pouco, quando todo o esforço de muitos candidatos, quando o voto do eleitor e sua vontade correrão o risco de não ter valido nada. O TSE considerou que a Lei Ficha Limpa vale para esta eleição. O Supremo Tribunal Federal não decidiu nada. Então ficamos assim: quem for eleito hoje pode não assumir. Quem ficou na rabeira pode entrar, com poucos votos e sem que a vontade do eleitor seja respeitada. Aqui em Rondônia, o caso mais grave é o do candidato do PSDB ao Governo, Expedito Júnior. Ele poderá ser o grande prejudicado, com a indecisão do Supremo. Se  lá na frente o STF decidir que a Constituição será respeitada e que a lei Ficha Limpa não valerá para esse pleito, candidatos como Expedito, pelo Brasil afora, não terão como recuperar eventuais prejuízos.

Está na hora de uma radical mudança na legislação eleitoral. Está na hora do Judiciário deixar de legislar e opinar para apenas decidir e sentenciar. Está na hora do Congresso deixar de ser inoperante, incompetente e fazer as leis que determinem que, numa campanha eleitoral, nada há de mais importante que a vontade do eleitor. Do jeito que ocorrerá a eleição deste domingo, os grandes nomes não serão os dos candidatos. Serão sim os de juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores. O Judiciário é que escolherá, na verdade, quem sentará na cadeira do poder. A decisão do eleitor não terá valor algum. A festa da democracia, no Brasil, ficará para outra oportunidade.

 
 

POUCOS VÃO FESTEJAR

Não tem mais volta. No final da tarde, vai se saber quem serão os poucos a comemorar e os muitos a lamentar. O voto que pode consagrar também pode ser cruel. Na noite deste domingo, vamos conhecer os dois candidatos ao Governo que vão para o segundo turno. Até agora, na hora que abrem-se as portas das seções eleitorais, não há como prever nada. É uma das disputas mais acirradas da recente história política rondoniense.

 

CALDO DE GALINHA

Também por volta do anoitecer já haverá informações seguras sobre quem serão os dois representantes de Rondônia no Senado. Partidários de Ivo Cassol e Valdir Raupp já andam comemorando. É bom ter cuidado. Cassol e Raupp, experientes, vivem repetindo que eleição não se ganha na véspera. Prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

 

TRÊS OU QUATRO

Na questão da Câmara Federal, a coisa começa a engrossar. Há nomes que em algumas áreas são desconhecidos, mas em seus redutos são muito bons de voto. Os que querem a reeleição trabalharam duro, sabendo disso. Os que querem chegar lá também. Com exceção de três ou quatro nomes dos mais quentes nas urnas, não se pode prognosticar nada.

 

SEM PREVISÃO

Se para a bancada federal a coisa é complicada, imagine-se então na corrida pelas 24 cadeiras à Assembléia. Deputados como Neodi Carlos, Jesualdo Pires, Ribamar Araújo, Miguelzinha Sena e outros têm grandes chances. Mas vem aí uma leva de políticos muito conhecidos e de caras novas que contam com a eleição garantida. Não tem como prever o que acontecerá.

 

DOCUMENTO INÚTIL

As últimas medidas do Superior Tribunal de Justiça (STF), mexeram muito na eleição, horas antes dela se realizar. Uma das decisões foi considerar inútil o título de eleitor, que a partir de agora não serve mais para nada. O eleitor pode votar com qualquer documento que tenha sua foto. Todo o esforço da Justiça Eleitoral para distribuir os títulos foi jogado fora.

 

BICO SECO?

 Já no TRE, outra decisão inócua. A proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas durante o domingo da eleição é claro que não funciona. Desde ontem tem gente fazendo estoque de bebida em casa. E vai levá-la para os banhos e onde for. O único prejuízo real fica para os comerciantes, que não podem faturar até às sete da noite.

 

ANDA MUDOU

O último debate entre os principais candidatos à Presidência, promovido pela Rede Globo, não trouxe qualquer novidade. José Serra provou estar preparado para debater; Dilma Rousseff, mesmo principiante, não se saiu mal. Marina da Silva é teoria pura. Fala, fala e não diz nada. E Plínio Sampaio, preparadíssimo, atira para todos os lados, sem acertar ninguém. A tendência é que dê Dilma no primeiro turno.

 

NOVA BATALHA

A eleição nem terminou e alguns dos candidatos que estão na corrida por uma das cadeiras da Assembléia já pensam na próxima: a presidência da ALE e a composição da mesa diretora. A disputa será acirrada, com alguns nomes que voltarão e outros que estão chegando, entre os bons de voto.

 

PELO MENOS CINCO

 Será no final de janeiro a corrida pelo comando do poder legislativo. Quando se fecharem as urnas, esta noite, quando já tiverem saído os resultados, a nova batalha já começa com tudo.  Com pelo menos cinco candidatos.


 

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Fonte: Sergio Pires  - [email protected]
 
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