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Sergio Pires

OS PLANOS DE CASSOL E EXPEDITO - Por Sérgio Pires


OS PLANOS DE CASSOL E EXPEDITO - Por Sérgio Pires - Gente de Opinião

 NO BRASIL, 84,5 POR CENTO DOS PROFESSORES
ENSINAM APENAS TEORIAS ESQUERDISTAS NA SALA DE AULA


A  imbecialização dos brasileiros, através de métodos de ensino baseados em teorias esquerdistas (como a que determina que o importante não é saber a Língua Portuguesa, mas sim se comunicar, seja qual a forma que for), tem a ver com o fato de que 84,5 por cento dos professores entrevistados numa grande pesquisa nos principais países da América do Sul serem defensores de teorias da esquerda e aplicá-las em salas de aula? Pesquisadores da Universidade Federal do RS e da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, fizeram a análise sob o título “Esquerda ou Direita? Professores, opção política e didática da História”, envolvendo professores de vários países. Entre os uruguaios, por exemplo, 100 por cento, ou seja, TODOS os professores entrevistados, são de esquerda. No Chile, 93 por cento. O Brasil ficou perto dos 85 por cento e a Argentina teve o menor número, 69 por cento. O consenso sobre o resultado final da pesquisa é óbvio: no ensino, especialmente nas áreas de Ciências Humanas e História, há uma clara doutrinação ideológica, praticada pelos educadores. Os eventos históricos e as análises sobre ações e relacionamentos humanos, são sempre ensinados sob o prisma da crença política do professor, mesmo que distorcida da realidade. Aliás, o mesmo o fazem os cerca de 15 por cento dos mestres que são seguidores da Direita. Nas universidades, a situação é caótica, em relação à qualidade do ensino. Como a maioria dos estudantes está chegando às faculdades como quase semianalfabetos, principalmente na escrita e na complexidade da Língua Portuguesa, por exemplo, incutir teorias de esquerda , em cabeças despreparadas e sem o hábito da análise e da contestação, é muito fácil. Difícil mesmo é ensinar, retirar toda a doutrinação,  e possibilitar a ampliação do conhecimento. Não há o contraditório na maioria das salas de aula do Brasil e dos países vizinhos. Há apenas, na grande maioria, o ensinamento de uma visão pessoal do mestre, sobre eventos e da História.

O projeto “Escola Sem Partido” tem trazido para o debate a questão do ensino ideológico no Brasil todo. Um grupo de partidos pretende aprovar uma lei que proíba a ideologização nas escolas. A questão esbarra no risco de censura, já que o maior argumento contra essa futura lei esbarra exatamente em que ela acabaria com a  liberdade, ampla e irrestrita, do professor ensinar como quiser. Esse argumento também é contestado, na medida em que a educação no país tem que seguir orientação do MEC e dela não se pode fugir. Enfim, é um tema que vai ainda levar a muito debate e discussão. As teorias da esquerda, ensinadas de forma unilateral e sem o contraditório, ajudam mesmo a imbecilizar o brasileiro? Que cada um dê sua resposta....
 

TEM SALVAÇÃO PARA A CAERD?


Que não se espere milagres na Caerd. É bom que se diga que a empresa não tem salvação e a tomada do comando pelos sindicalistas que dominam a companhia há décadas e ajudaram a enterrá-la, pode amenizar a crise, mas jamais resolvê-la. Pode-se até empurrar o problema com a barriga; pode-se protelar a insolvência; o atual governo de Daniel Pereira pode tentar ser parceiro dos sindicalistas e manter as coisas como estão; haverá até uma batalha para diminuir a dívida da estatal, de 1 bilhão para algo em torno de 600 milhões de reais, mas, mesmo assim, a única saída para a Caerd será a liquidação da empresa e sua privatização. O que se pode esperar é não haja um novo festival de abrigo para companheiros e que o presidente agora recém empossado, José Irineu Cardoso Ferreira, não só acabe com tantos cargos comissionados – alguns faturam mais de 30 mil reais/mês, como cumpra a promessa de economizar mais de 1 milhão e 200 mil mensalmente.

 

ACIR OFICIALIZA SEUS PLANOS

Ao confirmar que seu nome para o Governo é mesmo Acir Gurgacz, o PDT fez um encontro bastante concorrido neste final de semana, em Ariquemes. O senador e empresário continua lutando para manter sua pré candidatura e o partido não pensa em plano B, ao menos por enquanto. Na reunião em que o partido reafirmou suas posições, o PDT também confirmou seu apoiao ao nome de Confúcio Moura ao Senado, mantendo uma parceria que já existe há alguns anos. Outra novidade dos pedetistas é uma reaproximação com o DEM, presidido pelo deputado federal Marcos Rogério, cria política de Acir, mas de quem estava separado há alguns anos. Segundo o pré candidato ao Governo pelo PDT, as conversações com o DEM estão sendo articulada com o deputado estadual Adelino Follador. Acir chegou a falar até em plano de governo no encontro com seus correligionários. Falou em crescimento e prioridade a setores como educação, infraestrutura, industrialização e agronegócio. O partido também apresentou alguns nomes de futuros concorrentes à Câmara Federal e Assembleia Legislativa.


