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Sergio Pires

O asfalto tomou conta de Porto Velho


O asfalto tomou conta de Porto Velho - Gente de Opinião

NO FIM, TUDO VAI DAR CERTO. SE NÃO DEU

AINDA, É PORQUE NÃO CHEGOU AO FIM

Somos ainda, no fundo, no fundo, o país do jeitinho. Para pequenas e grandes coisas. Para o que é supérfluo, mas também para o de vital importância. Nada nos desanima, porque a tese é que, no final vai dar tudo certo. E se não deu, é porque não chegou no final, ainda. Dois anos depois da escolha das cidades sede da Copa do Mundo de 2014, não fizemos quase nada. Nem estádios e nem obras que facilitem o transporte e a chegada do público a eles. Muito menos melhoramos os aeroportos, a não ser com eventuais “puxadinhos”, como a população mais pobre se habitou a fazer com “a laje”, construindo um piso a mais em seu barraco, mesmo que ele possa ruir a qualquer momento. Das mais de 55 obras programadas para o país – fora os estádios – apenas duas começaram. O Brasil é o país onde nem implosão funciona. O estádio Castelão teve que ser implodido duas vezes, porque na primeira, “faiou”. Os milhões de reais projetados com os gastos já se transformaram em bilhões, mas quase nada, de verdade, saiu do papel. As principais construções e reformas dos estádios andam a passos de cágado, enquanto os tribunais de contas se desesperam em denunciar falcatruas, superfaturamento e irregularidades sem fim em muitas delas.

O que ainda dá alento é que, no fim, vai dar tudo certo. Vamos construir estádios que não serão aquela Brastemp, mas quebrarão o galho. Pelo caminho, custarão o dobro ou o triplo do planejado, mas tudo bem, a gente já está acostumado. Na questão da “mobilidade urbana”, faremos o mínimo do mínimo, com outros tantos bilhões indo para bolsos de todos os naipes, mas também ninguém vai reclamar, porque já estamos acostumados. Se ganharmos a Copa, então, estarão acabados nossos problemas. Se perdemos, aí sim a gente vai chiar. Mas porque o técnico foi burro e o time incompetente. Se perdermos o dinheirinho dos pesados impostos que pagamos, nem vamos lembrar mais lá na frente. Afinal, a gente já está acostumada.

 

TORCENDO O NARIZ

Há, nos meios jurídicos, muitos que torcem o nariz para a liberdade de imprensa. Mas há, é claro, aqueles que acham que a plena democracia exige o respeito à Constituição. No Brasil, por exemplo, por decisão de um juiz, o jornal O Estado de São Paulo já vai para o segundo ano sob censura. Não pode apresentar provas e denúncias contra um dos filhos do senador José Sarney.

 

DUAS INSTÂNCIAS

Aqui em Rondônia, há várias tentativas também de calar os jornalistas, de impedir que tenham opinião, que façam críticas quando assim o considerar. Mas, felizmente, tanto em primeira como em segunda instância, os defensores da censura têm perdido quase sempre. O problema da grande maioria das autoridades – inclusive nos meios da Justiça – é que todo o mundo ama jornalista. Desde que os elogiem. Crítica, de jeito nenhum!

 

MELHOROU MUITO

Tem coisas que se precisa registrar, sob pena de não se ver as coisas boas que estão acontecendo. Porto velhense que há muito não andava pelos bairros da Capital, ficou impressionado. Saiu da área central e foi até uma rua secundária do bairro Ulysses Guimarães, por dentro da cidade. Não andou em um metro que não tivesse asfalto.

 

SEM POEIRA

Quem circulava de carro por Porto Velho, há poucos anos, sabe o que isso significa. A grande maioria das ruas, inclusive muitas principais, nos bairros, eram de chão batido e, no verão, como estamos agora, a poeira era insuportável. Agora, a situação é totalmente nova. O asfalto tomou conta da cidade.

 

VERGONHA DIÁRIA

Precisar ir a uma agência bancária para ser atendido num caixa comum – e não nos eletrônicos – é um verdadeiro inferno para qualquer cidadão. Poucos funcionários, tudo superlotado, lentidão, horas de espera, mau humor e filas sem fim traduzem o péssimo serviço prestado aos clientes por aquelas instituições que têm os maiores lucros no país. Uma vergonha. Todos os dias.

 

AMIGA DO PEITO

E o balaio de elogios feitos pela presidente Dilma Rousseff ao ex-presidente tucano Fernando Henrique Carodos, hein? Nem o mais apaixonado por FHC escreveria um texto tão recheado de palavras fazendo apologia ao que FHC representou para o país. Petistas de carteirinha devem ter ficado sem entender nada. A homenagem foi feita por Dilma nos 80 anos do ex-presidente.

 

NA TORCIDA

É cedo ainda para ter certeza, mas ouve-se pelos corredores da Assembleia que pelo menos meia dúzia dos atuais deputados estão preparando suas campanhas para as Prefeituras, no ano que vem. Os suplentes cruzam os dedos, torcendo para que os que disputarem acabem ganhando. Só para lhes entregar a cadeira...

 

PAPAI NOEL

No meio da bancada federal rondoniense e dos sindicatos de servidores, a preocupação agora é com a quarta-feira que vem, dia 22. Há quem espere uma nova desculpa para que a transposição não seja assinada. Os mais otimistas, que ainda acreditam em Papai Noel, juram que de quarta não passa. Esperemos para ver quem tem razão.

 

PERGUNTINHA

Quando o Dnit e o governo federal vão agir com rigor e exigir a punição de empresas que ganham concorrências e depois abandonam as obras no meio do caminho?
 

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Fonte: Sergio Pires - [email protected]
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