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Gente de Opinião

Lucio Albuquerque

Conta Gotas 05/03/11


 
 

HOJE TEM A VOLTA DO "SEU" BENU, depois da coluna sobre o Manelão
 
 

PERGUNTAR NÃO OFENDE

Até quando os táxis-aeroporto vão continuar fazendo do trecho HB/Aeroporto uma pista de corridas?

 

FLUMINENSE

Antes que alguém se ache no dever de falar, continuo Fluminense. Aliás, torcer pelo FLU é uma questão de bom gosto e de quem tem inteligência muito acima da média.

 

MANELÃO

Agradeço às manifestações recebidas com relação ao artigo Manelão chega ao céu e decreta: A BANDA SAI SÁBADO!. Atendendo solicitações de algumas pessoas, ao fim da coluna o artigo vai repetido. Faço, no entanto, um adendo, a pedido do dr. Laércio Fernando: é que esqueci de citar um importante membro do Bloco da Cobra, o advogado e ex-conselheiro do Tribunal de Contas Hugo Parra Motta. Em tempo: alguns perguntaram o que seja “Valhalla”.

 

VALHALLA

Valhala, Valíala,Valhalla, Walhala ou a forma original, Valhol: local para onde iam os guerreiros vikings quando morriam.

 

FEIRA DE LIVROS

Durante o “Encontro Cultural da Fronteira Brasil/Bolívia”, de 8 a 9 de abril em Guajará-Mirim, a Secretaria guajaramirense de Turismo vai realizar a I Feira Internacional do Livro, aberto a todos autores regionais. A Feira só acaba domingo, dia 10 de abril, data do 82 ano de instalação daquele município.

 

CAPACETE

Está certo: motociclista usar capacete é uma questão de segurança. Mas, como conciliar a segurança deles com o uso, por marginais, especialmente assaltantes e pistoleiros, do mesmo capacete para cometer seus crimes?

 

OFICINA

O misto de compositor, historiador, poeta e cantor Ernesto Melo vai levar uma parte do grupo “Fina Flor do Samba” a Guajará-Mirim, a convite do presidente Paulo Saldanha, da Academia Guajaramirense de Letras, para uma “oficina” com músicos da “Pérola do Mamoré”. Provavelmente em abril. Em Porto Velho, Ernesto Melo e “Fina Flor do Samba” estão todas sextas-feiras no Mercado Cultural.

 

CIDADANIA

Na segunda quinzena deste mês o Tribunal de Contas do Estado dará sequência na capital ao projeto “Corte de Contas Cidadã”, que se desenvolve através de palestras em escolas e faculdades. Um dos emas do projeto é tratar de cidadania e buscar incutir nos participantes a prática de tal vocábulo, muito falado mas pouco praticado.

 
 




 

DATAS DE RONDÔNIA

Conta Gotas 05/03/11 - Gente de OpiniãoDia 28 – Em 2011 – Falece em Porto Velho o carnavalesco Manoel Costa de Mendonça, o Manelão, criador e coordenador da Banda do Vai Quem Quer que no sábado de carnaval leva entre 60 e 80 mil pessoas para as ruas (Lúcio Albuquerque, site suasnoticias.com.br)

Dia 29 – Em 2008 – A Agência Nacional do Petróleo anuncia que postos de gasolina colocam 13% a mais de álcool na gasolina vendida em cidades rondonienses (Jornal Estadão do Norte)

Dia 3 – Em 1942 – Brasil e EUA assinam o Acordo de Washington gerando o II Ciclo da Borracha, aparece a figura do Soldado da Borracha, é criado o Banco da Borracha (depois Banco de Crédito da Amazônia e a seguir Banco da Amazônia) e cria condições para o surgimento do Território Federal do Guaporé, em 1956 Rondônia (Nelson de Figueiredo Ribeiro, A Questão Geopolítica da Amazônia)

Dia 4 – Em 1983 – Pelo decreto-lei municipal 860 fica criada a Bandeira de Guajará-Mirim

5 – Em 1988 – Sandra Luiz Rodrigues Jorge, Miss Rolim de Moura, é eleita Miss Rondônia (Professora Tereza Chamma, Calendário de Guajará-Mirim)

Dia 10 – Em 1904 – O presidente da República Rodrigues Alves assina o Decreto-Lei 5.161 mandado construir a ferrovia Madeira-Mamoré. (Marcos Teixeira e Dante Fonseca, História Regional – Rondônia)

 
 



 

02/03/2011 - [06:03] - Artigos
Conta Gotas 05/03/11 - Gente de OpiniãoManelão chega ao céu e decreta:
A BANDA SAI SÁBADO!

