Quinta-feira, 30 de setembro de 2021 - 16h53

Por todo mundo começa uma tomada de consciência de
que temos e ainda por muito tempo teremos uma crise energética. Não é o final
dos tempos, não é o fim do mundo, nem o fim da vida na terra, mas algo
previsto. Já no início da revolução industrial o mundo está mantendo o fogo
aceso à base de combustíveis fósseis que são finitos e que em algum momento
eles iriam se exaurir. Utilizamos o máximo do petróleo e do gás e assistimos
agora o crepúsculo de uma era. O petróleo está chegando ao fim e com ele irão o
transporte à base do motor à explosão, o avião, a usina térmica, a indústria
petroquímica, a comida feita em casa e para substituir o petróleo por ora só
existe a incredulidade e a discussão infrutífera para um problema que é sério e
urgente. Voltaremos ao tempo da graxa de porco para acender os bicos de
iluminação ou usar em lugar do óleo comestível industrializado? Será que iremos
queimar a madeira em casa na falta de gás de cozinha? Mas como se dará isso se
o meio ambiente dá sinais de colapso mostrando-nos a sua finitude?
O Brasil dono da impressionante reserva petrolífera
no mar, dono das últimas florestas da terra e da última fronteira agrícola para
produzir alimentos se debate entre acusações de que não é possível aumentar o
preço dos combustíveis porque o petróleo e a Petrobrás são do povo.
Caminhoneiros, donas de casa e capitães de indústria estão todos num mesmo
barco, mas remando cada um numa direção. De cambulhada as queixas chegam ao
Palácio do Planalto exigindo a solução que a rigor não existe. E não existe
porque a questão é de escassez e, por uma lei econômica, se a oferta de um bem
é reduzida a partir de um ponto, de imediato o preço dispara. É simples assim.
Uma guerra de narrativas esconde a voracidade da
máquina do estado em tributar e a falta de visão sobre o que ocorre no ambiente
mundial e desta forma nnão atinamos para a gravidade, a relevância e a urgência
necessárias para de imediato minorar e solucionar o problema. A disputa por
exemplo entre os governadores dos estados e o governo federal com foco nas
alíquotas de tributos passa ao largo do tema da escassez, do novo normal ou do
pós pandemia e da necessidade para a recuperação econômica nacional e
internacional.
Ora, se as queixas ficassem extra muros, algo
poderia ser tentado, mas os mandatários do
executivo e do legislativo reclamam também do aumento de preços de combustíveis
e fazem coro com a massa de manobra de sempre. Artur Lira diz que não aguenta
mais o aumento e Bolsonaro vai à boca do palco afirmar que é o imposto estadual
que encarece o combustível, transferindo o problema para os governadores
esquecendo que é do Executivo e do Legislativo a tarefa de organizar a
estrutura de cobrança de tributos promovendo a sempre adiada reforma tributária
que equacionaria em tese o imbróglio.
A meia verdade está com os dois lados e por suposto
os dois lados mentem cada um pela metade. Se o presidente Bolsonaro credita o erro
aos estados, os governadores não têm como desmentir, já que a alíquota não
aumenta, mas o ICMS cobrado sobe e isto se vê na nota fiscal, trazendo à tona
uma explicação simplista: a fórmula de cálculo do imposto tem como base o preço
médio cobrado na bomba e não na distribuidora. O bate-boca só piora a situação
e assim vai ficar até que o debate inteligente – se vier a existir – faça nascer
a luz. E que seja já. Antes que o petróleo acabe.
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