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Osmar Silva

Colóquios: com vergonha na cara



Ao final do discurso de posse, em 1º de janeiro, no Palácio das Artes, o governador Confúcio Moura conclamou “a todos, para segurarmos o nosso Estado. Vamos trabalhar. Vamos parar com picuinhas que nada rende e nem ajuda. Porque todos somos governo”. Com esse apelo, estendeu as mãos e ergueu a bandeira da paz aos que o açodaram durante todo o mandato, alimentados por sentimentos nada republicanos.

Mas o reconhecimento soberano da nação rondoniense, conferindo-lhe o mérito eleitoral pelos seus feitos, lavou-lhe a alma. Foi a vitória do povo sobre as picuinhas urdidas nos desvãos obscuros do poder.

Expressou também, “o nosso interesse em trabalhar com todos os parlamentares eleitos e reeleitos, que amem este Estado e comunguem com os desejos do nosso povo, tanto no plano estadual quanto no federal”.

Encerrou afirmando que “Rondônia pertence aos rondonienses que trabalham. Aos que estudam. Aos que querem subir na vida. Aos que acreditam no esforço e não na esperteza. Rondônia pertence aos homens e mulheres decentes”.

No artigo “Hora de peneirar é agora”, de 27 de setembro passado, falei sobre políticos que têm currículo e os que têm folha corrida, instigando o leitor a separar o joio do trigo, pois se avizinhava a eleição.

Comentando o artigo, Assis Canuto, um dos monumentos vivos da história de Rondônia, fez os seguintes comentários na minha página no Facebook: “Grande "escriba" também faço essas analises e pelas pesquisas ( a nível nacional) fico estarrecido e não consigo entender como o povo "está anestesiado" e não distingue as coisas!” Ele temia que Confúcio perdesse para oponentes de duvidosas intenções e de passado nada recomendável.

“Osmar, você e o Montezuma (Cruz, jornalista e escritor) foram e são testemunhos dessa linda, porém árdua, construção de Rondônia que abriga hoje brasileiros de todos os rincões pátrio e cuja historia, uma das mais bonitas, fora escrita com a dedicação, e sacrifício também, de tantos e que alguns aventureiros de ultimas horas locupletam-se e sugam a sua seiva, tal qual um bando de aves de rapina, e ainda se arvoram no direito de pedir votos prometendo um paraíso como que se até agora nada de bom tivesse sido feito!”

Aí eu completei, também preocupado com o que poderia acontecer:

“Canuto, o que estão fazendo com a Constituição que você ajudou a escrever? O que estão fazendo com o estado que você e o Capitão Sílvio idealizaram, consumiram vossas juventudes e até a vida(Sílvio) para abrir as picadas pra receber brasileiros de todas as partes. Imagino que deves sofrer muito com isso. Me solidarizo na dor dessa decepção, pois cheguei em tempo de vê-los atuando na criação das bases desse nosso Estado de Rondônia. Só nos resta tomar emprestado a bateia do Euclides Santana(servidor público e ex-garimpeiro, fã de Raul Seixas) para peneirar o caráter das pessoas que hoje querem tomar de assalto essa Rondônia que tantas malárias nos custaram”.

O jornalista Montezuma Cruz, lá de Brasília, entrou na conversa e completou com esse formidável testemunho: “ Osmar, Capitão Sílvio morreu de malária. Quatro cruzes. Vi o corpo dele estendido numa cama, no Hospital Santa Helena, do Dr. Carlos Botelho. O capitão que enfrentou interesses sórdidos de mercadores de terras, colocando-os pra correr de seu gabinete em certa ocasião. Capitão que soube recuperar milhões de hectares de terras devolutas, então nas mãos de piranhas fundiários, notórios e conhecidos grileiros que infestaram o século passado e que deixaram resquícios, alguns deles na campanha dos "bons moços". Olho vivo, eleitor! Essa Rondônia que o conheceu não pode curvar-se aos medíocres, nem aos hipócritas”.

Graças a Deus o povo acordou em tempo, abriu os olhos e viu a verdade. Então, a maioria da sociedade rondoniense expurgou os aventureiros e os ‘bôcas do inferno’, profetas do quanto pior melhor e consagrou quem, de fato, está do seu lado. Assis Canuto, Montezuma, eu e tantos outros, respiramos aliviados.

E vemos Confúcio, que com a honradez de magistrado e a humildade dos sábios, estender as mãos aos que, verdadeiramente, amam Rondônia. Chama os poderes, convida a classe política e convoca os de boa fé, para trabalharem juntos, porque “todos somos governo”.

Osmar Silva – jornalista – [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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