Nem era 12 horas de segunda-feira, último dia de fevereiro de 2011, e o Sérgio Valente passeava nervoso perto da porta de entrada do Valhalla. Momentos antes (ele) dera uma olhada na Porto Velho que não mais reconheceu e passara sobre o João Paulo II. “Não conheço mais ninguém por lá”, reclamava o Sérgio, mas ele não estava nervoso por isso. O problema era o fato de já ser a segunda-feira “magra” de carnaval e a turma queria botar o bloco na rua, mas faltava algum detalhe e ele não sabia o que seria.

Foi aí que ele viu, de longe, o tumulto. A fila não andava e havia reclamação contra a demora, tudo porque o funcionário da recepção, que já queria encerrar o expediente para poder almoçar, não conseguia acessar a ficha do novo hóspede. Encontrou depois de algum tempo e aí reclamou: “Pô, por que não disse logo seu apelido?”.

Afinal de contas poucos aqui, e lá também, conheciam o recém-chegado pelo seu nome civil, mas poucos aqui poderiam afirmar com segurança nunca ter ouvido falar daquela figura sempre com um cigarro entre os dedos, a roupa sempre muito larga e uma disposição constante de conversar.

“Faz tanto tempo que você não é mais conhecido por seu nome civil, Manoel Costa de Mendonça, que até aqui já deletamos. Nosso registro é o seu apelido”, explicou o funcionário enquanto autorizava a entrada do hóspede.

Sérgio, que como todo bom jornalista está sempre pronto para anotar uma novidade, aproximou-se da entrada e aí deu de cara com o novo hóspede, mal ele havia c oncluído a primeira passada além da linha demarcatória. E Sérgio não se conteve: “Manelão, você por aqui?. Ainda bem que você chegou. Agora nosso carnaval vai bombar”.

O grito do Sérgio atraiu a atenção de uma turma que tirava um “partido alto” debaixo de uma árvore copada. A batida parou e, quando eles viram quem era, foi aquele festival: “General da Banda, nem desfaça as malas. Depois você vai conhecer seus aposentos”, disse o magérrimo Vinícius Abrahão Coutinho Danin, jornalista e grande boêmio, praticamente sequestrando o Manelão para ele, antes de tudo, dar uma entrevista coletiva para falar sobre a viagem e seus planos nessa nova etapa da vida.

Na coletiva com presenças de Danin, Jorge Santos, Sérgio Valente, Roberto Vieira, Roberto Azevedo, Ivan Marrocos, Paulo Correia, a conversa foi tumultuada, primeiro porque o Ivan e o Danin, flamenguistas, queriam tirar sarro do botafoguense Manelão, e o vascaíno Paulinho Correia preferia falar das goleadas que o Vasco andou aplicando ultimamente. A coletiva acabou praticamente antes de terminar, porque a turma da roda de samba queria era puxar o entrevistado para o bloco, enquanto o advogado Juvenal Sena reclamava porque não encontrava gelo para comemorar a chegada do amigo e tinha de tomar mais um puro.

No tumulto, decidiram ir almoçar. O Rogério Weber, depois de um longo abraço em seu companheiro de estrepolias no final da década de 1960, mandou que a passista Ruth, Diplomata doente, e o Bosquinho, que se vestia de noiva na banda do Vai Quem Quer, fossem correndo dizer ao Claudinho, cozinheiro experimentado e que no carnaval sempre aparecia fantasiado de cadelinha poodle, para “botar mais água no feijão” porque o Manelão havia chegado e a turma ia para a boca livre.

Ninguém sabe quem avisou a carnavalesca, folclorista, política e professora Marise Castiel, mas ela apareceu em companhia do jornalista e advogado Rochilmer Rocha que está cuidando de fazer circular seu novo jornal lá para aquelas bandas.

Com dona Marize vieram também várias costureiras que com ela faziam as fantasias que fizeram a Pobres do Caiari se transformar em referência de beleza nos carnavais porto-velhenses.

