Sexta-feira, 22 de maio de 2015 - 15h13
Robson Oliveira
Transposição
Os sindicatos que estão contestando a esperteza da AGU (Advocacia Geral da União), que deu interpretação diversa da lei em relação aos prazos para que os servidores entreguem os documentos, querem que a Justiça decida pela interrupção desse prazo. Pela interpretação da AGU, os prazos para os servidores rondonienses exaurem no próximo dia 24. Mas começou a fluir dia 08 passado, embora a Emenda Constitucional tenha estabelecido 180 dias.
Desproporcionalidade
E por qual razão a AGU interpretou de forma equivocada? Além das motivações políticas, avaliou que os prazos estabelecidos para os servidores dos ex-territórios do Amapá e Roraima seriam aplicados igualmente aos de Rondônia. O problema é que aqueles (Amapá e Roraima) começaram a fluir em 24 de novembro de 2014. E, no caso rondoniense, a regra é outra: promoveu-se emenda ao texto da MP 660 e se criou um parágrafo 3º, no artigo 2º, prevendo que o prazo para opção de que trata a Emenda Constitucional n. 60/2009 (Transposição dos servidores de Rondônia) seria de 180 dias. Portanto, para os sindicatos, o prazo final é 08 de novembro de 2015, senão os servidores de Rondônia, aptos a transporem, teriam apenas dezesseis dias para apresentar toda a documentação. Uma diferença desproporcional em relação aos servidores do Amapá e Roraima.
Abuso
Para o advogado constituído pelos sindicatos na causa, Dr. Diego Vasconcelos, a medida vai permitir a muitos interessados que estão com dificuldades de reunir os documentos necessários fazê-lo com mais tranquilidade. “Além do protesto interposto deveremos mover um Mandado de Segurança para fazer cessar o abuso e restaurar o estado de legalidade", garantiu.
Fadiga
Este questão da transposição é um tema desgastado e que tem provocado muita insatisfação naqueles que aguardam a efetivação para passar aos quadros da União. Muitos retardaram os pedidos de aposentadoria na esperança de melhorar os vencimentos e poder contar com descanso digno. Na verdade, a maioria não acredita que a lei seja cumprida pelo Governo Federal diante dos obstáculos que os burocratas criaram em torno da questão. Esta é uma tática antiga visando desmobilizar as pessoas criando dificuldades, mas é preciso lutar com firmeza para que esses obstáculos sejam retirados. Cedo ou tarde, por bem ou por força judicial, a transposição sairá. Os sindicatos estão corretos em manter o combate político e jurídico. A insatisfação é compreensível, o que não pode é desmobilizar ou desistir, como quer o Governo Federal.
Esquiva
Apesar da demora, a Direção Estadual do Partido dos Trabalhadores decidiu agir em relação aos supostos malfeitos ocorridos na administração municipal de Cacoal, onde o prefeito, Padre Franco, é um dos filiados mais prestigiados no partido, e anunciou a dissolução do Diretório Municipal, além de elogiar os órgãos responsáveis pelas investigações. Antes tarde do que nunca, diz o adágio: embora a nota tenha se esquivado em relação a uma vereadora petista alvo da fúria do prefeito por criticar os malfeitos da administração.
DER
Fora os escândalos em que está envolvido o Departamento de Estradas e Rodagens (DER), outrora responsável por obras que turbinaram a campanha de reeleição do governador, o órgão está passando a sensação de parado, lento e incapaz de retomar as obras. Espaço Alternativo, Rua da Beira, asfaltamento urbano, manutenção das rodovias estaduais e linhas são algumas que estão em plena paralisia. Nem o chefe dos bombeiros, acostumados a sinistros e empossado na diretoria para colocar ordem na casa, conseguiu sucesso. O discurso de Governo da Cooperação.
Dança
Uma nova investigação judicial no âmbito da Justiça Eleitoral em relação a supostos ilícitos cometidos durante a inauguração do Teatro das Artes, próximo ao primeiro turno das eleições, começa a revelar as relações incomuns entre empresa e governo. Para a inauguração a Secretaria de Cultura decidiu contratar a Companhia de Dança Nova Aplauso. Perto do evento de inauguração foram alertados sobre as eventuais ilegalidades na contratação. A saída foi pedir para que a empresa encarregada das obras bancasse os custos com contratação. E assim o fizeram. Ocorre que cometeram em tese condutas vedadas em lei.
Espetacular
Robson Oliveira entrevista Lauro Fernandes - Secretário de Desenvolvimento de RO
Veja o Pdcast Resenha Política:
A pesquisa sobre as eleições de 2026 trouxe mais interrogações do que certezas
PESQUISAA recente sondagem do Real Time Big Data sobre as eleições de 2026 em Rondônia trouxe mais interrogações do que certezas. Os números, analis
Eleições majoritárias são como corridas de jegue: vence quem tropeça menos
ADULAÇÃO Não houve um único dirigente partidário entrevistado por este ca