Terça-feira, 20 de janeiro de 2009 - 20h19
AGÊNCIA AMAZÔNIA
contato@agenciaamazonia.com.br
CARAJÁS, PA — Um gavião real (Harpia harpyja) criado em cativeiro foi resgatado no município de Curionópolis (PA). De lá, a ave foi levada para o Zoológico de Carajás, onde ficará de quarentena a fim de ser readaptada e, posteriormente, devolvida à natureza. "O gavião que recolhemos é um indivíduo subadulto, aparentemente bem tratado e muito bonito", explica o chefe da Floresta Nacional do Carajás, Frederico Drumond Martins. Como a entrega da ave foi voluntária, o criador irregular não foi multado. O Gavião real ainda não consta na lista das espécies em extinção (foto/ICMBio).
O gavião real é a maior ave de rapina do Brasil e do mundo. A espécie — pode atingir 1,15 m de comprimento e 2,5 m de envergadura— é encontrada na Amazônia e pontos específicos da Mata Atlântica. Martins explica que a população do gavião real que habitava todo o território brasileiro entrou em declínio devido ao desmatamento e à perda de habitat. Ela também pode ser encontrada no México, América Central, Brasil, Argentina e Colômbia.
Embora ainda não conste das listas brasileiras de animais ameaçados de extinção, o gavião real aparece na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (sigla em inglês, IUCN) e, provavelmente, na próxima atualização das listagens brasileiras ele será incluído como mais uma espécie em vias de extinção.
Predadora, o gavião real tem hábitos diurnos e integra o grupo de animais que estão no topo da cadeia alimentar e precisam de vasto território para sobreviver. Sua dieta vai desde moluscos, crustáceos e peixes até serpentes, lagartos, pássaros e mamíferos, como a preguiça e o macaco. Possui plumagem densa nas costas e macia no lado ventral. Seus tarsos são grossos e não emplumados. A cor predominante é cinza e o seu grande topete é responsável pela denominação de gavião-real. Na fase adulta, a ave apresenta um "colar" preto de penas no pescoço.
Ninhos monitorados em Flona
Responsáveis pelo resgate do gavião real, os agentes da Flora do Carajás também monitoram dois ninhos ativos identificados na floresta nacional. Os ninhos localizam-se na zona de mineração da Flona, conhecida como Serra Sul.
Além de se constituir território de nidificação do gavião real, a Serra Sul é área da região de Carajás com a beleza cênica digna de preservação e de conservação. Por essa razão, o conselho consultivo da Flona faz desde meados de 2008 a revisão do plano de manejo da região e deve propor, entre outras medidas, a modificação da destinação dessa área.
A proposta é de, a partir dos ninhos do gavião real, modificar o zoneamento e o plano de manejo, transformando a área de mineração em área intangível, de conservação e preservação ecológica, e impedir ações mineradoras no local. A Universidade Federal do Pará e o Projeto de Conservação Harpia possuem estudos sobre a águia e sobre a definição de áreas para conservação e preservação da espécie.
Fonte: Montezuma Cruz - A Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopiniao.
Histórias que a transparência não conta – nem faz questão
É por demais conhecida a história mineral rondoniense, mas a sua parte oculta atual segue inalterada. Nunca interessou à Transparência Governamental
Oitavo torneio hoasqueiro da amizade será neste fim de semana, no Aluizão
Neste fim de semana, o 8º Torneio da Amizade, de Futebol Society promovido pela Associação Casa da União Novo Horizonte, com apoio da Superintendênc
Hospital São José socorria o povo doente, quase um século atrás
Só o Hospital São José tratava 169 casos de paludismo em 1934. A malária, doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos p
Lodi, mestre das letras, lança “Varadouro”, contando a história de Maria da Onça
Ao longo de duas décadas o escritor, jornalista e poeta Edson Lodi Campos Soares vem resgatando notáveis personagens da Amazônia Brasileira, cuja vi