Educação: Jogando para a platéia

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Que tal você aparecer hoje à noite ao Mercado Cultural ou ao SESC Esplanada para ver o que temos de bom na música local?

BIBLIOTECAS

A Seduc tem de dar uma atenção melhor às bibliotecas nas escolas de seu sistema. Normalmente colocadas em locais impróprios, com livros ultrapassados, contando apenas com o esforço de servidores que, mesmo sem formação em Biblioteconomia, ainda conseguem oferecer algum tipo de auxílio aos estudantes, em muitas escolas estão transformadas mais em depósitos de livros do que em simulacro de Bibliotecas.

JUSTIÇA

Não aquela que deve fazer justiça no país. A Justiça, no caso, é a homenagem que o Lions Clube vai fazer ao jornalista Ciro Pinheiro, durante o próximo encontro nacional leonístico que acotnece em Porto Velho ainda enste semestre. Uma das poucas, e bota poucas, pessoas que se pode chamar de éticas neste Estado, a história de Ciro Pinheiro já merece que a Assembléia Legislativa o conceda o título de Cidadão Honorário de Rondônia.

BALANÇA

Será que aquela balança na BR-364, em Ouro Preto, anda pesando as carretas que passam ali? Pelo visto, não! E o resultado é que a rodovia, em alguns trechos, praticamente acabou. Até quando as auto ditas autoridades vão continuar fingindo que cumprem com suas obrigações?

SESC

Todos os dias neste mês de maio, o SESC Esplanada apresenta programação boa para quem gosta de cultura, especialmente da cultura musical. Começa sempre às 20h30 e não há cobrança de ingressos.

MUDOU

Para melhor. O projeto “Leitura no Ônibus”, produção do escritor Luiz Carlos Cavalcanti, agora é “Leitura Porto velho”, mas o conteúdo continua melhor ainda.

LIVROS

Os escritores Pedro Albino (poeta), Antonio Candido (romancista), Sandra Castiel (contista), Edson Jorge Badra (poeta), Cláudio Feitosa (romancista), todos membros da Academia de Letras de Rondônia, já confirmaram presenças no lançamento coletivo de livros, dia 8 de junho, como parte da semana dos 25 anos da ACLER. A acadêmica Yeda Borzacov, historiadora, deverá se somar aos seus pares.

DATAS DE RONDÔNIA

Dia 5 – Em 1865 – Nasce em Mato Grosso o patrono do Estado Cândido Mariano da Silva Rondon, considerado o maior bandeirante do Século XX (Marcos Teixeira e Dante Fonseca, História Regional – Rondônia)

Dia 5 – Em 2006 – O escritor Luiz Carlos Cavalcanti lança em Porto Velho o projeto “Leitura no Ônibus”, com tiragem de 10 mil exemplares, quinzenal e distribuição gratuita em locais diversos da cidade (Luiz Carlos Cavalcanti, 1 ano de Leitura no ônibus)

Dia 6 – Em 2005 – A Assembléia Legislativa aprova a Lei Complementar 312, a Lei do Zoneamento Sócio-Econômico e Ecológico. Rondônia é o primeiro Estado a ter esse tipo de lei (Lúcio Albuquerque, A Marca da Nossa História, 20 anos da ALE-RO)

Dia 9 – Em 1748 – Desmembrada da Capitania de São Paulo, fica criada a Capitania de Mato Grosso, de cujas terras Rondônia teria mais de 90% de sua área (Roque Lorenzon – Pimenta Bueno, um pouco de sua História)

Dia 9 – Em 1985 – O governador Jorge Teixeira inaugura o prédio do Museu Rondon, em Ji-Paraná, obra restaurada num projeto da professora Yêeda Borzacov com apoio do banco Beron, através de seu presidente Paulo Saldanha (Revista Ji-Paraná e suas histórias)

EDUCAÇÃO: JOGANDO PARA A PLATÉIA

Em Belo Horizonte um aluno processou o professor porque, segundo a queixa, o aluno teve nota baixa e, para tentar recuperar, teve de passar noite estudando. Num município da região central rondoniense, a direção da escola não sabe mais o que fazer para se livrar de um aluno, de 21 anos, repetindo pela terceira vez o 1º do Ensino Médio, todos os dias chega bêbado, numa sala de adolescentes. Recentemente um estudante (absurdo chamar essa gente de “estudante”, mesmo título que à minha neta) matou um professor porque não conseguiu nota num trabalho escolar.

São apenas três exemplos, mas não será preciso ir muito longe para verificar a distância entre o respeito que deve o estudante ao professor e à escola, e o permissivismo que se entranhou na sociedade brasileira na qual, cada vez com mais força, há queixas de que a lei só protege quem não respeita a própria lei.

Este é o país dos muitos programas e projetos para a Educação. Ainda agora mesmo anuncia-se o aumento do tempo de permanência do aluno na escola, como se todos os problemas possam ser resolvidos apenas com isso. Passe de mágica puro, tentam os pseudo-educadores.

Agora extinguiram-se as APP, entidades que, em muitos casos, não funcionavam mesmo, e criaram os Conselhos de Gestão Escolar, aquela mania de coletivizar tudo, desde que se tenha possibilidade de enumerar mais um projeto ainda que ele vá do nada a lugar algum. Tais Conselhos poderão inserir-se até nas questões pedagógicas, o que vai amarrar ainda mais o professor que quer trabalhar.

Um país no qual há algum tempo, e cada vez em velocidade mais crescente, palavras como “valores” ou “respeito” não passam apenas de citações mortas ou, então, quando se fala em “valor” relaciona-se logo em uma nova denúncia de corrupção ou, se cita “respeito” é de algum figurão exigindo o que a ética não permite (não aquela comissão senatorial de ética, cuja composição, em maioria, segundo o noticiário, tem problemas com a Justiça).

Gerar novos projetos, colocá-los, de goela abaixo, impondo a coisa de cima para baixo não vai resolver o grave problema educacional do Brasil, um país no qual quem tem o dever de gerir prefere jogar para a platéia, sem alcançar objetivos reais, tudo movido pelo que o contribuinte paga e não recebe o que preconiza a Constituição.

Inté outro dia, se Deus quiser!

 

Fonte:Lúcio Albuquerque [email protected]
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