Segunda-feira, 24 de junho de 2019 - 11h22
“Se abro o Instagram e vejo que não tem novidades, vou para o Whatsapp. Se não tem mensagem nova, entro no Facebook. Depois, volto para o Instagram e fico nesse ciclo vicioso o dia inteiro.” É assim a rotina da recepcionista Rafaella Bonato, 19, diagnosticada com depressão e ansiedade.
No blog Da Cidadania – A jovem se diz “viciada em redes sociais” e passa cerca de 12 horas diárias dedicada a likes, comentários e fotos.
Essa relação entre o desenvolvimento de transtornos mentais nos jovens e o uso intenso das redes sociais é alvo de diversos estudos. A University College London, por exemplo, apontou que 38% dos adolescentes que passam mais de cinco horas por dia nas contas virtuais mostraram sinais de depressão mais grave do que os que checam menos os aplicativos.
Estudo da Viacom International Media Networks, realizado com adolescentes entre 12 e 17 anos, constatou que os jovens brasileiros utilizam as redes sociais 63 vezes por dia —a média mundial é de 50.
E eles têm dificuldade em lidar com o que encontram nas redes pela razão biológica: a região do cérebro ligada à razão e à lógica ainda estão em desenvolvimento. “O jovem fica mais vulnerável nas redes sociais”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo especialistas, o uso excessivo de redes sociais não pode ser considerado causador de depressão e ansiedade, mas está ligado ao agravamento dos transtornos mentais.
“Se surgir um ‘hater’, o jovem vai dar conta? E se chamarem ele de gordo? Se o jovem já tem dificuldade de lidar e está deprimido, é uma bola de neve”, explica Andrea Jotta, psicóloga do Laboratório de Estudos da Psicologia, Tecnologia, Informação e Comunicação da PUC-SP.
Foi o que aconteceu com Rafaella. “Olhava imagens daquelas meninas magras e me sentia mal. Tinha uma meta de ficar como elas, mas eu sabia que meu biotipo jamais me deixaria atingir aquilo.”
O problema, segundo Jackeline Giusti, psiquiatra da infância e da adolescência do Instituto de Psiquiatria da USP, é que esses modelos a serem copiados não são reais. “Todo mundo só mostra a parte legal, e quem está deprimido acaba se sentindo pior vendo imagens perfeitas.”
Os algoritmos, explica Andrea Jotta, têm parte da responsabilidade. “Há depressivos que vão para a rede buscar ajuda e, ao invés de achar palavras de apoio, encontram resultados de suicídio”.
Ela acrescenta que, quanto mais próximo da vida adulta, mais o jovem sofre com a expectativa de curtidas. “Os mais novos não têm curvas do que entendem como sucesso nas redes. Se eles postam uma foto e em 30 minutos só recebem dez curtidas, apagam e seguem a vida. Quanto mais velho, mais sofrimento por conta do histórico de expectativa de aceitação”, diz.
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