A GRANDE OBRA

Tem gente que chega dispara a pergunta: seu Osmar, qual é mesmo a grande obra desse governo? Referem-se ao governo de Rondônia, já deixando subentendido que não vê mérito na gestão de Confúcio Moura. A interrogação, muitas vezes, vem de gente que só quer me instigar. Nada tem contra o chefe do executivo estadual, mas está contaminado por setores radicais da oposição.

Tenho dito a estas pessoas que a maior obra de qualquer governo é, ao sair, deixar em condições melhor o que recebeu. Entregar ao povo o máximo do que prometeu, já que é impossível fazer tudo o que precisa num só governo. Porto Velho, por exemplo, vem vivendo um longo ciclo de gestores, que entregam ao sucessor, uma cidade pior do que a que recebeu.

No estado de Rondônia está sendo diferente. Apesar do Brasil viver um momento e um ambiente adverso, cáustico e hostil, nós desse rincão amazônico, somos uma das cinco ilhas que ainda prosperam no mapa da federação. Somos um dos cinco estados que estão com sua economia em azul. Os outros vinte e cinco, estão no vermelho. E já há quem enfrente o caos, como o respeitado Rio Grande do Sul. Daria pra imaginar os gaudérios vivendo a tristeza e a decepção de trabalhar pro governo não receber seus salários no fim do mês?

Aqui, os salários continuam caindo na conta dos servidores uma semana antes do final do mês. Metade do 13º já foi pro bolso dos trabalhadores do estado. As obras contratadas continuam sendo executadas. A exceção fica por conta daquelas que estão paradas por problemas e falhas técnicas detectadas pelos órgãos de fiscalização.

Aqui, as rodovias estaduais e municipais, estão recebendo a manutenção que ainda não lhes faltou nos últimos quatro. Não existe contingenciamento na execução dos atos de governo. A merenda escolar está na mesa dos estudantes na hora do recreio. O transporte está na porta para buscá-los e levá-los ao final das aulas. Os fornecedores estão recebendo. Novas licitações ocorrem diariamente na Supel. E novos contratos são assinados.

Apesar de nove milhões de trabalhadores no Brasil, da inflação passando de 9% com sensação de 15% para quem frequenta supermercado e dos juros oficiais batendo nos 15%, Rondônia ainda vem crescendo. Sua economia se expande e o mercado absorve a mão de obra qualificada. Em alguns setores chega até faltar o trabalhador certo. E é possível que o estado reprise os 5% de crescimento dos anos anteriores.

Tudo isso, apesar de não existir mais a construção das usinas despejando bilhões de reais em  compra produtos e pagamento de milhares de trabalhadores, gerando milhões em impostos e investindo outros milhões em contrapartida social compensatória.

Aqui, temos hoje uma saúde incomparavelmente melhor do que aquela que o governo recebeu em janeiro de 2011. Temos uma educação cujo Ideb é líder da Região Norte e não se compara com o cenário de quatro anos atrás. Temos uma segurança que não é das melhores do mundo, mas mantém níveis de controle respeitáveis e até alguns itens em queda. No trânsito, um caos nacional, esse governo levou Rondônia a liderar o menor índice de mortes do Brasil, nas ruas e estradas do estado. E ainda temos uma Polícia Militar com seus membros respeitados e bem avaliados pelo cidadão rondoniense.

Aqui, esse governo concluiu um teatro e um hospital regional que levaram décadas rolando nas mãos dos gestores anteriores. Hoje, é motivo de orgulho da nossa gente. E acaba de concluir um centro administrativo que vem desde o governo anterior e já é um polo de visitação turística. Além de ser uma das sedes de governo mais bonita e moderna da Região Norte.

Essa é a grande obra. E ainda tem três anos e meio para fazer mais.

OsmarSilva – Jornalista – [email protected]