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Montezuma Cruz

Terça-feira tem ato de solidariedade contra a criminalização da luta pela terra


Terça-feira tem ato de solidariedade contra a criminalização da luta pela terra - Gente de Opinião
O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) promoverá terça-feira, 22, às 15h, ato de solidariedade a camponeses e indígenas de Rondônia. Será no auditório do Sindisef, na Avenida Marechal Deodoro esquina com Avenida Almirante Barroso.

Por causa dos cuidados contra o contágio do novo coronavírus (SARS-CoV- 2), o público será limitado, anuncia o Cebraspo, que tem sede no Rio de Janeiro e há pelo menos duas décadas consolida sua proposta de defender direitos ao trabalho, salário digno, saúde, educação, habitação, e à terra, entre outros direitos.

Ao longo de sua trajetória, a entidade vem se confrontando com o latifúndio em diversas regiões do País, situação que tem crescido a cada ano, notadamente na Amazônia Brasileira.

Segundo a diretora regional do Cebraspo, professora universitária Marilsa Miranda de Souza, o ato se justifica devido ao iminente confronto entre o poder público, indígenas e camponeses. "Há uma campanha que visa a legalização da grilagem de terras públicas para atender a grupos de latifundiários, madeireiros e empresas que não hesitam na expulsão de milhares de pessoas que vivem do usufruto da terra", ela considera.

Marilsa Miranda lamenta que essa situação resulte em atos de violência no período de festividades natalinas e da passagem do ano, "longe da atenção da população de Rondônia".

Enfática: "O Cebraspo considera que a sociedade dividida em classes e em tempos de aprofundamento da crise geral do sistema capitalista vê aumentar a exploração e a opressão, daí a necessidade da defesa do direito das amplas massas se organizarem politicamente com vistas a lutas adequadas e justas". 

Conforme explica a professora, o Cebraspo acompanha desdobramentos de diversas ações estatais e de latifundiários no estado. Segundo ela, ameaças e ataques a acampamentos camponeses, terras indígenas demarcadas, de de quilombolas "ferem a dignidade pessoa humana".

"O pior é que essas ameaças contam com a participação direta de agentes públicos, o que acirra ainda mais a violência contra essas populações", alerta. 

O ato de terça-feira deverá propor o lançamento de uma campanha de solidariedade em favor dessas populações. Por videoconferência no Sindisef, no máximo, 20 pessoas representantes e dirigentes de entidades de classe deverão participar, anuncia o Cebraspo.
Terça-feira tem ato de solidariedade contra a criminalização da luta pela terra - Gente de Opinião

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