Sábado, 5 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 02/04


POLÍTICA & MURUPI

 

Frase do dia

 

"É só para protelar"- Sarney dirigindo-se de forma áspera a Mercadante que prometeu levar a questão das ZPEs para audiências públicas.

 

Pauta Política de 01 a 10

 

 

01-CIDADANIA – saúde pública:

A água servida jogada na rua provoca estragos no asfalto, formando poças com água suja, mau cheiro, sujeira, e transformando a rua num foco para doenças de todos os tipos. A água servida atrai ratos, baratas e animais peçonhentos. Além de tudo isso, é um feio cartão de visitas do morador. Jogar esgoto na rua é ilegal, fere o código da prefeitura e é passível de multas. Ame sua cidade, seu bairro e sua família. Cuidar do esgoto é a forma mais barata de evitar doenças. 

 

02-Covardia:

Magistrados, advogados, sindicalistas, ambientalistas, jornalistas, políticos, são referências por suas opiniões que se amplificam na sociedade. A arma é sempre a palavra mas o caminho, pode ser a sentença, a defesa, a denúncia, a reportagem, o questionamento. A morte de Valter Nunes de Almeida, sugere uma relação com sua profissão de advogado. Um crime estúpido e  covarde. Quem usa o intelecto e a palavra em prol da sociedade, não tem como enfrentar a intolerância da besta que, por sua natureza, supõe que idéias e ideais se calem com a morte. 

 

03-Bom senso:

Não ajuda em nada e, inclusive pode atrapalhar nas investigações, a divulgação precipitada de suspeita não confirmada de que o assassinato do advogado em Cacoal teria sido praticado por índios. Causa espanto maior que a suspeita tenha sido lançada por quem não deveria fazê-la – a OAB. Ilações não são provas e denúncias precisam ser fundamentadas. Lançar uma suspeita sobre os cintas-largas num momento em que se acirram as relações entre garimpeiros e índios, é no mínimo falta de senso e de visão sistêmica. O que pode a OAB e a sociedade é exigir que  o governo investigue e solucione de imediato o crime.    

 

04-O caminho das pedras:

Realese da OAB pouco antes do assassinato do advogado alertava para a possibilidade de uma nova matança no garimpo Roosevelt. O assunto já tinha sido abordado pelo Senador Raupp e depois pelo governador Cassol. Sabemos todos nós aqui da aldeia, que o contrabando dos diamantes nunca parou. Não é preciso ser do FBI para saber quem está por trás. Para começar: quem é o dono das escavadeiras que estão lá no garimpo? Elas possuem numeração de fábrica, e não chegaram lá de avião ou barco. Entraram pela BR 364. Quem é da aldeia e não conhece os índios e o cacique, não é da aldeia. A propósito, eu sou da aldeia.

 

05-Reforma ainda que à tardinha:

A decisão do TSE que garante aos partidos o controle do mandato, é por si só uma verdadeira reforma política. E se a cláusula de barreira que continua em discussão for mantida, teremos a maior reforma políticas dos últimos 43 anos e englobando quase tudo o que o Brasil precisa para dar uma virada nessa coisa nojenta de partidos de bolsos. Um analista político considera que o controle do mandato pelos partidos, equivale quase a um voto de lista. Mas e como será o “the day after”? Paulo Queiroz foi cirúrgico em sua coluna mas, macaco velho, não fechou o diagnóstico. Se o mestre não se atreve, o aprendiz tampouco. Torço muito pelo TSE e por nós.

 

06-Premeditando o breque:

O ex-PFL provocou e agora vai para o final. O caminho provável é o retorno dos fujões com o rabo entre as pernas, e os recalcitrantes entrando na justiça com chances remotas de sucesso. Para João Closs Jr., a tendência é que STF confirme a decisão e a jurisprudência se firme em 60 dias. Aí seria uma corrida às Assembléias e Câmaras de todo o país por uma revolução legalista. Mas é o próprio advogado Closs que levanta a lebre: “Em política tudo é possível e, se resolverem encontrar um caminho mesmo ferindo a constituição, assim o farão”, garante. De novo fico em cima do muro. Se o mestre não vai, eu passo. Estou sem cacife e o jogo é bruto.

