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Montezuma Cruz

Ecognose destaca Paititi, geoglifos amazônicos e presença Inca


 

Ecognose destaca Paititi, geoglifos amazônicos e presença Inca  - Gente de Opinião
Mapa do Império do Brasil, onde consta o Rio Juruá como o antigo Amarumayu dos Inkas /ELDORADO COLÔMBIA

 

 

MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias

 

– ¿Dónde está el Inca? - perguntara um espanhol. (Onde está o Inca?)
 

– El Inca, la corona y muchas otras cosas más – respondera – están en la unión del rió Paititi y el rió Pamara (desaparecidos en el tiempo) a tres días del río Manu. (O Inca, a coroa e muitas coisas mais estão na união do rio Paititi e do rio Pamara (desaparecidos no tempo) a três dias do rio Manu.)

 

Durante a febre de ouro da conquista espanhola do antigo Império do Tawantinsuyu, um dos comandantes, Pedro de Candia, lugar-tenente de Francisco Pizarro, foi o primeiro a aventurar-se pela floresta do Madre de Dios, procurando uma cidade de ouro chamada Ambaya. Saiu de Paucartambo no ano de 1538 com seiscentos homens, avançando na selva tropical por cerca de 150 quilômetros. No entanto, foi atacado por ferozes nativos que o fizeram retornar a Cusco. Contava a lenda que havia uma cidade ali, a dez dias a leste de Cusco, fundada pelos deuses e que era irmã gêmea da capital do Império Inca – o nome quíchua Paikikin significa "igual a".

 

O site Ecognose publica: segundo essa crença existiria, ainda hoje, uma cidade subterrânea, no subsolo, em plena atividade. O senhor de Paititi (chamada assim pelos espanhóis), depositário da sabedoria oculta de uma civilização muito antiga, estaria esperando o momento certo de voltar ao mundo Ecognose destaca Paititi, geoglifos amazônicos e presença Inca  - Gente de Opinião"de fora" para restabelecer a ordem que se rompeu no passado. O site Rondônia Inca publica uma série de matérias mostrando pirâmides, pedras e calçamentos. Sob alguns aspectos, alguns evidenciam sua construção por mãos humanas.

 
 

No Acre

 

Lembra Ecognose que no Brasil geoglifos podem ser encontrados, principalmente na região do Vale do Acre, entre os rios Acre, Iquiri e Abunã, na rota que vai de Rio Branco à Xapuri (já foram encontrados também em outras regiões do Acre, em Rondônia e no Rio Grande do Sul). Nessa região, foram encontrados apenas geoglifos geométricos – círculos, quadrados, retângulos e espirais. "Os geoglifos acreanos foram descobertos no final da década de 1970, quando o avanço das frentes de expansão agrícola do sul do Brasil rumo à Amazônia retirou a cobertura florestal de milhares de quilômetros quadrados. Essa mudança na paisagem possibilitou observar a existência de desenhos geométricos escavados em baixo relevo."

 

Atualmente estão registrados 110 pontos de ocorrência de Geoglifos no Acre, totalizando a existência de 138 figuras, distribuídas em uma área de 270 quilômetros entre Xapuri e Boca do Acre, no sul do Amazonas. Acredita-se que apenas 10% do total presumível de geoglifos foram localizados até agora, em parte devido à densidade da vegetação. Eles ainda são um grande mistério para os pesquisadores, mas crescem as possibilidades de terem sido construídos por uma civilização que viveu entre 800 e 2000 anos atrás.

 

"Assim, o que esperamos as pesquisas arqueológicas permitirão revelar, em especial nos geoglifos que foram menos destruídos por antropismos, é que houvessem relações entre os habitantes desse complexo civilizatório de selva e o Império dos Inkas."

 

Joaquim Cunha da Silva apresenta em seu blog Eldorado-Paititi a tese da correlação entre os achados dos geoglifos e o Paititi. Leiam mais sobre o Paititi em Fantastipedia. Os artigos "L'interminabile ricerca del Paititi e l'analisi del manoscritto di Andrea Lopez", e "Il Regno Amazzonico del Paititi" podem ser conhecidos no site de Yuri Leveratto, informa Ecognose.

 

NOTA
Gnosis vem de gignósko, conhecer. Para os ecognósticos a Ecognose é um conhecimento da natureza que brota do coração, o sentido da vida humana ao perceber-se em interação com a natureza universal, permitindo o encontro do homem com sua essência fundamental.

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