Terça-feira, 7 de novembro de 2017 - 06h30
Lúcio Albuquerque, repórter
O que deve fazer um ator? A resposta certamente seja a mais comum, e não estará errada: interpretar um texto ou um personagem. Mas o que o público portovelhense viu no final de semana, no Palácio das Artes, foi muito além disso, através do “André”, feito pelo veterano ator Fúlvio Stefanini.
Na interpretação de “André”, Stefanini conseguiu além de interpretar também emocionar, fazer alguns espectadores chorar e gerar uma discussão sobre um tema que não pode ser descartado na relação da família: a possibilidade de um dos membros apresentar problemas de memória, e ter que conviver com isso.
Desde o início da peça, através de uma caracterização perfeita, um quadro típico do idoso como tantos que certamente há em muitas famílias apresentando sinais de Alzheimer, Stefanini comandou o espetáculo fazendo com que a plateia se tornasse, ela mesma, quem esteja vivenciando situação como tal;
Mérito maior para Stefanini, mas não se pode deixar de lado que o espetáculo só alcança o nível a que chega, de forte teor emocional a quem assiste, em razão da interpretação dos outros quatro atores, fazendo com que todos se envolvam não só dando espaço para “André”, mas para as “filhas”, a “cuidadora” e os “genros”, que, como acontece na vida real, vivem num caso similar, das lágrimas ao desespero e, ainda, por absurdo que seja, levando a todos ao riso incontido ainda que auto reflexivo dos que foram ali apenas assistir uma encenação.
Sou, desde garoto, fã da arte de interpretar. Desde quando, adolescente assisti “As Mãos de Eurídice”, ainda quando adolescente, e tenho a mania de procurar me informar sobre a peça e os personagens, além da crítica, antes de sentar na cadeira e ver o espetáculo.
No entanto, só a interpretação não basta, porque há fatores diversos que levam o ato de assistir além disso. E nesse ponto, no caso de “O Pai” há a registrar o excelente texto do francês Florian Zeller por ir muito acima de narrar uma estória, até porque em Le Pére, além de ganhar o maior prêmio teatral da França, “Prêmio Molière”, trouxe o espectador não só para dentro do teatro, mas, e isso fica claro pela reação do público, para dentro do espetáculo, colocando-se como parte do problema de um idoso que perde a memória e, daí, gera toda uma situação de riso e de dificuldades, ameaçando a própria estrutura familiar.
Zeller, que apresentou o texto do “Pai” em 2012, quando era apenas um jovem dramaturgo de 33 anos, faz com que cada um que pagou o ingresso sinta-se partícipe da mesma história, porque levanta a ideia de que pode estar vivenciando a questão ou provocar em si a discussão de como poderá encarar um problema similar, seja na condição do “André”, seja na condição de qualquer dos familiares.
O elenco de “O Pai” além de Stefanini no papel principal, conta com os atores Carol Gonzalez, Lara Córdulla, Carol Mariottini, Paulo Emílio e Wilson Gomes, encerrou a temporada sob aplausos e emoção de quem esteve no Palácio.
Não há como deixar de lado o decisivo apoio das empresas: Centro Universitário São Lucas, Usina Jirau, Slaviero Hotel, Blindex, Funcultural e outros parceiros que geraram os meios para que a DBoa pudesse trazer mais cultura de alta qualidade para dentro do Palácio das Artes que, sem dúvida, teve nessas duas noites, dois de seus grandes momentos.
E a DBoa produtora já está convocando os amantes do teatro para a sua próxima atração, dia 5 de dezembro estará trazendo o espetáculo nacional, a peça “5 homens e 1 segredo”, prepare-se para rir muito com eles. Até lá!
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