Sexta-feira, 30 de março de 2012 - 11h48
GABRIEL NOVIS NEVES
De Cuiabá
O célebre filósofo brasileiro Zeca Pagodinho – injustiçado pela Academia Brasileira de Letras, que ignorou o poeta do povo para homenagear um quase ex-jogador de futebol, que gostaria de ser o pagodeiro de “Deixa a vida me levar” – quando diante de situações de risco avisava a moçada em código: “sujou, sujou”.
Este país é assim mesmo. Desvaloriza os seus poetas, escritores, jornalistas, pensadores para pegar carona na fama de quem tinha muito. A sensação que algo não estava certo eu tive após a visita do Comitê Organizador Local (COL) nas cidades sedes (12), dos jogos da Copa do Mundo 2014.
O próprio governo federal admite rever obras “não essenciais” da Copa. O pessoal do governo entende que essencial é apenas o campo de futebol onde serão realizados os jogos. Faltam praticamente dois anos para a Copa e, somente cinco, dos 12 estádios de futebol, têm 50% da obra pronta. A ordem agora é trabalhar com o essencial, atalhos e adaptações.
Quando o secretário geral da FIFA nos aconselhou a dar um “chute no traseiro” dos governantes para que as obras andassem no Brasil, isso foi recebido como ofensa aos brios nacionais. Passados menos de duas semanas, o próprio governo reconhece que as obras estão empacadas, menos os campos de futebol.
Imagino o arrependimento da gente mato-grossense vendo implodir o Verdão e, no corre-corre para mostrar serviço e ganhar votos, lançar um projeto que teve que ser refeito, para que não houvesse um desabamento posterior. A obra atrasou no seu cronograma, e, o pior, ficou mais cara.
Foi prometido na ocasião tocar a obra em três turnos, mas ficou apenas no discurso. O preço final da chamada Arena Pantanal, que com toda a certeza terá nome, até hoje ninguém sabe.
As obras do legado, até agora definidas, são o puxadinho do aeroporto, atalhos, improvisações - como feriado nos dias de jogos, meio-expediente nas repartições públicas durante dois anos de obras não essenciais e uma super dívida para o sacrifício das futuras gerações.
O governo pediu para o povo apertar o cinto. A arrecadação do Estado caiu, as despesas aumentaram, e o legado da Copa estourou com a nossa capacidade de endividamento. Os escândalos de efeitos tardios estão a demonstrar a quantidade de ralos existentes na administração pública.
Zeca Pagodinho tem razão: “Sujou, sujou, sujou! Sei que os homem tão enquadrando, Sujou, sujou. Sei que o bicho tá pegando, Tá pensando que me segura? Sujou, sujou...”
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