Quarta-feira, 12 de dezembro de 2007 - 12h08
MONTEZUMA CRUZ – É possível que na sua visita ao Brasil, o presidente da França Nicolas Sarzoky trate com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva da delicada situação dos brasileiros na Guiana Francesa, cujo acompanhamento pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) não tem sido a contento.
No mês passado, o chefe do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior, ministro Eduardo Gradilone, manifestou às autoridades daquele país a preocupação do governo brasileiro com maus-tratos a trabalhadores, entre os quais garimpeiros que atuam em duas frentes no município de Maripa Soula.
Segundo a assessoria de imprensa informou nesta quarta-feira à Agência Amazônia, Gradilone pediu às autoridades que aceitassem a presença desses trabalhadores como "positiva" e lhes dessem a devida atenção. O Itamaraty pretende proporcionar aos trabalhadores a maior proteção possível. Aos garimpeiros maranhenses, amapaenses, paraenses e amazonenses lesados pelo empresário Jean Béna – condenado pela Justiça – o ministro Gradilone recomendou que prosseguissem com seus advogados as ações judiciais movidas contra Béna, a fim de cobrar legalmente seus direitos pela exploração de ouro.
Numa carta ao presidente da França, o senador Gilvan Borges (PMDB-P) pediu investigações e providências contra maus-tratos a garimpeiros. Dois deles denunciaram ocorrências de homicídios praticados por supostos seguranças de donos de garimpo na Guiana Francesa, próximo ao Estado do Amapá, e na região sudoeste do Suriname.
Em novembro, ele visitou o Tribunal de Justiça em Caiena, acompanhado do cônsul brasileiro em Caiena, ministro Carlos Augusto Loureiro, e da deputada Lucenira Pimentel (PR-AP), da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. A deputada ainda não se pronunciou sobre a viagem.
Os 140 presos brasileiros naquele país não recebem a assistência necessária. Tal qual no Paraguai, onde são raros os advogados que os defendem. O assunto foi debatido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara, também naquele mês.
Dedicação ao trabalho pesado
BRASÍLIA – A relação entre brasileiros e guianenses é um paradoxo de amor e ódio. Em geral, os brasileiros são amados pela sua alegria espontânea, música e dança. No entanto, são os únicos que aceitam trabalhar pesado e em situação de risco (sem segurança do trabalho, sem carteira assinada, seguro saúde etc) e ganhando pouco, mas em euros, o suficiente para quem nada ganhava nada no Brasil.
O relato à Agência Amazônia é de um estudante do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que mora na Guiana Francesa. A população daquele país divide-se entre guianenses que trabalham nos órgãos públicos administrativos e metropolitanos (franceses de fato) que trabalham na pesquisa. O comércio fica com os chineses e o trabalho pesado de construção civil e exploração de minério com os brasileiros e poucos imigrantes do Suriname.
Para os metropolitanos, os brasileiros são "a maior ameaça ao meio ambiente: poluem os rios com as exploração do minério, caçam ilegalmente e pegam as tartarugas nas praias pra comer e vender (ilegalmente); formam as favelas e furtam os cidadãos". Para os guianenses, os brasileiros "roubam o trabalho deles". Eles confessam que "adoram casar com brasileiras". O mercado da prostituição pertence às brasileiras.
Fonte:Montezuma Cruz - Agênciaamazônia é parceira do Gentedeopinião
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