Segunda-feira, 15 de agosto de 2011 - 20h29
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
O coronel Humberto da Silva Guedes governou o Território Federal de Rondônia escolhido pelo general Ernesto Geisel. O coronel Jorge Teixeira de Oliveira sucedeu-o por indicação do general João Baptista de Oliveira Figueiredo. Se a Lei Complementar nº41, assinada pelo presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, elevava Rondônia a estado, Guedes já havia deixado plantadas as suas bases e Teixeirão consolidou-as.
Pouco depois de deixar o cargo e de ocupar a superintendência administrativa da Telebras, Guedes acusou seu sucessor de “haver detratado a sua administração e perseguir aqueles que pertenceram à sua equipe de trabalho.” Manifestava esse sentimento numa carta pública denominada “Aos amigos de Rondônia”, divulgada em Porto Velho em 12 de outubro de 1982, feriado nacional da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.
“Não poderia continuar em um Partido cujos dirigentes em Rondônia tratam aqueles que me apoiaram como adversários políticos” – escreveu na carta. E foi direto ao assunto, exemplificando a situação do ex-comandante do Comando de Fronteira Acre-Rondônia, coronel Carlos Augusto Godoy, então candidato ao Senado pelo PMDB: “Ele só ingressou na oposição porque foi rejeitado pelo PDS.”
Para Guedes, o PDS preteria seus fiéis servidores de longos anos “para entregar-se a trânsfugas oportunistas.” Magoado com o sucessor, desabava: ”Desconheço as razões pelas quais o governador trata-me como adversário, pois nunca tive pretensões políticas ou outras aspirações que representassem ameaça às suas grandes ambições.”
Acusava Teixeirão: “Ao mesmo tempo em que me chama de amigo, reúne-se amigavelmente com todos aqueles que foram ferrenhos opositores à minha administração, para contemplá-los com importantes cargos na administração de Rondônia e no comando do PDS.”
E completava: “Essa atitude impossibilitou as candidaturas do ex-governador João Carlos Mader – na época ocupando a direção de uma firma de engenharia no Rio de Janeiro –, do ex-prefeito de Guajará-Mirim, Rigomero Agra, e do deputado Antônio Morimoto (PDS-SP) e de muitos outros.”. Morimoto ingressaria depois no PMDB.
Siga montezuma Cruz no
www.twitter.com/MontezumaCruz
Clique AQUI e leia artigos anteriores
Histórias que a transparência não conta – nem faz questão
É por demais conhecida a história mineral rondoniense, mas a sua parte oculta atual segue inalterada. Nunca interessou à Transparência Governamental
Oitavo torneio hoasqueiro da amizade será neste fim de semana, no Aluizão
Neste fim de semana, o 8º Torneio da Amizade, de Futebol Society promovido pela Associação Casa da União Novo Horizonte, com apoio da Superintendênc
Hospital São José socorria o povo doente, quase um século atrás
Só o Hospital São José tratava 169 casos de paludismo em 1934. A malária, doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos p
Lodi, mestre das letras, lança “Varadouro”, contando a história de Maria da Onça
Ao longo de duas décadas o escritor, jornalista e poeta Edson Lodi Campos Soares vem resgatando notáveis personagens da Amazônia Brasileira, cuja vi