 

07-Fim da festa:

Acho que ninguém do governo irá comemorar mas nunca se sabe. Depois do festival público  de idiotices, falta de comando, quebra de hierarquia, irresponsabilidade e tibieza, parece ter tido fim a greve dos controladores de vôo. O resultado é um país parado e ajoelhado pela força de um pequeno grupo que desafiou e venceu o governo brasileiro. É fácil enumerar razões e falar do tempo que foi gasto e do que não foi feito até chegar ao apagão. O resultado porém é o que assusta. O estilo de contemporizar adotado para a Bolívia ou para os acusados de corrupção é o mesmo que se viu agora. Mais uma vez se passa a mão pela cabeça. Está ficando constante.

 

08-Fim de festa ou começo da outra?

No rastro da greve dos controladores de vôo, a PF pode também paralisar suas atividades no feriadão da semana santa. Se realmente ocorrer, cada aeroporto brasileiro pode se transformar numa das sete estações do calvário. De novo a dubiedade. Um acordo entre trabalhadores e governo cumprido pela metade. Apesar do contrato e suas parcelas serem de domínio público, o governo diz pelo seu ministro de Planejamento, nada saber. Como não saber, se até eu que não sou da PF sei? Existe uma palavra para isso: tibieza. O mesmo que fraqueza, frouxidão.

 

09-Reflexo do apagão:

Um dos efeitos apagão já deu as caras. O comandante do Cindacta I foi promovido a brigadeiro e, portanto deixaria o comando, mas ninguém aceita o pepino. Consideram que os militares do Cindacta I, a base do motim, ganharam o direito de ignorar o comando. Teme-se, ainda, que o sindicalismo vire um rastilho de pólvora nas outras 26 categorias de sargentos especialistas. Por outro lado, a saída oficial da FAB do comando do controle aéreo, feita no sábado, é chamada pelos controladores de "abandono" das salas de controle. Na prática o controle aéreo está nas mãos dos próprios controladores. Sem supervisão, é claro.

 

10-Um novo safanão nas agências:

Criadas para darem transparência e tranqüilidade a investidores e funcionarem como esteios jurídicos para contratos internacionais, as agências reguladores sofrem pressão desde a origem para perderem seus poderes. Agora um novo elemento complicador entra na pauta: O senado deu parecer favorável a uma PEC que atribui ao Senado o poder de exonerar, a qualquer momento, os presidentes ou diretores das agências, desde que haja fato notório de corrupção ou ineficiência, que justifique a medida. Não se sabe porém, quem julgará o fato.

 

leoladeia@hotmail.com

 

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 5 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Mais imposto sobre cerveja e cachaça

Mais imposto sobre cerveja e cachaça

Pintou algo “felomenau”. Mais taxas sobre cerveja e pinga e apurado vai para escolas de samba que já vivem numa relação íntima com álcool, milícia,

Nuvens negras para a FAB

Nuvens negras para a FAB

A Força Aérea Brasileira que mantem um serviço executivo para os rincões brazukas está com vento de través não no sentido literal, por falta de gran

Trio parada dura de Rondônia

Trio parada dura de Rondônia

Para chegar a Porto Velho faltam voos, os barcos são precários e sobram então as estradas. A BR319 é da Marina e a 364 é do pedágio fake: você paga,

Dez anos de petrolão e... Arquive-se

Dez anos de petrolão e... Arquive-se

Em 27 de abril de 2015 era aberta a CPI do Petrolão e de novo as esperanças apontavam para um ponto fora da curva que nos colocaria noutro patamar d

Gente de Opinião Sábado, 5 de julho de 2025 | Porto Velho (RO)