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Gente de Opinião

Leo Ladeia

Ecos da greve na República Sindical Brasileira


Frase do Dia:

"Isso não faz jus à sua inteligência”. Senador Aloisio Nunes para o senador Lindberg Farias num debate sobre privatização.

01-Privatização by PT                                               

Anota aí: se isso ocorresse na era FHC, o PT ia sair pelo Brasil afora batendo bumbo e berrando palavras de ordem, mas os tempos são outros, a oposição é outra e o PT, bem o PT é o mesmo. A diferença é que agora pode revelar que é primo do PSDB com DNA do PMDB e que é igual a qualquer um partido brasileiro. Vejamos o caso da privatização dos aeroportos que só não é privatização para Lindberg Farias portador de amnésia seletiva. Uma nova tarifa será criada – em princípio para ser cobrada apenas pelo aeroporto de Brasília – como taxa de conexão. Para o “burro de carga que avôa” ou outro nome, nada muda. A taxa deve ser cobrada da empresa aérea, ao menos dizem. Na prática as companhias vão embutir até mais que a taxa no bilhete.

Ecos da greve na República Sindical Brasileira - Gente de Opinião02-Ecos da greve

Para quem não acredita que ela exista, a “República Sindical Brasileira” mostrou-se por inteira e deixou a presidente Dilma “estarrecida” nessa série de greves das polícias. E não me venham com a historinha de que isso é coisa do PT ou de qualquer outro partido. A “República Sindical Brasileira” é maior que partidos. É um poder paralelo e sub-reptício. Olhando direito você verá tentáculos da “RSB” agindo contra a reforma previdenciária, a favor da PEC 300 ou lutando para manter a estrutura arcaica da universidade pública. Está presente nos Três Poderes. Corrosiva, a RSB roeu o que se supunha imune e aí a hierarquia militar foi pras cucuias. Para entendê-la, o caminho é conhecido e passa pelo clientelismo político, corrupção e leniência.

Ecos da greve na República Sindical Brasileira - Gente de Opinião


03-Atrás das grades

Na coluna anterior usei uma expressão forte para demonstrar minha indignação com o nível de violência em Porto Velho e Chico Lemos fez o resto: pôs a frase como manchete e ilustrou com uma foto que ele mesmo foi fazer. Aí aconteceu algo inusitado. A “comerciante gradeada” havia sido assaltada poucos minutos antes da sua chegada. Premonição ou adivinhação? Nem uma coisa nem outra. A violência em Porto Velho ou em outras capitais, em cidades maiores, menores, favelas, bairros centrais de classe média ou alta, periferias e até em campos e vilas virou “carne de vaca”. A possibilidade de alguém ser assaltado ou flagrar um assalto é enorme.
 

 

Gente de Opinião04-Intransigência 

A PM, Bombeiros e Polícia Civil do Rio de Janeiro, ou parte dela, endureceram a espinha e para forçar a soltura do Cabo Bevenuto, preso por “fornecer pólvora e gasolina” em greves como a da Bahia, decretaram a greve geral. Geral, pero no mucho. O movimento grevista vinha sendo monitorado e as autoridades agiram rápido revertendo o discurso grevista. Irresponsabilidade, ilegitimidade, ilegalidade, intransigência, bagunça e abuso, são as palavras escolhidas a dedo e repetidas à exaustão. Por trás do movimento estão as associações, na verdade um escapismo legal que cresceu e foi incorporado pelo estado brasileiro com o apoio e leniência dos políticos.

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 05-Brincando com fogo

É preciso que se diga a bem da verdade que os policiais brasileiros ganham uma miséria e que lhes cabe razão lutar pela isonomia com a polícia do Distrito Federal. É preciso que se entenda que quando ingressam na carreira eles sabem que terão regras e óbices à livre associação que é prevista na constituição. É preciso que o Brasil resolva a questão greve de servidores com instrumentos pendentes desde a Constituição Federal em 1988 ou ela se resolve sozinha e talvez não da forma legal. Não dá para por o Exército na rua cada vez que um maluco fardado encanar que é um líder de massas, um Napoleão, Nero ou Brancaleone. Aí é brincar com fogo.    

06-Bumbo chato

Sei que o senador Cassol em feeling, sente o cheiro do discurso que dá certo, toca seu próprio marketing mas, parece ter errado na dose ou ter dobrado uma esquina que liga nada a lugar nenhum, com essa briga para torpedear o empréstimo que o governo vem cavando no BNDES. Cassol que tem muito a mostrar em termos de realizações no estado de Rondônia esquece a fase de pára-choque de caminhão: “Para sua estrela brilhar, não precisa apagar a minha”. Que tal mudar o rumo da prosa e comparar os dois governos, por exemplo? O baticum do bumbo pela rádio agora também é ouvido da tribuna do Senado e cá pra nós, está chato pra caramba! 

07-Aliás...

Existem triunfos na administração Confúcio e não se pode creditar a ele tudo o que está errado e/ou o que não está dando certo por sua ação ou inação. Confúcio e sua equipe teriam que ser muito competentes para produzir o caos na saúde e na segurança. Teriam que ser brilhantes para parar as obras do estado e do PAC e teriam que ser mestres e doutores para desfazer as boas estradas que foram construídas pelo simples prazer de refazê-las. Problemas no governo existem. Secretários que não rendem o esperado, idem. Necessidade de mudanças visíveis em diversas áreas é claro. Vou esperar mais e ver como se porta o governo com “seu” orçamento. Por ora, deixa o homem trabalhar, como diria Lula. Depois a gente desce a ripa se for o caso.     

08-O escorregão do Mantega

Papagaio come milho, periquito leva fama e Evangevaldo paga o pato. Jovair Arantes deputado ligado a Bob Jefferson é o papagaio e Mantega escorregou e levou a fama de conivente no causo, ao aceitar do Jovair um nome para a Casa da Moeda. O indicado pôs a mão na cumbuca foi demitido, mas o ministro ficou pela broxa, pulando como saci em chapa quente. E onde entra Evangevaldo da Conab e que mexe com milho? Alimentar meu caro Watson: Jovair dono dos cargos esticou até a corda partir no ponto fraco. Mantega pode ir ao Senado explicar-se e Jovair continua seu ofício de indicar nomes colocar estratégicas cascas de banana. E como a base do governo não pode rachar,  indicará outro nome para a Conab. E a gente paga a conta.

09-Zé Babão, cara de pau

Tem gente que não toma jeito e Zé Dirceu é um deles. O cidadão em seus escritos da semana em que os barris de pólvora estavam acesos na Bahia e no Rio de Janeiro se sentiu confortável para falar da Polícia Militar de São Paulo: “As imagens da violenta repressão conduzida pela Polícia Militar de São Paulo contra os moradores da Cracolândia, na Capital, e do bairro Pinheirinho em São José dos Campos, causaram indignação e repulsa em todo o Brasil”. Babou! Para lembrar, a PM de São Paulo cumpria seu dever no caso da Cracolândia e ordem judicial no caso Pinheirinho. Sem citar Bahia ou Rio, pira de vez:  “...acertou em cheio o Partido dos Trabalhadores ao convocar seus parlamentares para debater uma nova legislação que evite as cenas de barbárie como as que o Brasil presenciou:...” Bem uma letra sobre a greve dos PMs.  

10-Três perguntas cretinas 

Quanto será que a Prefeitura de Porto Velho vai pagar pelas arquibancadas do Carnaval? Será que o valor é mais barato que a arquibancada que a Aspro trazia para a Expovel? São 80 dias de crise, prisões, afastamentos e nada sobre cassação de deputados. Será que vai dar pizza? 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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