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Gente de Opinião

Osmar Silva

Terra de ninguém


O céu carrancudo e as informações da meteorologia não deixam dúvidas: o inverno amazônico começou. Teremos, aqui e acolá, alguns dias de sol antes do forte das águas. Mas sem garantia de quantos dias será a estiagem. Portanto, em respeito à prudência, nenhum governante, em sã consciência, autorizará qualquer obra em ruas ou estradas sem correr o risco, quase certo, de deixá-la pior que encontrou. Não importa o quanto o usuário reclame Terra de ninguém - Gente de Opiniãoou maldiga o governante que prometeu resolver o problema e não o fez. Somente no próximo verão, a partir de abril ou maio de 2012, terá a oportunidade de reparar a inércia. Nós próximos cinco ou seis meses purgará a insatisfação pública e a queda de popularidade. Terá a mãe mais xingada que juiz de futebol.

O quadro descrito, se servir de consolo, ocorrerá em todos os estados e municípios amazônicos. Mas estará mais bem avaliado quem soube aproveitar cada dia do verão que findou. Quem, prudente e sabiamente, usou os dias do inverno para se preparar. E, chegando o verão, usufruiu cada hora de cada dia realizando, executando, construindo. O incauto e incompetente, passou o inverno de braços cruzados ou viajando, curtindo a vida e as benesses do cargo. À conta do contribuinte. Retorna e gasta a metade do verão para organizar as primeiras ações e culpar os rigores do inverno pelos transtornos da população, ao invés de assumir sua pusilanimidade.

Esses comportamentos dos governantes têm conseqüências. Principalmente em períodos eleitorais. E o ano que vem é tempo de eleições para prefeito e vereadores. É o momento em que os chefes dos municípios serão avaliados pelos eleitores. E, consequentemente, os seus partidos. O resultado eleitoral da temporada demonstrará a tendência que norteará a política daí a dois anos, quando serão disputados os governos dos estados e os cargos parlamentares das assembléias legislativas e do Congresso Nacional.

É claro que quem tem boa conta bancária, capacidade de captação de dinheiro, boa estrutura partidária e um currículo de realizações tem mais possibilidade de sair-se vitorioso do embate. O contrário ocorrerá com quem gastou o tempo na flauta, prometendo mais que fazendo, ou fazendo mais mal feito que bem feito. Além dos adversários para lhes apontar e ampliar os defeitos, o eleitor de hoje é mais consciente e crítico que o de ontem. Que ninguém se iluda. O discurso vazio, a dentadura e a laqueadura não comovem mais como no passado. Embora ainda se registre bandoleiros e aventureiros encontrando guarida em Rondônia. Mas a tendência é, a cada eleição, ver-se esse espaço reduzido por um eleitorado mais exigente e consciente dos seus direitos.

Em Porto Velho, por exemplo, até o momento, todos os nomes insinuados como possíveis candidatos ao executivo municipal, ainda estão na mesma dimensão na planície. Mesmos os chamados grandes partidos estão vazios de lideranças carismáticas. Aliás, a Capital, o maior colégio eleitoral do estado, está carente de lideranças verdadeiras, honradas, respeitáveis e, sobretudo, amadas pela sua gente. Ninguém até hoje substituiu Chiquilito no coração do povo. Nem seus descendentes. Por isso somos terra de ninguém da qual alguns crápulas tem se aproveitado.

 

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Fonte: Jornalista Osmar Silva/DRT 1035 - [email protected]
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