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Leo Ladeia

Ressaca cívico-eleitoral de pós debate e desalento. Propostas? Necas de pitibiribas...


Frase do Dia:

 


“Os empresários desse país têm que acender todo dia uma vela para Deus porque nunca ganharam tanto dinheiro no meu governo"– Luzinácio em Fortaleza

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I-Bateu, levou

No papel que reservou para si e com a autoridade e imunidade que lhe concede o mandato de senador, Ivo Cassol desceu a borduna da tribuna em Brasília e foi ouvido em Porto Velho. Pela tradição confuciana, Cassol ficaria falando sozinho, mas o chefe do Decom quis devolver o fogo à garganta do dragão. Quem o conhece sabe que seu forte é cuspir fogo e não engolir sapos e Cassol cuspiu sapos em brasas. Como apagar fogo com gasolina é o meu ofício, creio que é hora do MP, MPF, PF, TCE, TCU, etc., darem um baculejo caprichado. As denúncias dos dois lados são públicas e já fiz minha escolha: sou pelo “artigo 5º” e do lado dos ”ninjas de gravata”. Quem puder mais que chore menos, pois “cada um é responsável por seu CPF”.

Ressaca cívico-eleitoral de pós debate e desalento. Propostas? Necas de pitibiribas...  - Gente de OpiniãoII-Indícios & ilações I

Quem acompanha a Operação Termópilas está careca de saber que a investigação teve seu início em novembro de 2011 para parar a sangria provocada pelos vampiros da ALE, gente do Detran, empresas de serviços, servidores de terceira categoria e gente de quinta. O fato de atingir em cheio o governador, chegando à porta da sua casa não prova que a corrupção se instalou nos 11 meses de gestão Confúcio até porque fazer uma lambança dessas em tão pouco tempo é para quem tem competência, artigo em falta no estoque do governo. Indícios levam a pensar no tempo anterior, quando os contratos foram firmados na saúde por quem MBA em patifaria. Questiono: por que não investigar antes de novembro de 2011? Por que?

Gente de OpiniãoIII-Indícios & ilações II

Volto à coluna anterior quando discorri sobre licitações suspensas pelo TCE-RO e novamente alerto para indícios que me levam a pensar que a Operação Termópilas não conseguiu conter a sangria desatada e, mesmo sem provas, permito-me imaginar que tudo está como d’antes no Quartel de Abrantes. Um hábito dos ratos é marcar a trilha para andar sempre por ela e, se um obstáculo os obriga a temporariamente alterar o percurso, quando o mesmo é retirado os ratos voltam ao velho caminho. Na coletiva do dia 16 o MP não falou de ratos ou de trilhas e nem era preciso. Para quem tomou os cuidados que foram definitivos para desbaratar a quadrilha, é quase certo que os ratos e as trilhas ainda estejam na sua mira. É esperar e ver.

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IV-Debate na TV Candelária

Ressaca cívico-eleitoral de pós debate e desalento. Propostas? Necas de pitibiribas... E nem me venham com a de que não houve oportunidade de mostrar pela TV. Fazendo as contas, só a TV Candelária e Record News dedicaram mais tempo os candidatos, do que muitos terão por toda a vida com o tal horário político gratuito. Aliás, as entrevistas das rádios e redes de TVs acabaram salvando o povo de engolir a riquíssima gororoba mal feita e bem paga que os marqueteiros queriam nos enfiar goela abaixo. Se me lembro bem, a única coisa próxima ao que chamaria de proposta inédita saiu do PSTU com a implantação inexequível de um VLT – veículo leve sobre trilhos. Fora isso sobrou a esterilidade mental. Que quadra terrível esta.

Ressaca cívico-eleitoral de pós debate e desalento. Propostas? Necas de pitibiribas...  - Gente de OpiniãoV-Fala Mução

O jornalista Eliânio Nascimento foi direto ao ponto num interessante artigo em que exorta as duas personalidades mais visíveis desse momento eleitoral a mostrar quem tem “garrafa pra vender”. Cirúrgico, Eliânio diz: ”Os debates já realizados em Porto Velho, deixam claro que os dois candidatos parecem ter em mãos detalhes da vida pessoal de cada um. A pergunta: não seria justo os portovelhenses saberem exatamente o que ainda escondem da população os senhores Lindomar Garçon (PV) e Mauro Nazif (PSB).” Eviscerar é a proposta do colunista do Rondoniagora. Taí... Boa ideia. E como estão empatados tecnicamente segundo o Ibope, que tal partir para o tudo ou nada? E aí gente, de quem será a primeira “labochada”?

 
 

VI-Linha de chegada

O STF – ninguém aguenta mais a tal Ação Penal 470 – encerrou a fase de julgamento propriamente dito com a leitura dos votos. Com muitos os condenados e muitos os crimes o tribunal entra no estudo e aplicação das penas de cada réu, no jargão jurídico, a dosimetria da pena. A Ação Penal 470 – o popular julgamento do mensalão – irá promover assim algo inédito. Os magistrados farão suas contas sobre as penas a serem aplicadas dando,é quase certo,oportunidade para que shows à parte de algumas personalidades togadas ocorram. A justiça sai do julgamento maior do que entrou. A diversidade que dá força ao colegiado é que o leva a ser independente, grande e sábio. Um grande momento da nossa justiça.   

VII-Regra de ouro no STF

Uma dieta de baixo teor calórico para quem foi bonzinho foi o que impôs o colegiado do STF. O ministro que absolveu um réu, que ao final foi condenado pelo colegiado, não vai participar da dosimetria da pena. Ou, como diz Zé de Nana, “quem não mata a galinha não pode exigir a moela”. Que fique claro porém que, apesar de ser algo lógico e plenamente aceitável, não foi assim uma água com açúcar para pacificação do tema. Os ministros Ayres Britto, Gilmar Mendes e Dias Toffoli defenderam a participação dos ministros que foram absolveram, mas foram vencidos pelos demais ministros, que formaram maioria. Aí o decano Celso de Mello disse que esse entendimento já foi firmado: "É um critério que vem prevalecido na Corte há pelo menos dois anos e meio, e vem sendo reafirmando em outras ações penais”. E Zé fini!

VIII-Sem noção

 “Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia. Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana. Vou continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em nosso país. Os autos falam por si. Qualquer consulta às suas milhares de páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste julgamento.” Tudo isso aí saiu do miolo do Zé Dirceu depois de julgado e condenado pelo STF. Premio Nobel de Literatura.

IX-Ministro Marco Aurélio e seu voto

O ministro Marco Aurélio comentou hoje que ao assumir a presidência do TSE em 2006 pediu a Sarney, que recomendasse ao presidente Lula a não comparecer à posse. Lula foi e Marco Aurélio desceu a borduna contra a corrupção. “O Brasil se tornou o país do faz de conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais. Faz de conta que não foram usadas as mais descaradas falcatruas para desviar milhões de reis”. Hoje ele completou com uma analogia. Pelo Código Penal, quadrilha andar armada é agravante e ele lascou: “No caso concreto, o grupo armado estava armado de dinheiro”. “..houve, no caso, a formação de uma quadrilha das mais complexas” “...Mostraram-se os integrantes em número de 13. Sintomático o número”. É só. Não vou fazer de conta que há algo mais a dizer. Matou a pau!

X-Papo com Zé de Nana

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X1-Em Rondônia é assim: se o secretário sai do governo ganha um CDS pra chamar de seu.

X2-Às vezes, por falta de opção, a gente troca seis por meia dúzia. Às vezes nem isso.

X2-Eleição nova e pergunta velha: os vices servem para que mesmo?

[email protected]

 

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