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Robson Oliveira

O princípio da impessoalidade na Rondônia Rural Show - Por Robson Oliveira


STF – Enquanto a Suprema Corte não determinar o início do cumprimento das penas dos senadores Ivo K-Sol (PP) e Acir Gurgacz (PDT), pré-candidatos a governador, o quadro político rondoniense permanecerá indefinido. Mas é um quadro que se define em junho uma vez que há na Suprema Corte uma pressão para que sejam julgados todos os processos pendentes antes das convenções.

 
PROCRASTINAÇÃO - K-Sol, espertamente, continuará utilizando a regra processual para procrastinar o trânsito em julgado e conseguir uma extinção de punibilidade e Acir, que não é besta, segue a mesma regra. Enquanto isso, os demais possíveis concorrentes aguardam a justiça e o processo eleitoral ficar sub-judice.  


LOAS – Profissionais em campanha, os emedebistas voltaram a se reunir num encontro num clube da capital. Inicialmente projetaram um evento com cinco mil pessoas, mas reuniram pouco mais de mil e quinhentas, para demonstrar que estão unidos. Houve uma rasgação de elogios públicos entre os partidários do senador Valdir Raupp e Confúcio Moura e de apoios mútuos, embora em privado haja impropérios para os dois lados. O fato mais significativo foi a presença do governador Daniel Pereira (PSB) que teceu loas ao provável concorrente Maurão de Carvalho, pré-candidato a governador do MDB.
 

DISSIMULAÇÃO – Quem foi ao encontro do MDB, e não é ligado a nenhuma ala presente, percebeu que o partido continua forte e não pode ser subestimado, apesar de ser alvo preferencial dos internautas indignados com os políticos. No entanto, não passou despercebido que os principais oradores evitaram atacar hoje os adversários, uma vez que a campanha amanhã pode colocar alguns eventuais concorrentes no mesmo palanque.


ALVO – O senador Ivo K-SOL (PP), pré-candidato a governador que ainda dependente de uma definição judicial, escolheu como alvo o ex-governador Confúcio Moura. Toda semana o senador faz uma acusação contra a administração do ex-governador obrigando, mesmo a contragosto, o emedebista a se defender. Como o principal discurso de Moura é que arrumou o estado, supostamente destroçado pelo antecessor, K-Sol tenta desmontar esta versão com fatos que exigem de Confúcio explicações imediatas. Uma estratégia previamente estudada para desconstruir uma imagem que o adversário construiu. Quem monitora as eleições percebe que o alvo foi certeiro!  


DEMISSÃO – George Braga, ex-secretário de estado de planejamento, orçamento e gestão, último coringa da administração de Confúcio Moura exonerado na de Daniel Pereira, caiu, segundo apurou a coluna, porque queria manter na atual administração o mesmo comportamento da anterior, ou seja, mandava e desmandava na pasta sem ser questionado.
 

IMEXÍVEIS – Há uma máxima que diz em relação a pessoas que se acham acima da média: não há ninguém imexível. As exonerações dos secretários estaduais George Braga (Planejamento) e Valdo Alves (Educação) comprovam que a máxima tem sua razão de ser. Voltaram ao anonimato sem que sejam sentidas as suas ausências.  


FAKE- Como já era previsível o uso indevido de fake news nessas eleições, o deputado estadual e pré-candidato a federal Léo Moraes é a primeira vítima desta prática criminosa nas mídias sociais. Um foto de Léo manipulada e desrespeitosa foi veiculada com uma suposta candidatura a governador. O parlamentar foi às mídias para desmentir. Nem precisava porque o fake abusou da manipulação demonstrando ser uma piada de gosto duvidoso.


PROVOCAÇÃO – Um leitor não gostou dos nossos comentários na coluna passada em relação às OSs. Todo articulista corre o mesmo risco ao emitir opiniões sobre tudo e todos. Dito isto, a coluna respeita e evita réplicas, mas para tranquilizar o leitor que insiste em afirmar que as OSs não deram certo na maioria das cidades e estados, basta lembrar que nos poucos locais em que a experiência foi exitosa os alcaides eram honestos. Desde que provem o contrário, é o caso de Hildon Chaves.
 

NATIMORTA – Mais um vez assume os destinos da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia um servidor ligado às lutas sindicais, o ex-vereador petista de Pimenta Bueno, José Irineu Cardoso. Quem pesquisar as informações sobre a companhia vai verificar que há mais de vinte anos os problemas de insolvência são os mesmos. O governador Daniel Pereira não é responsável pela destruição da companhia e sabe que não há possibilidade de salvação devido ao passivo que é impagável. Como é oriundo do movimento sindical nomeou uma nova direção para justificar os compromissos ideológicos, mas ao exonerar a ex-presidente deu um alento aos funcionários da companhia e sinalizou que não assumiu o cargo de chefe do executivo para manter sinecuras de apaninguados do antecessor.  A atitude foi bem assimilada.


MODESTO – O PDT reuniu a militância em Ariquemes para reafirmar que Acir Gurgacz é pré-candidato a governador. Foi um evento modesto na participação dos filiados e modestíssimo na defesa do pré-candidato a governador. Os discursos em defesa do candidato a senador pelo MDB, Confúcio Moura, foram mais efusivos. O intrigante é que no mesmo horário Confúcio estava na capital festejando o lançamento da candidatura a governador de Maurão de Carvalho, embora no discurso Moura tenha dito palavras também modestas em relação ao candidato do MDB.


IMPESSOALIDADE – Uma propaganda veiculada nas rádios com a chancela do Governo de Rondônia convocando a população para comparecer à Rondônia Rural Show, evento que acontece na próxima semana em Ji-Paraná, pode dar dor de cabeça ao governador. A lei veda publicidade pública com o uso da imagem do governante e na propaganda veiculada todo o texto é lido na voz de Daniel Pereira. Daí uma dor de cabeça caso alguém ingresse na justiça alegando que a voz compõe a imagem do governador o que, em tese, fere o princípio da impessoalidade.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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