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Osmar Silva

Ainda bem, graças a Deus!



Por muito, muito tempo, a excessiva gordura do nosso corpo significou beleza, saúde e até riqueza. Se à pergunta de como está fulano a resposta fosse muito bem, cada dia mais gordo, corado, isto era traduzido como prosperidade, bonança e boniteza.

Nos anos 50 seguradoras americanas de saúde descobriram que as pessoas gordinhas morriam mais cedo e, portanto, mais cedo tinham que pagar os benefícios. Isso significava prejuízo. Embora já houvesse registro desde Hipócrates, no inicio da medicina, que os obesos adoeciam mais e viviam menos. Na antiguidade, o “Nei Ching”, livro da sabedoria chinesa, já recomendava evitar a obesidade para ter vida longa e saudável.

Mas os tempos, hábitos e costumes mudaram. E só agora as autoridades se deram conta de que a obesidade se transformou em grave problema de saúde pública, atingindo adultos, jovens e até crianças. E como tal, está exigindo ações de prevenção e tratamento nos distúrbios alimentares. Além de atenção especial no direito de acessibilidade aos meios de locomoção e uso de ambientes públicos. Além de cobrar enorme esforço das próprias pessoas para mudar hábitos e a educação alimentar.

Diante do império da estética e da beleza de corpos enxutos e saudáveis, há uma consciência coletiva de que, o que antes era exaltado como belo, transformou-se em discriminação, preconceito e reclusão social. Afinal, a obesidade atrai diversificado número de doenças que reduzem a qualidade de vida e, extemporaneamente, ceifam vidas de pessoas em plena idade produtiva.

O conforto vem do fato de já existirem variados tratamentos consequente da novíssima área de atuação médica cirúrgica denominada de Cirurgia Bariátrica, reconhecida, dias atrás, pelo Conselho Federal de Medicina que pretende elevá-la à categoria de especialidade para posterior implantação de residência médica.

Entre as novas técnicas estão as cirurgias bariátricas bypass gástrico realizadaporlaparoscopia através de acesso minimamente invasivo, com rápida recuperação e agastrectonia vertical. Esta última transforma o estômago num tubo reduzido para um volume menor e de fácil digestão dos alimentos.

Esses tratamentos são eficientes no controle da hipertensão, colesterol e triglicérides, além da síndrome metabólica. Contudo, exigem um bom acompanhamento pré e pós-cirúrgico para o paciente entender a importância de uma boa mastigação, e da escolha de alimentos mais saudáveis e de fácil digestão.

Noúltimo dia 31 de janeiro, Rondônia deu importante passo no atendimento, diagnóstico e tratamento do público com excessiva massa corpórea, ao inaugurar o Instituto Vigor, na subesquina das ruas Carlos Gomes e Elyas Gorayeb, em Porto Velho. Sob a direção do médico Dr. Thiago Patta,especialista emCirurgia Bariátrica e Videocirurgia, é o pioneiro em Videocirurgia Bariátrica em Rondônia, membro Titular da SBCBM e o replicador da técnica do Dr. Almino Ramos. O médico recebe pacientes de todo o estado.

O Instituto Vigor é o primeiro de Rondônia composto por equipe multidisciplinar nas seguintes especialidades: cirurgiões, endocrinologistas, nutricionistas, psicólogas, técnicos e toda equipe multidisciplinar  para o tratamento daobesidade. Conta ainda, com os mais modernos e eficientes equipamentos existentes no mercado tecnológico da medicina no mundo.

No evento estiveram presentes algumas das maiores autoridades brasileiras em medicina bariátrica. Entre elas, o introdutor da técnica no Brasil, Dr. Almino Cardoso Ramos, maior responsável por adaptar a cirurgia bariátrica para videocirurgia e torná-la mais segura quando comparada com a aberta. Tornou-se pioneiro na técnica por video no Brasil. É ex presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica-SBCBM, membro Diretor da Sociedade Internacional de Cirurgia Bariátrica – IFSO e que já possui cerca de 20mil pacientes operados em todo o mundo.E o Dr. Edwin Canseco, também  pioneiro na técnica onde trabalhou por 12 anos na equipe da Gastro Obeso Center do Dr. Almino Ramos. Sendo um dos maiores difusores da técnica nos países Latinos.

Nos dias atuais, não se exalta e nem se deve condenar os que carregam sobre peso, obesidade mórbida ou a obesidade severa. Oferecem-se a elas as oportunidades de viverem mais e com melhor qualidade de vida. Ainda bem, graças a Deus.
 

Osmar Silva – jornalista – [email protected]

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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