Quarta-feira, 6 de dezembro de 2006 - 20h54
Conta-Gotas 06/12
O que está acontecendo com a aviação comercial brasileira? Por que o 
sistema, que antes funcionava normalmente e agora está essa zorra? E por que 
aos poucos estão querendo empurrar a responsabilidade para o lado mais fraco 
dessa equação: o controlador de vôo.
Vamos por partes: nós tínhamos uma oferta de serviço grande para uma demanda 
crescente, apesar dos altos preços das passagens aéreas e da notória queda 
de atendimento e serviços.
Aí entra um fator fundamental, a desprofissionalização dos serviços 
gerenciais do sistema aéreo civil brasileiro, ao lado da insensibilidade no 
tratamento da questão por parte do Governo Federal. No lugar do DAC foi 
criada uma agência, a ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil e, lógico, aí 
deve ter ocorrido aquele fenômeno comum no Brasil onde o apadrinhamento 
político supera a competência no gerenciamento da coisa pública.
E aí quem paga a conta somos nós, usuários, que pagamos proporcionalmente a 
maior taxa de impostos do mundo e temos um dos piores sistemas de serviços 
públicos em retorno - e não por culpa do funcionalismo, mas porque os 
gestores o que menos se preocupam é com a qualidade.
No caso da aviação civil brasileira temos aí um jogo de empurra: segundo 
fontes dos sargentos que são a grande maioria dos controladores eles ganham 
pouco, dão expediente normal e ainda, sob a alegação de serem militares, 
ainda "pagam" desfiles, formaturas e serviços de guarda. Não se leva em 
conta que a responsabilidade de qualquer dos controladores é muito maior do 
que um graduado similar que apenas trate direto com a tropa. E, por isso, 
aquele grupo merece um tratamento especial, inclusive salarial.
O que não é justo é a população levar o prejuízo, é estarem usando como "boi 
de piranha" um grupo de profissionais que não têm culpa dos erros gerenciais 
e a omissão total do maior responsável pela gestão do país, o presidente da 
República que procura, como aconteceu quando da denúncia do mensalão, fazer 
de conta que não tem nada a ver com isso. Prefere anunciar medidas 
paliativas, como a de comprar um equipamento reserva para instalar num 
aeroporto em São Paulo, como se isso fosse a salvação da lavoura.
Só nos resta rezar. E muito!
SEMINÁRIO
Desta quarta-feira até a sexta, dia 8, a Escola do Legislativo realiza o 
seminário Rondônia da EFMM ao século XXI. Nesta quarta a partir das 18 horas 
e quinta e sexta-feira das 14 horas às 19. Temas de grande importância para 
o Estado estão na pauta.
OPÇÕES
A noite portovelhense tem várias boas opções. É só uma questão de escolher. 
Quem gosta de apenas ouvir um som é só aparecer no Mirante três, atrás da 
igreja Nossa Senhora do perpétuo Socorro, de quinta a sábado. No Mandacaru 
(av. Guanabara) e no Ferroviário Clube o som rola aos sábados.
ECA
Que tal nossos legisladores começarem a repensar a sério o Estatuto da 
Criança e do Adolescente?
MODELOS
Taí, recebi mais de 30 e-mail de leitores sobre aquele comentário relativo à 
Lei dizer que nenhum menor de 14 anos pode ser contratado para trabalhar, 
mas as agências de modelos têm de 13 anos. Um dos e-mail foi de uma pessoa 
que disse ser responsável por uma agência dessas e perguntou o que eu tenho 
contra o trabalho de modelo. Eu garanto que não tenho nada contra, mas se o 
artigo 60 do ECA estabelece uma coisa, por que não vale para todos? O que eu 
quero é ver a lei cumprida - o que no Brasil é autêntica utopia.
Inté outro dia, se Deus quiser! 
* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.
	
        
    

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