Domingo, 3 de abril de 2011 - 07h57
Você sabe quem é o Doutor Gregory House? Segundo pesquisas House M. D. (nome original) é uma das séries norte-americanas mais assistidas no Brasil e no mundo. Campeã de audiência e de criticas, a série apresenta o dia-a-dia de uma equipe médica especializada em diagnósticos, chefiada por um renomado médico, em um hospital escola.
Um médico manco, viciado em analgésicos, antiético e preconceituoso, seria receita perfeita para o fracasso da série. Afinal onde está o mocinho, politicamente correto, que ama a mocinha e luta pra ficar com ela até o último episódio da novela das oito? Mas o que se vê é a aceitação, e porque não, idolatria da sociedade a esse anti-herói. Sim, Doutor House é um anti-herói, anti-social, antiético e anti tudo que possa fazê-lo cair na sinestesia do cotidiano. Mas então porque esse estereótipo tão fora dos padrões sociais se transformou em um fenômeno de audiência?
Antes de tudo House é um profissional de sucesso com uma vida pessoal frustrada. (Alguém ai que não o conhecia e começou a se identificar?) Todo o resto, finda sendo produto desse perfil inicial. A partir da deficiência física o médico foi abandonado pela esposa, e passou a ter que lidar diariamente com dores físicas e emocionais, essa representação do conflito com a dor, reflete em toda a humanidade, que não sabe lidar com a dor, seja em qual aspecto for.
Outra relação unânime é a afirmação mais abordada na série e que talvez seja a maior verdade da humanidade: TODOS MENTEM! Partindo desse pressuposto, House sempre virá o jogo fazendo com que sua arrogância sarcástica e irônica torne-se uma arma para descobrir as mentiras, que geralmente ajudam a desvendar os casos, trazendo o público para o seu lado, afinal os fins justificam os meios, e no fim das conas House mente, manipula, agride, burla regras e leis, mas salva vidas.
Personagens como House, tornam-se cada vez mais comuns. Por exemplo, Shrek, um ogro mal educado e feio que virou ícone e cativou crianças e pais pelo mundo inteiro. Ou Os Simpsons, que representam o lado podre da sociedade, mas cativam milhares de fãs.
A cultura é produto da sociedade, provando que a identificação com o profissional realizado que contrasta com um individuo frustrado pessoalmente, vai além de uma mera coincidência, e esse é o segredo por trás da audiência de House M. D. O mundo moderno tem exigido cada vez mais das pessoas e não tem dado em troca a qualidade de vida como produto na relação de custo beneficio profissional x pessoal. Ou será que tudo isso é uma mentira, afinal todos mentem, e personagens que fogem do padrão social não passam de demagogia?
Fonte: Renato Gomez - Funcionário Público, Graduado em Letras Português e Pós-Graduando em Pedagogia Empresarial, acadêmico do Curso de Administração Pública, escreve uma coluna semanal no Jornal Diário da Amazônia (às segundas-feiras), Twitter: @Renato_Gomez
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