O Gainete, que sempre estava por perto do doutor Rochilmer, ao encontrar o Manelão logo começou a perguntar pela turma do café da Zenilda, no Mercado Central, onde o Gainete era o “dono da banca” e o Manelão um dos membros da confraria. Gainete vinha com outro membro da confraria da Zenilda, o advogado França, que já colocou à disposição o escritório que tem por lá em sociedade com o doutor Abílio Nascimento, para o caso do general decidir botar uma banda e ter problemas para resolver, como tinha quando estava aqui no “vale de lágrimas”.

Na casa do Claudinho a festa foi grande, e demorada. Afinal, além da chegada do Manelão, o cozinheiro tem fama de entendedor e a turma que chegava não é de comer pouco. Os colunistas sociais Roberto Vieira e Sérgio Valente logo botaram nos seus blogs a nova, e alguns dos que estavam presentes: Os músicos Antonio do Violão, Jorge Andrade; os sambistas Neguinho Menezes, Leônidas Chester, Neguinho Orlando, Bola Sete; os boêmios Claudio Carvalho, Bráulio Bigode, José Carlos, Esmite Bento de Melo, o Esron Menezes; o carnavalesco Waldemar Cachorro, o advogado Marcos Soares e até o ex-prefeito Chiquilito Erse que participou da fundação da Pobres do Caiari.

O ex-prefeito e engenheiro Luiz Gonzaga já chegou falando alto. Com ele vieram outros integrantes do “Bloco da Cobra”, junto com o seringalista Francisco Paiva, o professor Câmara Leme, o comerciante Hortêncio Simplício, o advogado Hugo Motta, o Abel Marques, a turma foi se chegando.

A conversa andava animada e os tira-gostos já estavam circulando, uns cubos de peixe frito que foram atacados pela turma, com destaque para o Manelão que estava com uma fome braba. O papo descambou para o carnaval, para o último baile municipal e o Sérgio Valente lembrou dos que realizava.

A turma perguntou sobre o Mercado Cultural e o show de samba das noites de sexta-feira, ficando admirados que tanta gente recém-chegada gostasse das músicas do Ernesto Melo e do Sílvio Santos contando a história de Porto Velho. Esmite, pai do Ernesto e do violonista Ênio, encheu-se de orgulho. A conversa foi rolando por aí.

Mas de repente, sem que ninguém tocasse no assunto que, no entanto, estava transpirando no ar, todos ficaram em silêncio. Mas nada a ver com tristeza. É que os músicos, que vinham apenas ritmando velhos sambas, decidiram tocar: “Chegou a banda, a banda, a banda. A banda do Vai Quem quer....”.

Aí o Manelão levantou e disse:

“Tá bom, rapaziada: eu aceito o convite que nem precisou ser feito. Vamos botar a banda na rua. A Banda do Vai Quem Quer vai sair sábado, no mesmo horário e no mesmo local”.



 
 
SEU BENU
 
VIOLÊNCIA CONSENTIDA
 
Seu Benu estava de férias e aproveitou para apagar 97 velhinhas. Não, não pense que ele matou nenhuma pessoa. É que dia 15 de fevereiro Seu Benu completou 97 anos, desde que nasceu na sua Itacoatiara, que os entendidos chamam de "Pedra Pintada".
 
Bom, ele voltou e não deixou por menos. Eestava eu tentando arrumar a mesa de trabalho do escritório cá de casa, quando ele entrou, depois de dar uma volta pela cidade, e já chegou, claro, botando lenha seca na fogueira.
 
- Olhaí, camarada. Violência contra mulher adulta pode, você sabia?
 
Bom, eu que imagino estar em vigor a Lei Maria da Penha, disse que isso é um absurdo (não a lei, mas a violência, caramba!) e ele deu logo o corte.
 
- Então tens de olhar com mais atenção o que acontece a sua volta.
 
Bom, como discutir com seu Benu não faz bem ao controle emocional, preferi dizer que "às vezes ecapa algo", e perguntei qual era a novidade dessa vez.
 
- Vi um carro que deve ser da Sejus com uma frase; "Diga não à violência contra a criança", o início da frase pode nem ser assim, mas o final eu tenho certeza.
 
Aí caí na besteira de perguntar: "Sim, e o que é que tem de errado?".
 
- Você não sabe ler além da entrelinha? Ora, quando alguém defende o fim da violência contra a criança abre o espaço para se imaginar que com os outros segmentos pode.
 
Bom, mais uma v ez tenho de concordar com o velho bardo da Velha Serpa.
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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