DANIEL E DE ACIR NO MESMO BARCO

Daniel Pereira continua tocando o governo, aparentemente não priorizando ações que possam transparecer que ele estaria em campanha pela reeleição. No sábado, discursou no encontro do MDB, elogiando Confúcio Moura e também o virtual candidato do partido ao Governo, Maurão de Carvalho. Aparentemente, estaria fora da sucessão. Aparentemente está. Daniel só será candidato caso o senador Acir Gurcacz, com quem ele tem profundos compromissos políticos, não puder mesmo entrar na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA.  Acir tem condenação em segunda instância e, ao menos opor enquanto, está inelegível. Contudo, tem ainda recursos a serem discutidos na Justiça e, portanto, nada está definido. Só se não puder concorrer, depois de posição oficial do TSE, é que Daniel estará liberto para começar a pensar na campanha, com a vantagem de não precisar deixar o cargo, para concorrer. E então, também, com integral apoio de Acir Gurgacz e toda a sua estrutura. Enfim, não se sabe o que acontecerá agora. A verdade é que uma candidatura ao Governo pode cair no colo de Daniel, com ele no cargo e com importantes apoios. Será que o Governador terá tanta sorte assim?

 
WAGNER, O VICE DE MAURÃO?

O MDB articular com pelo menos onze partidos, uma grande coligação para tentar eleger Maurão de Carvalho ao Governo, em outubro. Muitos avanços já aconteceram, mas as negociações políticas ainda vão longe. No encontro do partido, sábado, vários dirigentes destas siglas, a maioria delas pequenas, participaram e reafirmaram apoio a Maurão. Alguns desses partidos sonham em indicar o nome do vice, numa chapa potencialmente forte. Acontece que o próprio MDB – a começar por Confúcio Moura, ex governador e candidato ao Senado, ao lado de Valdir Raupp e, inclusive, do próprio pré candidato ao Governo, -  gostaria mesmo que o partido tivesse uma chapa sangue puro, com o ex secretário da Fazenda do Estado, Wagner Garcia de Freitas, como o companheiro de Maurão na disputa. Coincidência ou não, o grupo de Maurão, ovacionado quando chegou ao encontro do partido na Talismã, sábado, tinha os dois candidatos ao Senado e Wagner, como um quarteto que andava junto. Sintomático? Não se sabe ainda o que vai acontecer, mas se a decisão fosse hoje, provavelmente a dobradinha estaria formada. Mas há ainda 60 dias pela frente, para as articulações. Só lá na bem mais a frente saberemos como esta história vai acabar.


OS PLANOS DE CASSOL E EXPEDITO


Enquanto MDB e PDT se reforçam, preparando-se para outubro, o líder das pesquisas até agora, Ivo Cassol, também mantém-se firme como pré candidato ao Governo. Todas as ações que ele enfrenta na Justiça o tem deixado muito perto de conseguir o aval necessário para que sua candidatura seja confirmada pelo TSE, embora o assunto ainda esteja longe de ter uma final. Cassol anda pelo Estado, reunindo forças e aliados, enquanto discursa que estará sim na corrida pelo Governo em outubro. Partidos, políticos que estão ao seu lado e eleitores dele, estão certos ele poderá concorrer. Mas ainda é muito cedo para dizer que sim ou que não. Caso ele concorra, entra na disputa com chances reais, embora o crescimento de Maurão de Carvalho. Se não puder entrar na disputa, o Plano B do seu partido, o PP e dele mesmo, será apoiar o nome do ex senador Expedito Júnior, de quem foi forte aliado; de quem se separou politicamente durante alguns anos, mas a quem voltou a se aliar. A eleição de outubro passa sim por Ivo Cassol. Se ele puder concorrer, é nome fortíssimo. Se não puder, aposta todas as suas fichas em Expedito. Até agora, contudo, Expedito ainda não confirmou quais serão seus passos, daqui para a frente.
 

E AGORA, POLÍCIA FEDERAL?


Luiz Carlos Cancellier de Olivo cometeu suicídio, poucos dias depois de ser preso numa operação da Polícia Federal, como envolvido num grande escândalo de desvios de recursos da Universidade Federal, quando era reitor. Agora, meses depois da morte do acusado, a Polícia Federal encerrou o inquérito, de mais de 800 páginas, citando várias vezes o nome do reitor como suspeito, mas sem citar sequer uma só prova concreta contra ele. O ex reitor se jogou do alto de um shopping de Florianópolis, em 2 de outubro do ano passado. Segundo a Folha de São Paulo, a Polícia Federal não quis responder a questionamentos do jornal, sobre a falta de provas concretas contra o suicida. A PF se limitou a afirmar que a investigação está concluída. Familiares do ex reitor afirmam que ele jamais se envolveu em irregularidades e que se matou por estar envergonhado, por ter sido preso, algemado e denunciado por crimes que, segundo ele, jamais cometeu. E agora? O denuncismo teria chegado às investigações da PF, que devem ser profundas e dar amplo direito de defesa aos denunciados? E o Ministério Público, não vai se pronunciar sobre o assunto? Há muitas perguntas ainda não respondidas, neste complexo caso.


PERGUNTINHA

“Hoje é necessário que o combate à corrupção não seja desviado para perseguição política, nem subordinado a lógica de parte da imprensa. As investigações não podem ser irresponsáveis, nem trocar o devido processo legal por shows de mídia, para tentar destruir a reputação das pessoas e impedir adversários políticos de disputar eleições”. Você concorda ou não desse trecho de carta enviada pelo ex Presidente Lula aos prefeitos brasileiros?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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