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Montezuma Cruz

Cinco casas de recuperação de dependentes químicos recebem apoio do governo estadual



Via Superintendência de Estado de Políticas sobre Drogas (Sepoad), o governo investe R$ 1,4 mil em cada acolhido nas casas conveniadas para tratamento terapêutico de dependentes químicos em Rondônia.

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Reunião no Crepad com famílias de jovens em reinserção social

No ano passado, a equipe multidisciplinar atendeu a 135 pessoas voluntariamente encaminhadas ao Centro de Referência de Prevenção e Atenção à Dependência Química (Crepad) para tratamento, conforme a gerente de Tratamento, Dionéia Martins.

No geral, o número de atendimento é seis vezes maior. A Casa Família Rosetta, uma das conveniadas, por exemplo, recebe em média 500 a 800 pessoas por ano – dependentes químicos, deficientes físicos e até quem chega lá apenas para receber orientações.

Os primeiros convênios entre o governo estadual e as entidades ocorreram no início das atividades da então Secretaria Estadual da Paz (Sepaz), em 2012.

Em breve o Crepad, vinculado à Sepoad, publicará edital para ampliar o número de comunidades terapêuticas conveniadas. Essa chamada atende à Resolução nº 29 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Agevisa), que também dispõe sobre a prestação de serviços de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas.

“Os repasses custeiam o tratamento dos acolhidos em comunidades terapêuticas”, disse a gerente de Prevenção, Ana Carolina Assunção.

Em situações involuntárias e compulsórias, ela explicou que o Crepad contempla laudos psiquiátricos para transtornos graves, via judicial, e tratamentos fora do domicílio, diretamente atendidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A parceria com a Sepoad é fundamental, na avaliação de Giuseppina Maria Fulco, diretora-geral da Associação Casa Família Rosetta. “Ela permite a estabilidade do tratamento e a melhora dos serviços prestados à população, mediante facilidades para o atendimento médico, por exemplo”.

A diretora lembrou que este é o primeiro governo estadual que adota política pública de relevância na delicada área de recuperação e reinserção social.

No momento, a entidade atende a 150 pessoas na faixa de 18 a 45 anos. Dos 46 funcionários, 25 trabalham com dependentes químicos.

Em maio próximo, o fundador da Casa, Padre Vincenzo Sorce, virá a Porto Velho, acompanhado de dois médicos especialistas, um em dependência química, outro em administração, para participar de um congresso científico.

O primeiro contato do dependente é com o Centro de Triagem, no bairro Areal. O Centro de Reabilitação Neuropsicomotora Paulo VI tem ambulatório, faz atendimento domiciliar e centro-dia, com neuropediatria, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, serviço social, atendimento educacional especialização, aplicação de toxina botulínica, transporte e alimentação.

Ali também, a Casa Abrigo Família Anna Teresa Cappello atende em regime de acolhimento institucional, crianças e adolescentes com deficiência em situação de vulnerabilidade e/ou abandono.

A Comunidade Terapêutica Masculina Porto Esperança funciona em Candeias do Jamari, a 23 quilômetros de Porto Velho, e trata das situações comportamentais, emocionais, familiares e profissionais da pessoa durante nove meses de internação.

O slogan da Casa é Transformando Vidas. No pós-tratamento, ela poderá participar das atividades de ressocialização, frequentando a Comunidade de Reinserção Social Dom Helder Câmara.

A mais nova unidade é a Comunidade Terapêutica Padre Fiovo Camaione, no Km 4 da Gleba 20, Lote 6-A, em Ouro Preto do Oeste, que iniciou as atividades em abril de 2016, atendendo pedidos de vagas feitos pela Sepoad e pelo Poder Judiciário.

Já a Comunidade Terapêutica Feminina Nossa Senhora Aparecida proporciona reinserção social para mulheres com dependências patológicas.

A Casa Família Rosetta fará 25 anos em maio próximo. Segundo Giuseppina, nem todas procuram tratamento, mas ali aparecem, muitas vezes acompanhados por mães, pais ou parentes. Nesse aspecto, o voluntariado também exerce relevante papel. Os grupos Graduados e Voluntários da Esperança apoiam pessoas no tratamento e pós-tratamento.

Parcerias com a Empresa Estadual Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO), Serviços Nacionais de Aprendizagem Industrial (Sesi) e Social do Comércio (Sesc) possibilitam diversos cursos profissionalizantes.

“Que o álcool e as drogas são um flagelo para o ser humano, o mundo todo sabe; nosso objetivo é encontrar parceiros e aliados que ajudem as pessoas a se prevenir, a perseverar com o seu próprio querer”, comentou Giuseppina.

CASAS CONVENIADAS COM A SEPOAD:

● Centro de Recuperação Abisai (Cacoal)
● Centro de Recuperação Nova Aliança (Rolim de Moura)
● Associação Trindade Santa (Vilhena)
● Associação Acolhedora Confrontando Gigantes (Porto Velho)
● Associação Casa Família Rosetta (Porto Velho, Candeias do Jamari e Ouro Preto do Oeste)

Leia mais:
Projeto Acolher atende na rua a dependentes químicos e migrantes sem destino certo em Porto Velho
Ex-moradora de rua se transforma em voluntária no auxílio a dependentes químicos em Porto Velho


Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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