Segunda-feira, 16 de novembro de 2009 - 14h17
Presidente visita a região vizinha ao Acre e a Rondônia, de olho nos votos de indígenas e fronteiriços, “Bolívia não é mais a África da América do Sul”, afirma líder aymara que nos anos 1970 teve que mudar de nome para poder dar aula numa escola particular de La Paz.
XICO NERY
Agência Amazônia
RIBERALTA, Amazônia Boliviana – O presidente Evo Morales retornará no próximo dia 28 ao Departamento (estado) de Beni, na Amazônia Boliviana, próximo aos estados de Rondônia e do Acre. Vai fazer campanha para as eleições de seis de dezembro naquele país. Ou seja, para a sua reeleição. Quer eleger a maioria de senadores. Na semana passada, ele falou em “consciência social” e “vontade política para impulsionar programas que beneficiam a toda a população”, ao participar da inauguração de uma fábrica de têxteis em Riberalta.
Com 78 mil habitantes, Riberalta é a segunda cidade do Departamento (estado) do Beni, para inaugurar uma fábrica de têxteis. “É a única via para o avanço na recuperação dos recursos naturais”, ele disse.
Morales elogiou os produtos da planta-piloto, que deverão ser exportados nos próximos três meses, inicialmente para a Venezuela e, em seguida, para outros mercados. Mesmo assim, ele defendeu a abertura de novos espaços para as exportações bolivianas, o que permitirá criar muitos empregos.
Em nenhum lugar o poder indígena é mais evidente do que na Bolívia, que elegeu o seu primeiro presidente indígena, Evo Morales, em dezembro de 2005. Morales dissolveu o Ministério de Assuntos Indígenas e Povos Originários, chamando-o de racista, em um país onde mais de três em cada cinco habitantes são aborígenes.
Constituição plurinacional, direito e pressão
Desde a aprovação de uma Constituição que cria um Estado "plurinacional" e concede status soberanos aos nativos da Bolívia, a situação vem mudando a cada mês no país vizinho. Autoridades brasileiras perceberam isso após a iminente “expulsão” de famílias de agricultores, castanheiros e seringueiros brasileiros que há anos ocupam a faixa de 50 quilômetros de fronteira entre o estado de Pando e o estado brasileiro do Acre.
Em depoimento ao site “Biodiversidade na América Latina e no Caribe” (de conteúdo livre), o indígena aymara Waskar Ari lança o desafio: "Não há como voltar para o passado". Ele próprio se viu obrigado a mudar seu nome para Juan na década de 1970, para que pudesse ser aceito como professor do Ensino Médio em uma escola particular de La Paz.
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