Segunda-feira, 24 de agosto de 2015 - 19h23
Ruthmara de Freitas, 21 anos, saiu cedo de casa para levar o filho Kaleb, de dois anos, ao setor de nebulização do Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho. Antes das 10h, depois da consulta, ela pôde alimentá-lo, receber medicamentos e retornar ao bairro Areia Branca, onde mora.
A cena repetiu-se depois, com outros bebês e crianças prejudicados pelo clima seco na Capital. Pelo menos 10% do atendimento a bebês e crianças no hospital decorrem do agravamento de doenças respiratórias em consequência de fumaça e fuligem espalhadas por todos os quadrantes da cidade.
Desde a semana passada até esta segunda-feira (24), o clima amanhece seco e o céu totalmente em névoa causada por queimadas urbanas e rurais. Não há previsão de chuvas, e a umidade relativa do ar é inferior a 20%, segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Mães e pais procedentes de diferentes bairros buscam socorro no hospital infantil. Esse movimento vem ocorrendo desde que o número de focos de fogo ultrapassou a marca de cinco mil, duas semanas atrás.
“Nas últimas semanas, o quantitativo aumentou de 5% para 10%, juntando-se casos de crianças que estavam imunes ao problema com a situação de outras, com quadro alérgico de bronquite e asma”, informou o médico pediatra Daniel Pires de Carvalho.
O médico informou que a média de aproximadamente 200 bebês e crianças diariamente atendidos perfaz o total de cinco mil por mês. O tempo de permanência em internamento varia de cinco a dez dias.
“A procura devido a patologias respiratórias é espontânea ou por encaminhamento de outras unidades de saúde; bebês com menos de um ano são os que mais sofrem”, explicou Carvalho.
Ele reiterou as recomendações do hospital às famílias de Porto Velho: hidratação com a maior quantidade possível de água potável, aleitamento materno, atualização da carteira de vacina, conservação do ambiente limpo, arejado, sem cheiro forte de produtos químicos de limpeza; e alimentação saudável.
Em toda Amazônia existem apenas duas estações climáticas: verão, caracterizado pelo período seco; e inverno, com chuvas. Em abril, a pluviometria apontou o recorde do ano: 317,7 milímetros de chuvas.
Desde julho, fumaça e a fuligem invadem casas e quintais durante 24h, piorando à noite e de madrugada, segundo o coordenador de Operações do Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, tenente-coronel Lindoval Leal.
Bombeiros, Ibama, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental e Secretaria Municipal de Meio Ambiente são unânimes em acusar a ocorrência da grande maioria de incêndios criminosos entre o interior do estado e o Sul do Amazonas.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Esio Mendes
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