Sexta-feira, 6 de janeiro de 2017 - 09h08

MONTEZUMA CRUZ
A cena já se repetiu algumas vezes. Quando visita obras no Complexo Penal de Rondônia, o governador Confúcio Moura reserva alguns minutos para conversar com reeducandos.
Cá está ele, na Fazenda Futuro, o único lugar do Norte Brasileiro e um dos raros no País onde é possível proporcionar o direito ao detento a reeducar-se para voltar à sociedade. O xodó do governador é a produção de mudas de castanha, que avança.
Nesses 300 hectares cultivados com frutas, produtos hortícolas, macaxeira, pimentão, reeducandos conseguem remir a pena à qual foram condenados. Brevemente, incorporam-se ao projeto vacas leiteiras e tanques de peixes (em construção).
Num dia qualquer de 2015, diante de autoridades da Secretaria de Estado de Justiça, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e de representantes da Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso (Acuda), um apenado disse que não sabia o que era agricultura orgânica, mas ali dentro teve a oportunidade de aprendê-la.
Mais de mil apenados já passaram pelo Projeto, desde 2012. Com direito a um salário mínimo, via Fundo Penitenciário Estadual, eles trabalham das 7h30 às 11h e das 13h30 às 17h.
“A Fazenda Futuro surgiu como proposta de aproveitar o espaço ocioso no fundo das unidades prisionais, com o objetivo de produzir alimentos para atender a cozinha industrial do sistema prisional e, principalmente a ressocialização”, diz o coordenador do projeto, Lourival Milhomem.
Sabendo-se de tantas tragédias no cotidiano, é o caso de se dizer, uma vez mais: nem tudo está perdido.
A foto é de Daiane Mendonça/Secom-RO.
Repórter na Secom-RO. Chegou a Rondônia em 1976. Trabalhou nos extintos jornais A Tribuna, O Guaporé, O Imparcial, O Parceleiro, e na sucursal da Empresa Brasileira de Notícias (EBN). Colaborou com o jornal Alto Madeira. Foi correspondente regional da Folha de S. Paulo, O Globo e Jornal do Brasil.
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