Segunda-feira, 26 de janeiro de 2009 - 16h47
Dizer que alguém não tenha medo da morte, é coisa difícil de entender. Mas o que andei ouvindo nesse périplo nordestino, 40 dias de Aracaju ao Maranhão, chama a atenção porque não se trata de medo de morrer, mas de que alguém morra e, aí, seque a galinha dos ovos de ouro que garante a muitos marmanjos deixar de trabalhar e passar a viver dos rendimentos de senhores e senhoras aposentadas, nas pequenas cidades.
O maior medo de muitos desses jovens é que seus pais ou avós morram, porque aí deixam de receber o dinheiro da aposentadoria e, então, para sobreviver, têm de voltar a trabalhar.
A frase foi ouvida em várias situações diferentes, entre Fortaleza e Aracaju, em João Pessoa, em Teresina, em Campina Grande, e por aí afora.
Bom prá gente é quando pagam o bolsa-família e o bolsa-escola. Só estão deixando de plantar para viver disso.
A opinião foi de comerciantes em Guaraciaba do Norte (CE) e em Timom (MA). Quem está gostando desse sistema de aposentar velho são os políticos e os donos de financeiras que emprestam dinheiro. Os filhos e netos exigem e pressionam. Aí o pai ou o avô se endivida para atender. Mas eles não tratam os velhos com respeito, diz um professor de História Regional em Teresina.
Recebidos, com alegria, por todos os segmentos envolvidos , os auxílios sociais do Governo são vistos, atualmente, inclusive por funcionários de órgãos federais, como fatores de desestruturação econômica. O Governo está invertendo a filosofia, que manda ensinar a pescar. Até quando vão continuar dando o peixe?, pergunta uma funcionária federal em Parnayba (PI).
Para muitos, o grande beneficiário é aquele político que transforma o auxílio social em voto. Isso também acontece em Rondônia, onde muitas famílias estão deixando de plantar e de criar, para viver do que o Governo lhe dá, me diz uma atendente de enfermagem residente na região de Guajará-Mirim e com a qual eu conversei na feira de Caruaru.
A coluna de hoje busca apenas levar aos leitores uma reflexão em torno de uma idéia que, como é fácil de entender, se deixou mesmo de lado o ensinar a pescar para se instaurar a exploração da miséria humana. Enquanto quem trabalha paga a conta.
Inté outro dia, se Deus quiser!
Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com
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