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Sergio Pires

OPINIÃO DE PRIMEIRA - 26/10/11


OPINIÃO DE PRIMEIRA - 26/10/11 - Gente de Opinião

 
MEIO SÉCULO DEPOIS, SARNEY ELEVA SUA
VOZ CONTRA A IMPUNIDADE NO SEU BRASIL
 
No último Rock in Rio, a banda Capital Inicial dedicou a música “Que País é Esse?” ao imortal José Sarney, nome de proa da política brasileira há meio século. Mais de 100 mil pessoas que estavam no show vaiaram longamente, quando o nome do senador que manda no Maranhão mas é eleito e reeleito pelo Amapá, foi citado. Sarney é mesmo controverso. Na política, é considerado um conciliador, um homem de fala mansa, uma espécie de algodão entre cristais. Difícil algum político não confiar nele. Mas,OPINIÃO DE PRIMEIRA - 26/10/11 - Gente de Opinião na vida pública, são outros quinhentos. Quando Presidente da República, mobilizou o país com seus fiscais contra a alta dos preços, mas pouco depois não aguentou a pressão dos poderosos e deixou o povo a ver navios. No Maranhão, onde sua família domina a política há décadas, há um dos menores índices de qualidade de vida do país. Mas mesmo assim Sarney sempre está por cima. Ganha todas as eleições. Se disputasse por Rondônia, ganharia também.
 
Pois mais uma vez Sarney aparece na mídia. Ele mesmo, que embora alvo de inúmeras denúncias, jamais foi apeado do poder, saiu protestando contra os crimes violentos e a impunidade, a que chamou de "uma chaga da nossa sociedade". No Congresso, onde sempre teve liderança, Sarney jamais elevou sua voz contra o rosário de leis que protegem os criminosos, que dá a eles toda a assistência, que ignoram as vítimas, que optaram pela demagogia dos direitos humanos dos bandidos em detrimento da salvaguarda da sociedade. Agora, depois de tantos anos, o velho político, que sabe tudo sobre tudo na vida pública, finalmente eleva sua voz. Para ele chegar a esse tom, é porque a coisa está feia mesmo. Sarney não faria nada, absolutamente nada, caso não fosse ter alguma vantagem com isso. Se for bom para o país, então melhor. Mas que há alguma coisa por trás desse novo Sarney, claro que há. Só não se sabe o que é, exatamente.
 
 
 
 
 
CALMA AÍ, DELEGADO!
 
Se realmente tiver fundamento as denúncias de como o jornalista Everaldo Fogaça e seu advogado foram tratados (aos berros) dentro da sala do delegado da Polícia Federal, em Porto Velho, há que se protestar. A autoridade do delegado Eduardo Brun Souza acaba quando começa o direito alheio.
 
 
 
É O QUE SOBROU
 
E se o policial ainda tentou ameaçar o jornalista para calar suas críticas, muito pior. Não dá para aceitar esse tipo de atitude de um comandante de uma das mais respeitadas instituições brasileiras. Aliás, uma das únicas que restou, no quesito respeito. Porque dentre as demais, muitas já estão indo para a vala comum.
 
 
 
DE MAL A PIOR
 
No caso da Unir, a greve é só a ponta do iceberg. Há a incompetência do comando, a omissão do Ministério da Educação, a prepotência da reitoria. Ainda, nossa universidade federal transformou-se em palanque político. Quem não aceita a eleição (legítima e pela maioria), do atual reitor, quer impor sua vontade na marra. Virou uma esculhambação, o que é comum, quando se sobressaem as disputas eleitoreiras.
 
 
 
GUERRA À VISTA!
 
Quem não conhece a política local mais a fundo, pode achar que está tudo em paz. Não está. Os bastidores estão fervilhando. Grupos diferentes estão tendo uma verdadeira batalha que ainda não aflorou ao público, mas está acontecendo. O jogo de forças e a luta pelo poder estão intensas. Os envolvidas, ao menos por enquanto, escondem a guerra do público. Daqui a pouco, não conseguirão mais...
 
 
 
DESAFIOS DE PESO
 
Há ainda desafios pesados para o governo rondoniense na questão da saúde pública. Médicos continuam criticando a falta de estrutura e de material e, apesar dos imensos esforços, a superlotação ainda é um problema sério, principalmente na Capital. Dois hospitais – o de Base e e o João Paulo – estão sempre lotadíssimos. Falta muito ainda, a esse setor vital para a população.
 
 
 
LÁ VÊM ELES!
 
Mais um peso-pesado crime organizado está chegando a Rondônia, como “presente” ao Estado. O traficante conhecido como Polegar, vem para o presídio federal de Porto Velho, se unir a vários outros colegas de crime. Coisa boa não nos mandam. Mas quando se trata de bandidões, aí sim, eles vem em grupo. A hora que esses caras resolverem agir por aqui, estaremos ferrados. E mal pagos...
 
 
 
TORTURA
 
Atenção pessoal dos direitos humanos, amiguinhos dos bandidos. Por favor, peçam aos seus protegidos que tenham pena das pessoas que andam atacando dentro das suas casas, em São Paulo. Para tentar obrigar as famílias a mostrar onde têm dinheiro e joias, estão torturando pessoas com alicates. Isso mesmo, com alicates. Então, quem sabe se os amiguinhos desses caras pedirem, eles não aliviam um pouco a tortura contra os pobres coitados...
 
 
 
PACIÊNCIA
 
Confúcio Moura continua ajustando sua equipe. Um dos problemas que ele ainda enfrenta é simples de resolver, mas o comandante em chefe optou por manter a linha do diálogo. E tem muita paciência. Ordens diretas emanadas do governador têm sido ignoradas por alguns assessores. Ele manda e uns e outros fazem de conta que não é com eles. Uma hora dessas, quando menos esperarem, estarão no olho na rua.
 
 
 
PERGUNTINHA
 
Quem escolheu a horrorosa Seleção Brasileira que nos envergonhou nos Jogos Panamericanos
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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