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Gente de Opinião

Sergio Pires

Primeira Mão - 01/10/09



OLIMPÍADAS NO RIO: JOGOS DA PAZ
NUMA CIDADE QUE VIVE EM GUERRA


Amanhã sai a decisão sobre a cidade que sediará as Olimpíadas de 2016. Há grandes chances de que o Rio de Janeiro seja a cidade escolhida. Até por eliminação, já que tanto Chicago, nos Estados Unidos, quanto Madri, na Espanha, pensam em abrir mão em função dos enormes custos de uma competição mundial deste nível. O páreo mesmo está entre o Rio e Tóquio, com maiores chances para a mais linda cidade brasileira. Se sediarmos a Olimpíada, devemos comemorar? Claro que sim. Uma Olimpíada é um acontecimento extraordinário, que volta os olhos do mundo para onde quer que ela se realize. Traz enormes benefícios, mesmo com todos os altos custos. O problema, contudo, será muito sério na medida em que as autoridades brasileiras fazem de tudo para esconder do mundo que o Rio é uma cidade tomada pelo crime. Não tem segurança alguma para seus cidadãos, imagine-se quando receber milhares de atletas e torcedores do mundo todo. Talvez se fizer um pacto com os traficantes que dominam os morros e a cidade, o governo federal e as autoridades cariocas consigam ao menos esconder um pouco do terror que é viver numa terra sob o domínio do medo. Se não conseguir o aval dos traficantes, como fazer uma Olimpíada segura? Sem essa negociação, não tem saída, porque o Brasil decidiu que ao invés de combater o crime com dureza e força, prefere passeatas de pobres coitados vestidos de branco pedindo paz e a manutenção de leis que servem, antes de tudo, para que a violência nunca acabe. Enfim, se recebermos as Olimpíadas, vamos torcer para que elas possam ser feitas em paz, mesmo num clima de guerra que já dura quase duas décadas.

EM ALTA

A bancada federal de Rondônia chega ao final do penúltimo ano de mandato dos seus membros em alta. A aprovação da PEC da Transposição, que beneficia milhares de servidores e representa um alívio para o caixa do Estado é um dos motivos para essa boa situação. Junto, o grupo de três senadores e oito deputados marcou sua presença no Congresso também com outras conquistas.

PLANOS PESSOAIS

Mas como ficará, individualmente, a situação de cada um dos componentes da bancada federal rondoniense? Dos três senadores, um já abriu mão da reeleição para disputar o Governo (Expedito Júnior). Dois outros dois, só Valdir Raupp tem posição oficial pela reeleição.

VALVERDE NO CAMINHO

O terceiro posto, da senadora Fátima Cleide neste mandato, é ainda um mistério. Fátima não quer concorrer à reeleição porque sua meta é ser o nome do PT para o Governo. O problema é que, no partido, as preferências se encaminham para Eduardo Valverde. Como ficará Fátima?

COMPLICOU

Se não conseguir concorrer ao Governo, sua primeira opção será tentar o Senado novamente. O problema é que aí a coisa complica mesmo para a senadora. Ela terá que enfrentar ninguém menos do que o governador Ivo Cassol, hoje a maior liderança política do Estado e o senador Valdir Raupp, que, se a eleição fosse hoje, também estaria eleito.

TERÁ OPÇÃO?

Fátima pode ainda chegar à conclusão que, para permanecer no Congresso, teria maiores chances na disputa de uma vaga à Câmara Federal. Nem ela nem seus assessores ou simpatizantes aceitam sequer falar sobre essa possibilidade. Mas, lá na frente, em função do quadro que se criará, Fátima poderá não ter outra opção.

ATRÁS DO VOTO

Dos oito deputados federais, ao menos por enquanto, apenas Eduardo Valverde, o petista líder da bancada no Congresso, não quer a reeleição, já que sua meta é o Governo do Estado. Todos os demais, ao menos no quadro atual, já está correndo trecho, pensando em manter-se na Câmara Federal em 2010.

METAS E EXCEÇÃO

Mauro Nazif (PSB), Lindomar Garçon (PV), Ernandes Amorim (PTB), Marinha Raupp (PMDB), Moreira Mendes (PPS), Anselmo de Jesus (PT) e Natan Donadon (PMDB), tem como prioridade a manutenção de suas cadeiras. A única exceção seria Marinha Raupp, que nunca reviravolta que não se pode esquecer, pode acabar saindo ao Governo. Embora essa possibilidade seja muito pequena, não é ainda totalmente descartada.

TAREFA ÁRDUA

Embora sejam todos nomes respeitáveis, com muito voto, para alguns desses parlamentares não será uma tarefa nem perto de simples alcançar a reeleição. O número de candidatos à Câmara Federal que chegam com força para 2010 – principalmente do grupo ligado ao governador Ivo Cassol – é grande. E todos os que se apresentam também têm chances boas.

ÚNICA PREOCUPAÇÃO

Marinha Raupp só pode entrar ainda na disputa pelo governo se, lá na frente, a candidatura ao Senado de seu marido, Valdir Raupp, correr algum risco. Como pelo quadro atual se imagina que as duas vagas de Rondônia serão de Cassol e Raupp, dificilmente a mais votada deputada da história do Estado não buscará a reeleição. 

Fonte: Sergio Pires - [email protected]  
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