Sábado, 2 de abril de 2011 - 09h39
UMA HISTORINHA FICTÍCIA, NUM PAÍS
INVENTADO E QUE SÓ VIVE DE ELEIÇÃO
Num país de brincadeira, a eleição tem até tribunais especiais e uma megaestratrura nacional só para isso. Esse país do faz-de-conta vive em função de eleições, porque os poderosos que nele mandam assim decidiram. Daí, sempre nessa terra que não existe, começam as campanhas eleitorais. Primeiro, impondo à população horripilantes programas eleitorais, baseados na conversa fiada, em promessas vãs, em besteirol puro, com raríssimas exceções. Depois, para fingir que tudo é controlado por uma tal Lei Eleitoral, proibi-se comícios, proíbe-se o debate amplo das idéias, porque, nessa terra da ficção, o poder econômico não pode prevalecer. E ai de quem compre voto. O que se vê, contudo, nessa historinha inventada, é políticos eleitos, na maior cara de pau, fazendo exatamente isso: comprando votos. Ouve-se que, na última eleição, num dos estados que compõem esse país de mentirinha, várias pessoas viram candidatos entregando “santinhos” a eleitores, no dia da eleição e bem próximo às mesas de votação. Mas o eleitor não recebia só o santinho. Embaixo dele, bem dobradinho, dizem por aí que vinha um presente especial: uma nota de dinheiro. Em alguns casos, notas diferentes: de 10 reais, outras de 20 e de 50 reais. Alguém foi preso? Alguém foi pego com a boca na botija? Claro que não. Porque, no país criado a partir da ficção, as leis só valem para alguns, não valem para todos.
Se é para inventar um país do faz de conta, que se aprimore a historinha. E se coloque neletribunais estaduais e um tribunal superior exclusivamente para cuidar das eleições. Na vida real, não há nenhum outro país que tenha isso. E para que serviria toda essa estrutura? Ah, claro, também para, vários meses depois das eleições, a população não saber, com certeza, quem está eleito e quem não está. Ainda bem que é invenção. Ninguém acreditaria se isso existisse mesmo, na vida real.
FRASES
Alguns leitores pediram e, por isso, vão aí mais algumas frases famosas, sobre política, educação, sociedade. A primeira delas é um primor das ditaduras: “a política dos governantes sábios consiste em esvaziar a mente dos homens e encher-lhes o estômago. Um povo que sabe demais é difícil de se governar. Aqueles que julgam promover o bem-estar de uma nação, espalhando nela a instrução, enganam-se e arruínam a nação. Manter o povo na ignorância: eis o caminho da salvação." - Lao-Tsé
ÉTICA, PODER, DIREITO
Mais algumas frases inesquecíveis:
"No Brasil, quem tem ética parece anormal." - Mário Covas
"O poder é como o violino: toma-se com a esquerda e toca-se com a direita." - Espiridião Amin
"Quem pode impedir que o povo queira ser mal governado? É um direito anterior e superior a todas as leis." - Machado de Assis
RICOS, FEIURA E IRONIA
Três presidentes que marcaram suas épocas não poderiam ficar de fora:
"Se a sociedade livre não sabe ou não quer ajudar os muitos que são pobres, acabará não podendo salvar os poucos que são ricos." - John Fitzgerald Kennedy
"Se me virem dançando com uma mulher feia é porque a campanha já começou." - Juscelino Kubitschek
"Senhores, façam uma cara inteligente e depois podem voltar ao normal." - Getúlio Vargas, a seus ministros, na pose para a foto oficial
AMOR E ÓDIO
Lição inesquecível do homem que liderou o fim do aparthaid na África do Sul:
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto". (Nelson Mandela)
EDUCAÇÃO E FUTEBOL
Um defensor intransigente de que o país só vai melhorar pela educação, o senador Cristóvão Buarque resumiu, numa só frase, a diferença do tratamento do país em relação à educação e ao futebol. Leia: “No futebol, o Brasil ficou entre os oito melhores do mundo e todos estão tristes. Na educação, estamos em 85º lugar e ninguém reclama!”
LIÇÃO DE VIDA
O poeta Carlos Drumond de Andrade fez um resumo criativo e de grande profundidade sobre a arte de viver. Vale lembrar suas palavras: “a cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade". (Carlos Drummond de Andrade)
BOMBA, BOMBA
A sensacional entrevista que o grande repórter Roberto Cabrini (SBT), fez com o ex-delegado da Polícia Federal, João Lucena Leal, é daquelas para entrar para a história do jornalismo. Lucena, que está em Rondônia há várias décadas, contou tudo sobre como se torturava e matava, na ditadura militar. O assunto está rendendo e certamente vai render ainda muito tempo na mídia.
ORQUESTRAÇÃO
Enquanto isso, até ontem continuava o impasse em relação às obras das hidrelétricas do Madeira. Uma orquestração, que começou com sindicatos e agora se amplia, está fazendo todo o esforço para que as duas maiores obras do PAC, no país, sejam prejudicadas. O governo federal, pelo menos por enquanto, faz de conta que não é com ele.
Fonte: Sergio Pires - [email protected]
Gentedeopinião / AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV / Eventos
Energia & Meio Ambiente / YouTube / Turismo / Imagens da História
Seis milhões de seres humanos assassinados, trucidados, tratados como gado, mortos de fome, jogados em câmeras de gás, seus corpos queimados em forn
Há uma dúzia de nomes prontos para a disputa da Prefeitura de Porto Velho. Todos muito respeitáveis, todos com predicados suficientes para se aprese
“É pura covardia”! A frase da advogada e presidente da Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia, Tânia Sena sintetiza o protesto dos representantes d
As informações que se têm sobre o eleitorado de Porto Velho são de que ao menos 70 por cento dele tem tendência conservadora ou de direita. A consta