Quinta-feira, 15 de janeiro de 2015 - 05h33
	
  
	
	            Em 1979 o coronel Jorge Teixeira veio assumir o governo de Rondônia. Dentre seu secretariado um nome passou a atrair a atenção em razão da atenção a ele dedicada por Teixeira: Francisco José Erse, administrador de empresas, criado no Bairro Caiari, que todos conheciam pelo apelido familiar – Chiquilito.
E desde a primeira composição do secretariado de Teixeira, Chiquilito assumiu a secretaria de Administração, sendo indicado várias vezes para substituir o governador nas suas muitas ausências de Rondônia, naquele período de transição do Território para o Estado. Em 1982 Chiquilito era bancado por Teixeira candidato a deputado federal, eleito segundo mais votados dos oito da primeira bancada estadual.
Durante a campanha era comum ouvir Teixeira pedir voto para ele: “Votem neste garoto”. O “garoto” era Chiquilito, que em 1984 aderiu à campanha Diretas Já, rompendo o seu relacionamento com Teixeira e levando consigo vários deputados estaduais que também, mais tarde, iriam para o PFL. Quando Tancredo Neves foi ungido candidato à Presidência, Chiquilito foi dos primeiros a se associar a ideia.
Em Rondônia, como em todo o país, a onda Tancredo também ganhou força e poucos faziam campanha para o candidato Paulo Maluf, que derrotara na convenção do PDS o candidato do Palácio do Alvorada Mário David Andreazza. Para muitos o fato da bancada federal não fechar totalmente com Andeazza foi uma espécie de traição pelo trabalho que, como ministro, o candidato fizera beneficiando Rondônia e ajudando no projeto do Estado.
Maluf saiu candidato a presidente, mas poucos em Rondônia o apoiavam. A onda Tancredo levou de roldão a maioria da bancada federal, e também a maioria da representação de deputados estaduais que participaram da eleição, em janeiro de 1985.
Eleito Tancredo a onda não parou em Rondônia. Empossado o vice, Sarney, as mesmas lideranças, cuja maioria chegou a obter mandato em 1982, se voltaram agora ao governo estadual. A presença de Teixeira no Palácio Presidente Vargas irritava os mesmos que até 1982 não lembrava ser ele um militar. Aqui há algumas versões.
1 – Problemas com Sarney – Presidente nacional do PDS o senador José Sarney veio a Rondônia e não teria sido recebido por Teixeira. Sarney não teria esquecido a desfeita.
2 – Eleição do PDS regional - Em 1983 Teixeira, por um erro político dele mesmo, permitiu que o grupo que lhe fazia oposição dentro do PDS elegesse presidente regional do partido o piloto Dezival Reis, amigo pessoal do governador mas que, em razão do momento, acabou com o grupo dissidente. No dia seguinte a nova direção do partido foi visitá-lo e Teixeira nem teria oferecido cadeira, nem mesmo cafzinho ou água.
3 – Frase infeliz – Em Brasília, Teixeira teria prometido ao presidente Figueiredo que a bancada federal do PDS rondoniense (cinco deputados e três senadores) votaria em Mário Andreazza ma disputa da indicação do PDS à Presidência. O deputado Chiquilito Erse, que já havia rompido com o governador, negou.
4 – Entregação – Aliados anti-Teixeira, apesar de trem linhas políticas divergentes, foram em bloco a Sarney pedir a substituição do governador. Aqui há três linhas para saber como ele soube do encontro.
4.1 – O próprio Sarney teria chamado Teixeira para um encontro antes da agenda com os anti-Teixeira e ao ser informado que o grupo já estava na ane-sala, mandara que ele fosse para um local onde ficaria encoberto, mas escutaria tudo;
4.2 – Um amigo de Teixeira, assessor direto de Sarney teria testemunhado a entregação e informado ao governador;
4.3 – Teixeira teria sabido por um dos membros da comitiva que, na realidade, era seu informante.
Menos de um mês depois da reunião – essa existiu conforme dois que dela participaram – A Aliança Democrática, composição da Frente Liberal com a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa, elegeu governador o deputado Ângelo Angelin, do PMDB.
A 5 de maio de 1985 Teixeira passava o bastão a Angelin.
	
	 
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