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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 17/05


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

“A democracia pode ser boa, mas muitas vezes é burra e atrapalha muito” - Marcos Antônio Grützmacher, presidente do Sinjor, Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia. Lamentável.

Pauta política de 01 a 10

 

01-CIDADANIA – Emancipação de distritos:

No dia 13 de abril, o Deputado Alex Testoni fez um discurso durante a audiência pública para criação de novos municípios. “...com o apoio da bancada federal, dos senadores de Rondônia, e do governador Ivo Cassol, no prazo de 60 dias, tornaremos este sonho uma realidade”, disse o deputado. 30 dias se foram e nada aconteceu. Sou favorável à emancipação mas não vou mentir para o povo de Jaci Paraná que me ouve. Enquanto o Congresso não alterar o parágrafo 4 do art.18 da Constituição, emancipação é só papo de político ou conversa mole pra boi dormir.

 

02-A Câmara e sua produção:

Só pode ser gozação. O presidente Câmara Arlindo Chinaglia disse que Congresso precisa enfrentar o debate de temas sensíveis, como a pena de morte e aborto. "É nosso dever ouvir a sociedade, organizar o debate e não fugir dele", afirmou. Está querendo demais, pois não viu ou esqueceu que o Congresso virou departamento anexo do Planalto, onde se referenda tudo o que o governo quiser. Sobre discussões, temos algumas importantes e construtivas. Dia desses um “falso brilhante” disse que sua colega era feia e, em particular que não servia para “*uta”. A deputada Cida chorou, foi a TV e disse que vai à justiça. Está vendo? Há algo mais importante que a briga provocada pelo velho deputado...como é mesmo o nome dele?

 

03-O Planalto e sua produção:

Lula e sua turma se transformaram numa fábrica de leis como “nunca se viu nesse país”. Leis para tudo e de lambuja, espaço para emendas nas MPs. O Congresso chora de barriga cheia. O “P” da MP é provisório, mas a lei é definitiva. Basta votar e pronto. O Planalto não deixa ninguém sem uma lei. É lei para o povo, para a “zelite” e..., claro que ás vezes há um erro.  Mas só erra quem trabalha. Ontem votava-se a MP que extingue a RFFSA e no meio, o governo criava 157 cargos novos. Foi um carnaval por conta do errinho. Mas e a contribuição para reduzir o desemprego, que ninguém vê, e ninguém fala. É essa oposição ingrata.

 

04-A semântica e a justiça:

O Ibama informou que mais de 50% de seus funcionários aderiram à greve iniciada na última segunda feira, desrespeitando, portanto, liminar que determinou que metade dos servidores públicos mantivesse "regime normal de trabalho". Lula disse na terça-feira, durante entrevista coletiva, que a greve do Ibama é injusta e incompreensível. Certo presidente, mas o problema não é de desobediência dos servidores e sim de semântica. O nó está frase “voltar ao regime normal de trabalho”. Foi aí que a turma entendeu que era pra continuar do jeito que estava.

 

05-Jogo duro:

Pressão total, perseguição, baculejo, não deixar o bandido respirar. A operação Força Máxima deflagrada no mês de março não parou e os números são alentadores. 2.200 pessoas e 250 estabelecimentos comerciais abordados. 40 armas apreendidas, 58 foragidos voltaram para a cadeia e quase 100 apreensões de drogas. O dobro do que se fazia. A bandidagem está num “sufoco maior que barata em galinheiro”, pois a PM pegou o jeito da coisa. A idéia da Cel. Angelina é continuar a operação e, quando ela fala, a coisa ocorre. Parabéns a toda Polícia Militar de Rondônia.

 

06-Segurança é a bola da vez:

Além do acordo entre Renan e Chinaglia, assim que o Senado votar o pacote antiviolência, as propostas serão entregues nas mãos de Lula e da Dra. Ellen Gracie do STF. Mas antes disso, os governadores serão chamados ao Congresso para fazer uma avaliação dos textos e, se for o caso, propor novas alterações na lei. A intenção é criar uma atmosfera favorável e evitar que o tema segurança pública caia no esquecimento. Essa estratégia de envolvimento foi elaborada pelo presidente da CCJ do Senado, ACM em conjunto com o senador Mercadante, que é autor de 4 projetos entre os quais o que permite o monitoramento eletrônico de presos.

 

0t-E falando em ACM...:

Com esperanças políticas renovadas desde que perdeu o filho, ACM é todo ternura para o lado do neto que tem seu nome e seu jeito. E que ninguém se engane. ACM subiu no telhado, mas desceu com vontade de brigar. Se José Carlos Aleluia der uma rasteira e ACM Neto perder a presidência dos Democratas na Bahia, ACM e seu exército formado por 4 senadores e dez deputados, pulam fora do partido. ACM mantém na alça de mira, as cabeças de Rodrigo Maia e Jorge Bornhausen. Eu imagino que a luta, a raiva e a briga é que alimentam ACM.

 

08-Esvaziando a CPI:

Trabalhando “full time”, a CGU vai conseguindo o que muitos tentaram em vão. O que tem de servidor sendo afastado da Infraero, não esta no gibi. Ontem mais três funcionários da estatal, envolvidos em irregularidades receberam o bilhete azul. Um deles é o Tércio Barros que em março de 2006, foi anunciado como presidente da Infraero, e menos de oito horas depois do anúncio, foi devidamente defenestrado e a cerimônia de posse desmarcada por injunções da Abin e Casa Civil, apesar do ladino ter ficado no cargo de assessor da presidência. Do jeito que a coisa vai, quando a turma da CPI entrar na sala só vai encontrar a mulher do cafezinho esperando alguém que lhe dê um vale transporte pra ir para casa.

 

09-Jogada de mestre:

O DEM ou ex-pefelê ao que parece aplicou o velho conto do paco e o governo caiu. Revendo a “briga” do senador Heráclito Fortes, que chega a colocar seu líder José Agripino numa saia justa, percebe-se que ele capitulou muito rápido. Ontem se viu a vitória dupla da oposição no Senado. A CPI do Apagão Aéreo só será instalada hoje, mas o atraso de 24 horas rendeu o compromisso dos governistas para abertura da CPI das ONGs, objeto da “briga de mentira” do senador Heráclito e, além disso, foi mantido o acerto fechado na véspera, que garantiu a relatoria da CPI do Apagão, aos Democratas. Heráclito é portanto, o estrategista da semana.

 

10-E a educação desce a ladeira:

O nível de reprovação no ensino médio, o antigo colegial, voltaram a aumentar no Brasil em 2005, ou seja, cravou no sétimo ano consecutivo desde 1998. Tudo aquilo que vinha sendo construído foi jogado por terra. Esse crescimento fez com que o percentual de 11,5% de alunos reprovados chegasse praticamente ao mesmo nível verificado em 1991 quando 11,6% dos estudantes bombaram nos exames. O papo sobre educação vai bem. Mas só o papo.

 

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