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Sergio Pires

Primeira Mão - 02/12/09


Primeira Mão - 02/12/09 - Gente de Opinião 

AS BOBAGENS QUE CAUSAM A
GRANDE LENTIDÃO DA JUSTIÇA


Encantado com uma mulher que compartilhava com ele uma van de transporte coletivo em Brasília, um homem tentou dar um beijo no rosto dela. Além de ser xingado ainda apanhou da “bella dona”, que, aliás, muitos dizem que nada tem de bela. Não satisfeita, ela ingressou na Justiça com um processo exigindo indenização por danos morais. Aí começa um exemplo claro das besteiras que chegam ao Judiciário e que ocupam pessoal, tempo e dinheiro público, além, é claro, de empacarem o trabalho da Justiça, tornando-o cada vez mais lento. Em dois anos e meio em que o processo tramitou, participaram dele mais de240 servidores e perderam-se horas e horas com uma bobagem irrelevante como essa.

Esse é um dos motivos que colocam a Justiça brasileira num regime de lentidão sem fim. Correndo atrás de bobagens e tomando tempo e dinheiro público – além de atrapalhar o Judiciário que deveria dedicar seu tempo todo para questões realmente sérias – esse tipo de gente certamente não imagina o que suas ações irrelevantes causam de prejuízos ao país.

 

CACETADA

O ano termina com uma cacetada no bolso do consumidor rondoniense. A conta de luz da Ceron vai chegar com 20 por cento de aumento. O reajuste já vale a partir desta semana. Ou seja, a inflação, que o governo sempre diz estar lá embaixo, computa mesmo aumentos tão grandes como esse?

 

“NÓIS FORA!”

Aliás, na área de geração e distribuição de energia, as notícias não são boas para nosso Estado.A começar pelo fato de que  não teremos como acessar a energia que as hidrelétricas do rio Madeira vão produzir. Ao optar pelo sistema de distribuição de rede contínua e não alternada, o projeto de distribuição exclui Rondônia de receber a energia que ela própria gerará.

 

LIMINARES

Depois, o confronto jurídico entre o consórcio que ganhou a obra de Jirau, o Ministério Público e o consórcio vencedor da hidrelétrica de Santo Antonio deve se ampliar. Jirau pode entrar para o rol das obras paralisadas por liminares sem fim. É esse o quadro atual.

 

FIM DO SONHO

Afora isso, o gasoduto Urucu-Porto Velho está cada vez mais distante. Mesmo com todas as qualificações técnicas para a obra, mesmo com seu baixo custo e sua viabilidade sob todos os aspectos que se analise – além de fornecer um combustível limpo, que não polui o meio ambiente – o governo federal bateu pé e tirou o gasoduto da sua prioridades.

 

SUSTO E PÂNICO

Por fim, esse aumento pesado no preço na energia para o consumidor final, que pesará e muito em seu bolso, ainda mais nesses tempos de crise, é mesmo de assustar. Nessa área, estamos terminando o ano com sobressaltos e tomara que não entremos em pânico em 2009. 

 

MAIS DOAÇÕES

As cenas que as TVs têm mostrado direto de Santa Catarina são apavorantes, emocionantes, trágicas. As chuvas de quase três meses – praticamente sem interrupção – acabaram destruindo cidades inteiras e matando mais de uma centena de pessoas. O Brasil precisa aumentar ainda mais suas doações e a solidariedade para com os irmãos catarinenses.

 

CONFUSÃO

A primeira confusão política do início de 2009 deve vir da Câmara Municipal de Porto Velho. Já começou uma verdadeira guerra de bastidores na disputa pela presidência da Casa. Há uma divisão clara entre o grupo de novos vereadores e dos reeleitos, por exemplo.

 

NOVATOS

Os “novatos” alegam que a população renovou a Câmara em quase 90% e por isso quer ver caras novas no comando da Casa. Já os reeleitos se dizem experientes para comandar a Câmara, organiza-la e fazer as coisas funcionarem. Os dois lados não negociam.

 

E A ELEIÇÃO?

Leitor bem humorado manda o seguinte recado: “atenção políticos: falta somente doze dias para a eleição para o governo do Estado. Será no dia 14 de dezembro”. A ironia refere-se à polêmica decisão do TRE de ter marcado novas eleições no Estado sem ter dado ao governador Cassol amplo direito de defesa.

 

COMPLICOU

É bom lembrar que o TSE acabou com essa história, mandou parar tudo e manteve Cassol no cargo até que todos os seus embargos e recursos sejam julgados. O TRE, que teve algumas ações importantes durante a eleição, quando tudo funcionou corretamente, poderia ter terminado o ano sem passar por essa situação que ele mesmo criou.

Fonte: Sergio Pires/Gentedeopinião

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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